terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

ACHEI MEU PAU NO LIXO - AUTOR DESCONHECIDO

Quando terminei os quatro primeiros anos do ensino fundamental, fui matriculado em um ginásio que dividia os sexos por turno: sexo masculino de manhã, sexo feminino à tarde. Só o turno da noite era misto (o que devia facilitar um pouco a "saliência").

Fiz o segundo grau em outra escola, um excelente colégio que tinha turmas mistas. Mas nada (assim imagino) comparado a uma história acontecida em outro colégio uns sete anos depois (os costumes continuavam a evoluir). Segundo me disse uma conhecida, sua turma era mista também e a sala não tinha carteiras individuais. A meninada mais descontraída ocupava as últimas carteiras. Assim, (pelo menos) uma delas ficava pegando no pau do colega com quem dividia a carteira. Sempre fico revoltado quando me lembro disso, pois nunca tive essa facilidade!

O tempo passou, os costumes ficaram cada vez mais liberais, pessoas urinam nas ruas e eu me entristeço muito com isso - não só pela falta de educação mas por estar naquela idade em que poder mostrar o pinto, ainda que seja um nome na carteira de identidade, já seria lucro. E mesmo que as pessoas rachem de rir.

Aliás, tenho até pensado em criar um artefato para homens idosos, a ser vendido em sex-shop: um espelho retrovisor para a cabeça do pau. Para quê? Elementar, meu caro Watson! Para que ele possa ver o céu de vez em quando!

Mesmo que os 4,7 leitores desta bagaça se espantem com essa linguagem chula e vulgar, devo esclarecer que hoje o assunto é pau, pinto, pênis. Como bem sabem aqueles que acessam este blog, sou um perfeito gentleman, um blogueiro de hábitos refinados e linguagem rebuscada, contrário ao uso abusivo de palavrões e pornografia. Por isso, jamais falaria gratuitamente de uma bosta dessas.

Mas este é um blog da diversidade de assuntos, um almanaque biotônico digital. Por isso - e só por isso – o tema de hoje é, como direi?, tão..., tão latejante e tão distante da temática tradicional do blog. Aliás, é um assunto de que o blogueiro foge a léguas, pois é espada convicto (mesmo que a “lâmina” apresente sinais de ferrugem, perda de corte e outros indicadores da implacável passagem do tempo).

E tudo começa com uma música que um filho me mostrou há tempos. É um rap composto por um publicitário aloprado de BH. O vídeo tinha sido retirado do Youtube, mas descobri que está disponível novamente. Para não perder a caminhada, copiei a letra e o link. Meu filho acha tudo uma merda, mas é engraçado.

O título (mesmo que isso desagrade Dona Damares) é "Achei meu pau no lixo". Olhaí. 

Topou para mim tá bom não sou lá muito exigente,
traço tudo que aparece, como o que vier na frente,
branca, preta, cor de rosa, marrom ou amarela,
gorda, feia, pouco importa, qualquer coisa que me rela.
Entro em tudo que é buraco,
até quando eu tô de cara,
se ficar doidão ai velho, huuum! Nem se fala.

Achei meu pau no lixo!
Achei meu pau no lixo!
Achei meu pau no lixo!
 Achei meu pau no lixo!

Eu sei que queima o filme ser do jeito que eu sou.
Mas pior é quem fica na seca só no cinco contra um.
Tem que ter mulher no meio, desse jeito não dá não,
o que que eu posso fazer, não quero ter cabelo na mão.
Esqueci de te dizer que se eu traço o que aparece,
no meio tem muita gata antes que você se apresse.

Achei meu pau no lixo!
Achei meu pau no lixo!
Achei meu pau no lixo!
Achei meu pau no lixo!

Outro dia alguém falou que me viu com uma velha,
será que foi sua avó? Não faço a menor ideia.
Ontem até que tava bom, mas de repente eu disse: “eco”!
Descobri que na verdade eu mandava era um traveco.
Como vai ser amanhã, quem será que eu vou comer?
Será que vai ser sua irmã?
Será que vai ser você?

Achei meu pau no lixo!
Achei meu pau no lixo!
Achei meu pau no lixo!
Qualquer hora eu como um bicho!
Achei meu pau no lixo!
Achei meu pau no lixo!




Um comentário:

  1. "nunca tive essa facilidade!" minha vida toda sempre cheguei atrasado ou adiantado e nunca na hora

    o personagem do rap é viciado em sexo: deve comer até pensamento

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