Quando PT estava no poder, mesmo espumando de
ódio pelo que lia ou ouvia, eu conseguia tirar algum humor disso (provavelmente
só eu achava graça no que escrevia, mas, pelo menos, eu achava graça!). Hoje,
mesmo espumando de ódio pelo que ouço ou leio, não consigo mais fazer piada sobre
isso, sinto apenas desalento e tristeza, como se fosse o Hardy, a hiena mal humorada do desenho animado da Hanna-Barbera,
cujo bordão era “Oh, vida, oh, azar!” E
tão mal humorada que ao tentar sorrir a boca lhe doía.
E fico me perguntando por que agora é assim. Talvez, porque na época dos governos petistas, eu era contra o Lula et caterva, mas, agora, não sou contra o atual governo. Pelo menos, não totalmente contra. Por isso, tudo o que escrevo ou penso é medíocre, sem graça, sem originalidade, sem humor. A seguir, exemplos de partos cada vez mais difíceis.
E fico me perguntando por que agora é assim. Talvez, porque na época dos governos petistas, eu era contra o Lula et caterva, mas, agora, não sou contra o atual governo. Pelo menos, não totalmente contra. Por isso, tudo o que escrevo ou penso é medíocre, sem graça, sem originalidade, sem humor. A seguir, exemplos de partos cada vez mais difíceis.
Alguns “apoiadores” aparentam ter sido
contaminados pelo “Coronha Vírus”,
um vírus que ataca e lesa gravemente o cérebro dos infectados. Um dos sintomas
é o apoio implícito à posse de armas e “soluções” autoritárias, fora
a ojeriza que passam a sentir pelo Congresso Nacional e pelo STF.
Mesmo que já exista uma igreja de inspiração oriental com esse nome, alguns “apoiadores” agem como se pertencessem a uma nova igreja messiânica. Só que nesse caso, parecem confundir nome próprio com atributo. Em outras palavras, acreditam que o Messias, o salvador ungido por Deus é o mesmo Jair Messias (pior é que ele aparenta também estar acreditando nisso!). Alguns até exibem o “sinal da fé” da nova religião: com a mão parcialmente fechada e o dedo indicador perpendicular ao polegar, representando uma “arminha”.
Acho que foi bom o Bolsonaro ter sido
batizado no Rio Jordão por um pastor evangélico. Agindo assim, descolou-se
definitivamente da Igreja Católica e, melhor ainda, pode agora criar uma nova
igreja evangélica, pois os “crentes” não têm essa frescura de papa, padres que
estudam dez anos antes de ser ordenados, etc.
Alguns “apoiadores” parecem imaginar
que Liberdade de Expressão só tem sentido se for para elogiar tudo o
que o presidente diz ou faz.
Talvez confundidos pelo fato de haver tantos
militares de altíssima patente na atual equipe de governo, alguns “apoiadores”
parecem desejar que nas próximas eleições o presidente dispense todos os cabos
eleitorais e só convoque generais eleitorais.
Tenho uma conhecida que é
a expressão máxima do que entendo por “apoiador” do presidente. Se alguém
o critica pela última pisada no tomate, imediatamente sai em sua defesa em
longos comentários. E nunca abaixa a guarda, pois continua a responder
indefinidamente quem se anima a entrar nesse jogo. Justamente por isso as
redes sociais tornaram-se seu octógono, seu campo de batalha. Infelizmente, ela
encontrou em mim um de seus maiores “clientes”, justamente por considerá-la um
pé no saco. Talvez sejamos versões espelhadas da pessoa desagradável e
repetitiva que infesta as redes sociais.
Fiquei sabendo que o
Bolsonaro distribuiu um vídeo onde alguém conclama o povo a participar de uma
manifestação contra o Congresso Nacional. Só para tentar entender: o que se
pretende, afinal? Que o atual Congresso - tão "rebelde" e independente! - seja deposto, expulso,
extinto ou o quê? Como cantou o Caetano Veloso, "Narciso acha feio o que não é espelho". Acho tudo isso
muito triste, um sinal triste de um tempo onde a intolerância viceja.
Parece que o presidente
adora soltar balão de ensaio para ver até onde pode chegar (literalmente). Não
deveria, não precisaria, pois o Bolsonaro foi eleito! O que ele precisa é
aprender a fechar a boca. Não precisaria de mais apoio. Até porque quem vai às
manifestações em sua defesa é só o eleitor mais inflamado (que já votou nele!),
ou seja, é só mais do mesmo. Agora, conviver com contrários é complicado para
quem tem uma ânsia autoritária dentro de si. Uma ânsia do tipo “eu quero, eu posso, eu faço, eu mando”.
Aparentemente, negociar, conversar,
convencer, dialogar são palavras que não existem no seu dicionário (dele,
óbvio).
Não sou socialista, sou de
centro-direita (moderadíssimo), mas acho uma lástima esse tipo de atitude do
Jair. Para aliviar, uma piada: se eu fosse o Mourão, dava um pé na bunda dele e
ficava com seu lugar. E ainda diria: “isso
é que dá ficar dando confiança para patentes inferiores”. Mas isso é piada, só uma piada!
Para terminar: acho que descobri por
que o Bozo vira e mexe "pisa no tomate". É porque tomate é vermelho.
E vermelho é a cor do PT! Issa!