quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

REQUIESCAT IN PACE

 
Lya Luft morreu hoje, aos 83 anos de idade. Fiquei super triste ao receber essa notícia, pois era (sou) fã de suas crônicas elegantes e super bem escritas. Uma dessas crônicas foi durante muito tempo o post com maior número de visualizações no blog. Transcrevo a seguir um texto que escrevi em 2016 para apresentar essa crônica, como minha sincera homenagem a uma grande, imensa escritora. Requiescat in pace, Lya Luft.
 
 
Sou fã da Lya Luft. Para quem não sabe, Lya Luft é escritora e tem 77 anos. Uma escritora já senhora, pode-se dizer. Mas, acima de tudo, uma senhora escritora, autora de mais de vinte livros (que nunca li, para ser sincero) e tradutora de mais de cem livros. Além disso, é cronista da revista VEJA, onde descobri seus textos elegantes, sóbrios e reflexivos.
 
Pois bem, minha reverência hoje é para ela e para sua crônica mais recente publicada em VEJA. Seus textos (as crônicas, pelo menos) nunca trazem palavras chulas ou vulgares, pois ela parece não precisar se apoiar nesse tipo de recurso. Como disse, seus textos sempre são elegantes e sóbrios – e de leitura agradabilíssima. Uma lady.
 
Por isso, achei curioso ela dizer que tem “escolhido muito cuidadosamente” suas palavras “nas tantas dezenas, já centenas, de artigos” publicados em VEJA. Mais adiante, comenta que “aos poucos as palavras começam a fugir dos arreios que a prudência lhes tem imposto, e reclamam, e se agitam, e se queixam, exigindo que as deixe brotar naturalmente”. E fiquei pensando quais palavras estariam “fugindo dos arreios”. Seria a palavra “trouxa”, usada no texto como gíria?
 
Talvez seja isso, pois seus textos são sempre tão limpos, claros e não apelativos que não consigo imaginar suas palavras “fugindo dos arreios”. Talvez por isso eu tenha desejado compartilhar essa crônica tão bem escrita, pois meus textos são sempre mancos, estropiados, mal arreados e com andadura claudicante.
 
Que mais eu posso falar? Só dizer, à moda dos fãs quando veem seus ídolos: “Lya Luft, eu te amo! Lya Luft, eu te amo!”

6 comentários:

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    1. Tá maluco? Quando eu nasci ela já estava com doze anos! E tapa na pantera foi só uma vez (lamentavelmente). Justamente no ano de 1970.

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