quarta-feira, 20 de julho de 2022

GEMININIÑAS 08

 
Ouvir um palavrão dito em voz muito alta assusta e repugna os espíritos mais sensíveis, pois a referência a práticas sexuais não canônicas e a vulgaridade que o palavreado chulo carrega são características intoleráveis para pessoas muito tímidas e gentis.
 
Mas todos sabemos que o que hoje é palavrão já fez parte do vocabulário normalmente utilizado no passado por pessoas de bem. Talvez seja essa a explicação para o surgimento e uso frequente de expressões e vocábulos capazes de fazer corar e escandalizar os mais delicados.
 
Meus impacientes amigos e amigas virtuais já devem estar se perguntando onde pretendo chegar com isso, mas já explico.
 
Segundo a mãe das “gemini niñas” de três anos a ofensa máxima imaginada pelas filhas parece ser a palavra “eca” (com ou sem exclamação). Chamar alguém de “eca” é um insulto tão grave que poderia até desencadear uma quarta guerra mundial. Mas elas têm sabedoria e jogo de cinturinha para retrucar elegantemente e fulminar o agressor com esta resposta, dita por uma delas:
 
- “Eu não sou eca, eu sou gostosa!”
 
Esse é um claro sinal de que o empoderamento feminino pode surgir até na mais tenra e tchutchuca das idades.

 

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