terça-feira, 31 de janeiro de 2017

FORÇA NA PERUCA #4 - KIBE LOCO

Embora "chutar cachorro morto" seja uma puta covardia, eu tinha imaginado uma piada sobre a volta do Eike Batista, onde ele conseguiria uma redução de pena (se for condenado) graças a uma campanha para incentivar os jovens a estudar mais, a fazer faculdade. Assim, teriam direito a prisão especial. Mas o Kibe Loko foi mais rápido e muito mais irônico e engraçado, como pode ser visto na imagem.
  


YOU GOT TO KNOW HOW - SIPPIE WALLACE

Fico impressionado como as letras das músicas de funk cantadas por mulheres estão cada vez mais abusadas. Olha só:

Ele pode ser seu cachorro, mas ele está usando minha coleira
Estou te dando um toque
Ele pode ser seu cachorro, mas é comigo que ele vai seguir
Quando ele quiser um bom exercício...

Olha a letra de outra funkeira:
Garota, seja prudente, mantenha sua boca fechada, não anuncie seu homem
Não fique sentada tagarelando, contando o que ele realmente pode fazer
Algumas mulheres hoje em dia, oh Deus, não são boas
Elas vão rir na sua cara e tentar roubar o seu homem de você
Mulher, seja prudente, mantenha sua boca fechada, não anuncie seu homem

Da mesma funkeira:
Você pode fazer comigo o que você quiser
Mas você tem que saber como,
Você pode me fazer chorar, você pode me fazer suspirar,
Mas você tem que saber como,
Você pode fazer comigo desse jeito, você pode fazer daquele outro, 
Woh, Baby, mas você tem que saber como.

Está na cara que isso nunca foi letra de funk, é apenas uma brincadeira para criar um suspensezinho. Na verdade, os trechos acima são traduções livres de músicas interpretadas por cantoras americanas de jazz e blues da década de 1920 em diante.

Há muitos anos, comprei três vinis duplos de blues com vários intérpretes, que tinham por título “Atlantic Blues”. Um era dedicado aos guitarristas, o outro trazia os cantores e o terceiro era de pianistas. Havia ainda um dedicado só ao blues de Chicago, mas resolvi não comprar. No disco dos intérpretes vocais havia uma música com aquele jeitão de muito antiga, cantada por uma desconhecidíssima Sippie Wallace, mas foi a que mais me atraiu.

Outro dia, lembrando-me disso, procurei no Youtube e achei algumas gravações antigas e até apresentações ao vivo, com ela já mais velha. Nas sugestões que ficam na lateral direita encontrei a “música da coleira”. Achei o título divertidíssimo e comecei a buscar as letras das duas músicas. Ao jogá-las no Google Tradutor, percebi a fortíssima conotação sexual e gostei mais ainda. Aí resolvi fazer um post, contando essa história e disponibilizando os links correspondentes.

O primeiro trecho foi extraído de uma música interpretada por Rosa Henderson, cantora de jazz e blues, (24/11/1896 – 06/04/1968):

He May Be Your Dog But He's Wearing My Collar
He may be your dog but he’s wearing my collar
I’m putting you right
He may be your dog but it’s me he’ll follow
when he wants good exercise...



O segundo e terceiro trecho foram originalmente tirados da cantora (e pianista) que motivou este post: Sippie Wallace (01/11/1898 – 01/11/1986). Infelizmente, o vídeo correspondente ao título do post, interpretado pela própria Sippie Wallace, foi retirado do Youtube. Aí fui obrigado a substituí-lo por um da Bonnie Raitt (excelente também), ao vivo. Coincidentemente, um vídeo de J.B. Music, sinal inequívoco de bom gosto. Olhaí:

 Women Be Wise
Women be wise, keep your mouth shut, don't advertise your man
Don't sit around gossiping, explaining what your good man really can do
Some women nowadays, Lord they ain't no good
They will laugh in your face, Then try to steal your man from you
Women be wise, keep your mouth shut, don't advertise your man



You Got To Know How
You can make me do what you wanna do
But you got to know how,
You can make me cry, you can make me sigh,
But you got to know how,
You can make me do like this, you can make me do like that,
Woh, baby, but you got to know how.





SAIU NO FEICIBUQUE - 022

Nunca tinha ouvido falar de Nise da Silveira até encontrar essa maravilha no Facebook:



Fui atrás para saber de quem se tratava e descobri (na Wikipédia, para variar) que
"Nise da Silveira foi uma renomada médica psiquiatra brasileira, aluna de Carl Jung. Filha do professor de matemática Faustino Magalhães da Silveira e da pianista Maria Lídia da Silveira".Gostaria de tê-la conhecido pessoalmente, ser seu paciente!

E o link é este:

(https://pt.wikipedia.org/wiki/Nise_da_Silveira)



domingo, 29 de janeiro de 2017

DEDICATÓRIA

Eu não tenho nada pra dizer
Também não tenho mais o que fazer
Só pra garantir esse refrão
Eu vou enfiar um palavrão (cu)

Creio que muita gente boa conhece a música “Nada a declarar” da banda Ultraje a Rigor, de onde tirei os versos acima. Por qual motivo, só contando um caso idiota. Antes, porém, preciso dizer que sempre acesso e leio os blogs dos amigos reais e virtuais. Na maioria das vezes me abstenho de fazer comentários, pelo simples fato de não saber ou não ter o que dizer. Já pegou o gancho, né? Continuemos.

Há coisa de dois, três anos, fui a um festival de música que aconteceu na praça do bairro onde moro. Bandas boas (algumas nem tanto assim), ótimos intérpretes (horríveis também), canja do Lô Borges, essas coisas. Mas teve uma banda que fez um som super legal, um pessoal animadíssimo.

Ao final da apresentação, resolvi cumprimentar essa moçada (sou amigo do organizador do evento). Descobri que não estavam concorrendo a nada e que a apresentação tinha sido uma deferência do meu amigo. Ficamos ali conversando animadamente (sou um puxa-saco profissional) por poucos minutos. Foi quando um dos músicos veio com dois CDs da banda, dando um para mim e outro para minha mulher.

Antes de continuar, preciso lembrar que não bebo, não fumo nem cheiro, mas sou meio descompensado de vez em quando (95% do tempo). Acho que naquele dia meu descompensômetro estava no limite, pois reclamei que sem autógrafo não teria graça nenhuma. O sujeito ficou meio sem jeito e saiu isso:
- Não sei o que escrever! (riso constrangido)
- Pô, escreve aí qualquer coisa!
- Qualquer coisa? O que posso escrever?
- Ah, sei lá, escreve aí “cu”!
- Não, cu não!

Confesso que não me lembro o que foi escrito e, pior, nunca ouvi o CD. Então, se um dia eu estiver meio atacado e não tiver nada para dizer sobre o post mais recente de algum de meus amigos blogueiros, vou lascar um “cu” a título de comentário. Só eu e o Roger Moreira podemos fazer isso.

TÚNEL DA MEMÓRIA

"Diferente de pinturas rupestres e sombras rudimentares transformadas em sofisticadas miragens em cavernas a memória é um túnel por nós construído com pequenos pontos hipnóticos tomando direções sem sentido. Nesse contexto a realidade é um drinque batizado de Segundo”. (“J”)

Ótimo texto para iniciar este post, um post de esclarecimento e resposta, útil também para uma de minhas sessões de "terapia blóguica". Bora lá.

Muito bem. Meu amigo virtual Marreta perguntou se dois dos mais recentes posts foram feitos por mim. A resposta em cada um deles foi "sim", mas é em um deles que quero me deter um pouco.

Já disse antes e repito que tudo o que sai no Blogson é de minha própria autoria ou “lavra”, até mesmo (ou principalmente) se for uma merdinha irrelevante (tenho especialização nisso). As únicas exceções estão confinadas na antiga seção "Reverência" (abandonada) e na "Produção Terceirizada". Todo o resto é meu, mesmo que possa, se for o caso, fazer citações de outros autores (como fiz no início). Nesses casos, o texto é publicado entre aspas, geralmente em itálico.

Mostrei a dois filhos o "Perfil para o Facebook" e recebi duas sugestões: a primeira era para intercalar qualidades com defeitos; a outra era mais um puxão de orelha, pois um deles criticou a mania que eu tenho de me "menosprezar". Rejeitei os dois comentários, pois o propósito inicial era só listar defeitos. Além disso, quando faço isso, sinto-me melhor e superior à maioria das pessoas, aquelas que escondem o sujo debaixo do tapete, as mesmas que só contam vantagens - mesmo sabendo que ninguém acredita nelas. Resumindo, os "príncipes" (e princesas) da poesia do Álvaro de Campos (heterônimo de Fernando Pessoa). Só para lembrar alguns trechinhos (e para enriquecer este post), olha que beleza, que pontaria certeira:

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
(...)
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.

Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...

Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?

Nem preciso dizer que a primeira coisa que pensei ao ler esse poema pela primeira vez foi "esse cara sou eu!"

Pois é, o "perfilado" no "post do perfil" sou eu. Eu mesmo, sem benevolência, sem esconder nada. Tive a ideia de fazer esse post depois de acordar após mais um pesadelo ligado à última empresa onde trabalhei (e que odiei). Fiquei pensando quantas vezes fui vil, desprezível e desprezado, caluniador (nunca fui) e caluniado, dedicado e incompetente, sarcástico e humilhado e a lista foi só aumentando. Aí resolvi tirar as qualidades para que os defeitos pudessem brilhar sem sombra. Aliás, faltaram vários, não lembrados quando estava fazendo a relação (que deu trabalho!).

Mas não são defeitos  permanentes nem cotidianos. Entrando pelo “túnel da memória”, a sensação que tenho é que em sessenta e seis anos de vida (que merda!), em algum momento eu pude ser identificado por cada um (e muitos mais) dos adjetivos relacionados, mesmo que apenas em pensamento, mesmo que só por um Segundo.

Por óbvio, está claro que alguns dos defeitos são minha marca registrada, fazem parte de mim, estão gravados em meu DNA, juntamente com as qualidades (não as que algumas pessoas de boa fé acreditam ser minhas, mas as que realmente tenho).

Resumindo, sou como todo mundo, uma suruba de defeitos e qualidades. Que mais? Ah, sim, infelizmente, a silhueta que cerca as palavras é realmente a minha (ou quase isso), o que significa que sou mesmo feio pra caralho. Mas, príncipe? Não mesmo. 

COMENTANDO AS RECENTES - 026 (EIKE)

Sempre ouvi comentários irônicos e depreciativos sobre os advogados recém-formados que se dedicam a atender marginais pés de chinelo, “ladrões de galinha”, a arraia miúda da bandidagem, enfim.

Muito bem, muito bom. Agora, com o Eike Batista foragido, empreiteiros presos e uma penca de políticos soltos mas com o cu na mão, as melhores bancas, os advogados mais caros, de grife, podem ser também chamados de “advogados de porta de cadeia”.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

COMENTANDO AS RECENTES - 025

COSA NOSTRA!
Ontem ouvi na televisão uma notícia que beira o realismo fantástico: "Fraude na compra de tornozeleiras eletrônicas gera perda de R$12 milhões ao RJ". É mole?

Da minha parte, posso exercitar o italiano, exclamando "siamo tutti fottuti"! Se alguém perguntar se é vergonha do Brasil o motivo de fazer o comentário na língua do Berlusconi, direi que sim, mas que não é esse o motivo principal. Eu apenas quis utilizar a língua falada pela Máfia original. Homenagem, entendeu?


INCÓGNITA
Ouvi hoje uma notícia de que a Polícia Federal fez uma operação para prisão preventiva do Eike Batista (entre outras pessoas), só que não o encontrou em sua modesta mansão (provavelmente construída em área de preservação da Mata Atlântica).

Como ainda não apareceu (11h06 de 26/01/2017), já é considerado foragido. Tudo isso está nos noticiários, mas o que eu queria comentar é que se ele sempre gostou da letra "X" para multiplicar riqueza (demonstrando que é uma anta esotérica), pelo menos agora o "X" tem uma finalidade bacana: serve para indicar onde se esconde, pois esse lugar é uma incógnita.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

COMENTANDO AS RECENTES - 024 (PAROLES)

Algumas frases são tão inspiradas que acabam incorporadas ao caldo de cultura pop servido para várias finalidades e em várias ocasiões. O Paulo Francis, por exemplo, é autor dessa ótima frase: “Quando ouço falar em ecologia, saco logo meu talão de cheques”.

Esse primor de cinismo é, na verdade, uma paráfrase de parte de um diálogo do filme “O desprezo”, de Goddard (obrigado, Google!). Nesse filme, um produtor cinematográfico americano, protagonizado por Jack Palance, diz a frase “quando ouço falar de cultura saco logo meu talão de cheques”.

O motivo por estar falando essas abobrinhas é uma notícia que li na internet, que transcrevo a seguir:
“Mal o novo presidente americano, Donald Trump, tomou posse, e a Casa Branca já atualizou o seu site com algumas novidades polêmicas. A seção dedicada às mudanças climáticas, bandeira defendida pelo ex-presidente Barack Obama, por exemplo, foi apagada da página oficial, assim como qualquer menção ao aquecimento global. Também não há mais seções no site sobre direitos civis e público LGBT. As informações são da Agência Ansa.
A nova política deve-se ao fato que o novo ocupante da Casa Branca e boa parte do Partido Republicano minimizam os efeitos causados pelas alterações no clima e a necessidade de se investir na chamada "economia verde". Por outro lado, a página oficial traz algumas das medidas que o magnata promete adotar como novo presidente dos Estados Unidos.”

Não bastasse isso, descobri também que esse "aprendiz de presidente" mandou retirar textos em espanhol do mesmo site. Ou seja, o sujeito é prepotente, insensível, tosco e intolerante, o próprio rei da cocada preta. Parece até que a frase do Paulo Francis foi escrita para ser dita especificamente por ele em algum discurso.


Samuel Johnson foi um escritor e pensador inglês que viveu no século dezoito. Segundo a Wikipédia, foi "poeta, ensaísta, moralista, biógrafo, crítico literário e lexicógrafo". Devia ser mesmo um bam-bam-bam, pois está sepultado na Abadia de Westminster.

Mas a única coisa que me interessa nele é o fato de ser o autor de uma frase muito instigante, que combina muito bem com o estilo Trump (e com um monte de “nacionais”, mas prefiro deixar esse vespeiro intacto – por ora):

"Patriotism is the last refuge of a scoundrel" ou "O patriotismo é o último refúgio do canalha".

PASSANDO A RÉGUA

Tempos atrás eu li a expressão “régua ideológica”, que achei muito bem bolada para falar dos "cinquenta tons de cinza" que existem entre o preto e o branco do espectro político. Se alguém quiser, pode mudar o preto e branco para vermelho e (galinha) verde, por exemplo.

Depois de criar um perfil no Facebook, descobri que alguns amigos comportam-se como gladiadores ou lutadores do UFC quando tratam de política, tal a quantidade de voadoras que distribuem aos que não compartilham de sua visão ideológica.

Aí, não deu outra: do baixo de meu conhecimento sobre esse assunto indigesto e chato pra caramba (se eu entendesse, poderia dizer "do alto"), resolvi ajudar os muito burros (assim como eu) a entender essa sopa rala e insossa.

Pois bem, Eu acredito que há coisas boas e ruins tanto na Esquerda quanto na Direita. Penso também que o equilíbrio é que é o canal para aproveitar o que há de melhor nas duas visões. Por isso, resolvi "passar a régua" nesse conflito de ideias e ideologias. Óbvio que se trata de uma "régua ideológica". Assim, cada um poderia medir a "intensidade" de suas convicções.


Já ouvi dizer que uma imagem vale mais que mil palavras, mas acho que essa afirmação não é 100% verdadeira, pois meu vocabulário só tem 799 palavras. Mesmo assim, resolvi encarar. Para fazer isso, pensei na evolução da espécie humana e a associei à tal régua. Em outras palavras, bom senso, bom centro. Acho que ficou didático. Olha ela aí.


ESTUDO COMPARADO

Como sabem os 1,3 leitores deste blog que gozam de boa saúde (o outro está com dengo, H2O2 e chulé), eu sou católico. Mesmo assim, gosto de ler e aprender alguma coisa sobre outras religiões. Dentro dessa linha, fiquei pensando o que aconteceria se o petismo fosse uma religião (eu acho que é...). Para dar uma avaliada nessa ideia, resolvi fazer uma comparação do petismo com minha religião. As equivalências encontradas foram então ordenadas analfabeticamente. Saca só:


Uma coisa eu preciso admitir: O Lula tem mesmo alguma semelhança com Deus, pois é uma espécie de “santíssima trindade”. O “pai” é aquele dos comícios, em que ronca, esbraveja, espuma e fala o diabo (ops, foi mal). O “filho” é da sua fase “Lulinha paz e amor”. E o “espírito”?, perguntarão os mais afobados. Pode ser “espírito de vinho” ou “espírito de porco”.

Mas fato é que o sacana até faz alguns milagres; por exemplo, ele é bom para eleger “postes” e “toupeiras”. Mas eu creio que o único milagre que ele gostaria mesmo de realizar seria a transformação de água em vinho. Chupa!

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

PATO DONALD

DISCURSO
Hoje eu ouvi a tradução simultânea do discurso de posse do Pato Donald Trump. E o que ouvi me deixou abestado: um presidente populista, patrioteiro, protecionista e nacionalista, que promete o que talvez não cumpra e que fala mal do governo do antecessor (que estava ali do seu lado!).
Não fosse o fato de ele falar em inglês, usar aquele cabelo ridículo e ter dez dedos nas mãos, eu juro que pensaria que era o Lula discursando. Igualzinho.


FRANK SINATRA
Quase esquecia de comentar: sabe qual deve ser a música predileta da esposa dele? "The Lady is a Trump". Issa!:

US BEETHOVEN

Este post faz bem o gênero “Almanaque do Biotônico", pois é só uma curiosidade divertida. Meus filhos antenados sempre me mantêm a par das novidades que descobriram, de que ouvem falar. Assim, estou sempre relativamente atualizado com as manifestações mais recentes da cultura pop. Hoje ouvi uma história irresistível, sobre um bloco carnavalesco que surgiu em BH no ano passado. Nome: "Os Beethoven". Detalhe: todos ou quase todos os instrumentos de percussão são surdos!

Achei tão genial a sacada que fui procurar na internet e encontrei um perfil no Facebook, de onde tirei o texto abaixo. Embora meus pés fiquem colados no chão (timidez), sou fá dessas manifestações espontâneas que surgiram há alguns anos em BH - apesar de todos os esforços das autoridades para acabar com o Carnaval em BH. A propósito, o nome correto é “Us Beethoven” e o tema de 2016 foi uma homenagem ao “velho guerreiro” Chacrinha. Olhaí.

Há muitos anos o carnaval de Belo Horizonte foi marcado pelo abandono da cidade, com ruas desertas e seus moradores se divertindo em outros lugares...
De maneira espontânea, e com a atuação dedicada de alguns personagens estratégicos, a cidade voltou a ter vida e cor em seu carnaval.
Vários blocos de rua surgiram, inundaram a cidade de alegria e arrastaram milhares de foliões com suas músicas. Mostraram que somos iguais, que existe respeito, que podemos ser gentis e dividir os espaços públicos de forma pacífica.
As participações individuais neste movimento favoreceram para que novos laços de amizade fossem descobertos e fortalecidos. A vontade de juntos irmos além, deu origem ao Bloco Us Beethoven. Um bloco que poderia inicialmente soar como pretensioso, mas que nada mais é que uma grande brincadeira. Uma reunião de “surdos” somente poderia homenagear o surdo mais famoso da música, quiçá da história.
É com este espírito que o bloco se coloca aberto à comunidade e espera contar com todos para que juntos possamos fazer uma bela estreia no carnaval de 2016.
Esperamos trazer para o carnaval de BH, toda a irreverência e animação de músicas dos anos 70, 80, 90 e 2000. Algumas “bregas”, outras nem tanto. Quais são as “bregas”? Não podemos, nem queremos responder uma pergunta tão pessoal e peculiar a cada um. O certo é que queremos proporcionar uma participação animada, alegre e descontraída. Nunca se esquecendo que:
►Tocar uma nota errada é insignificante, tocar sem paixão é imperdoável◄
☼Ludwig van Beethoven (1770-1827)☼
 

COMENTANDO AS RECENTES - 023 (TEORIA)

Depois de consultar as cartas, os búzios e as runas, cheguei à conclusão que o Juiz Teori Zavaski morreu em consequência de burrice, a mesma doença que matou o deputado Ulisses Guimarães. 

Calma, antes das pedradas de praxe, preciso dizer que não quis ofender nenhuma das pessoas falecidas, pois acidentes com morte sempre são tragédias. A burrice a que me referi foi topar viajar com tempo ruim e nebulosidade. 

O juiz e o deputado (além das pessoas que os acompanhavam) foram vítimas de acidentes aéreos no litoral do Rio. E a causa de ambos foi a mesma: tempo ruim e baixa visibilidade. 

Esta é uma teoria de quem confiava no Teori, mas não acredita em teorias da conspiração, pois só um maluco toparia entrar em um aviãozinho ou helicóptero com tempo ruim. Eu nunca entraria.  

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

PIZZA À MODA

Não aguento mais essa polarização idiota entre coxinhas e mortadelas (que têm ainda a versão analfa “mortandelas”). Isso é pura perda de tempo! Coxinhas são salgados massudos com recheio de frango nem sempre bem preparado, pois às vezes vem com pedaços de pele mole e até fragmentos de osso (raros, para o bem da verdade).

Já as mortadelas, que são embutidos em formato de zepelim ou charuto, são apresentadas na versão defumada e comum. O recheio, valha-me Deus, nem é bom querer saber o que contém nem de onde vem. Sinceramente, desconfio que até o saco do porco (bem moído) deve ser ali encontrado. Além disso, dada a elevada quantidade de conservantes (necessários, pois ninguém aguenta ouvir discurso no sol por muito tempo), é um alimento que deve ser evitado por seu potencial cancerígeno.

O que sobra então? Sinceramente, nunca sobra nada porque ninguém resiste a uma boca livre, a uma degustação 0800. Mas, antes de acabar (e acaba rápido, mesmo se for de rúcula com mussarela de búfala), o alimento de união nacional é a pizza! Em todos os sabores, com ou sem borda recheada. Nessa hora, os brasileiros se unem e sentem-se integralmente representados pelas excelências de Brasília e pelos times da segunda e terceira divisão, respectivamente governos estadual e municipal, porque nessas altas esferas quase tudo acaba mesmo em pizza. Mas eu continuo preferindo torresmo.

domingo, 15 de janeiro de 2017

DIALOGANDO COM AS PAREDES

Tenho andado em um saara lascado de ideias e assuntos para colocar no Blogson. Aliás, esta é uma notícia velha, pois já comentei aqui sobre isso. Por isso, este post acaba sendo um registro dessa falta de inspiração, pois fiquei tão fissurado em escrever alguma coisa que travei. As únicas coisas que me ocorreram foram dois trocadilhos fraquíssimos, tão fracos que relutei bastante em divulgá-los. A solução foi criar um diálogo que incluísse os dois. E aí é que está onde queria chegar: a mania ou obsessão de fazer esse tipo de construção “literária”. Depois de criar mais um “diálogo de spamtar”, fiquei pensando porque insisto em tentar fazer esse tipo de humor, se os resultados são tão risíveis, não no sentido de que provocam risadas, mas no surgimento de risinhos de desprezo e escárnio.

E cheguei à conclusão de que esse tipo de texto combina com minha estrutura psíquica ou emocional, mesmo que isso pareça uma afirmação pedante. Já disse antes que sinto que envelheço de forma diferenciada: “À medida que envelhecia, percebi que a mente não envelhece por igual. Uma parte do cérebro ou do conjunto de pensamentos teima em não mudar, em permanecer tal como estava 20, 30, 40 anos atrás. Em outras palavras, apesar da idade, eu tenho ainda muitas formas de pensar iguais às da adolescência. Por isso é que eu questiono a visão simplista de que os mais velhos não podem ou não devem se comportar como jovens. Porque não? Não se trata de querer vestir-se igual, imitar ou mimetizar os mais jovens. O que acontece é que algumas coisas, algumas situações são vistas com olhos juvenis (apesar das pálpebras caídas e da vista cansada)”.

Em outras palavras, eu sou um conflito de gerações ambulante, pois tenho um paladar infantil, que privilegia o sabor doce e abomina a acidez e o amargor de alguns alimentos e bebidas. Já na forma de me vestir e de me comportar em público, sou um velho rabugento, impaciente e careta, pois só visto roupas sóbrias e de tons escuros. Mas os pensamentos e a mente associam-se e se identificam com pessoas na faixa etária de meus filhos.

Essa deve ser a explicação por ter criado os dois personagens mais recorrentes dos diálogos imaginados, uma versão caipira e sem graça nenhuma do Gordo e Magro, de Abbott e Costello. No duro, no duro, eu acredito que eles representam duas visões de mim mesmo, pois um é mais sério, mais centrado, mais intelectualizado, enquanto o segundo é mais tosco, menos formal e mais despreocupado. Assim, ao criar as falas de cada um, é como se eu estivesse dialogando comigo mesmo. Pode ser que tudo o que disse até aqui seja apenas mais uma das minhas teorias miojo, mas uma coisa é certa: mesmo que não haja humor nenhum, mesmo que a linguagem não seja aquela que jovens reais utilizam, eu me divirto muito em criá-los, talvez por ter a sensação de que, afinal, estou conversando com alguém parecido comigo, uma versão masculina e empobrecida de Shirley Valentine.

APOSTA

- E aê?

- Beleza...

- Que que cê tá fazendo? Estudando?

- Lógico que não, pô! Estou lendo “O Terceiro Chimpanzé”.

- Ah, a história de família, né?

- Vá à merda!

- Porque você não age como gente normal?

- Normal tipo quem? Você, por exemplo? Você não é normal...

- Ah, sei lá, gente que curte videogame, mangá, essas coisas.

- Eu curto isso, mas também gosto de encarar um livro.

- Tá bom, Einstein! Eu vim aqui te chamar para tomar cerveja. Topa?

- Se você pagar eu topo, pois a grana tá curta.

- A gente faz uma aposta. Quem ganhar, paga.

- Não é quem perde que paga?

- É que você é cu de ferro e vai ganhar de mim.

- Então a gente aposta outra coisa. Quem contar uma piada com o trocadilho mais idiota ganha, OK?

- Beleza! Pode começar.

- Lá vai: sabe o que vai acontecer quando for oficializado o uso de vídeo para auxiliar a arbitragem nas partidas de futebol? O juiz vai perder o livre arbítrio.

- Nossa, essa pegou no saco!

- Agora é sua vez. Capricha, que eu já estou com sede.

- Sabe o que pensa um cara quando descobre que a filha de sua tia virou uma mulher gostosíssima? Que ela virou uma obra-prima.

- GANHOU!!! Bora lá pagar bebida!

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

FROM THE BEGGINING - EMERSON, LAKE & PALMER

Ironizando, meu filho ateu disse que 2016 foi o ano do “Ceifador” na música. Sem me preocupar com as outras expressões artísticas, até dá mesmo para pensar em um “Ceifador”, tal a quantidade de músicos que tiveram seu “Coda” em 2016. Relembrando os mais famosos:

Música pop e rock internacional:
Billy Paul
David Bowie
Eddie Harsch (tecladista da banda The Black Crowes)
Frank Sinatra Jr.
George Martin (considerado o “quinto” Beatle)
George Michael
Glenn Frey (guitarrista meia-boca da banda The Eagles)
Greg Lake (baixista e guitarrista do Emerson, Lake & Palmer)
James Woolley (tecladista do Nine Inch Nails)
Keith Emerson (tecladista do Emerson, Lake & Palmer)
Leon Russell (tecladista, cantor e compositor)
Leonard Cohen (cantor e compositor canadense)
Paul Kantner (guitarrista e co-fundador da banda Jeferson Airplane)
Prince

Música brasileira:
Cauby Peixoto
Chico Rey (da dupla sertaneja com Paraná)
Mário Sérgio (do grupo Fundo de Quintal)
Mattão (da dupla sertaneja com Mateus)
Naná  Vasconcelos (percussionista de fama internacional)
Peninha (percussionista da banda Barão Vermelho)
Roberto Corrêa (do grupo vocal Golden Boys)
Severino Filho (a voz em falsete do grupo Os Cariocas)
Vander Lee (“Românticos são tantos...”)

Qual o motivo dessa curiosidade mórbida? Só isso mesmo: “curiosidade mórbida” (falta de assunto é foda). Mas o que chama a atenção é o fato de terem morrido dois terços do grupo de rock progressivo Emerson, Lake and Palmer, que fez muito sucesso nos anos setenta, inclusive no Brasil. Triste também é saber a que causa da morte do tecladista Keith Emerson foi suicídio.

Embora esse “power trio” tenha tido muitos de seus discos lançados no Brasil, só comprei um, bem legal, de onde tirei a música de hoje. Olhaí.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

SAIU NO FEICIBUQUE - 019 (SÍNTESE)

Poder de síntese é isso...


JOURNEY TO THE CENTRE OF THE EARTH - RICK WAKEMAN

Estou completamente sem assunto para escrever alguma coisa que preste. Nem mesmo uma piadinha padrão Jotabê. Por isso, estou revisitando meus antigos discos de vinil. 

Por causa do post "Lisztomania", resolvi ouvir de novo um virtuose dos teclados na versão rock. Como diz meu filho, quem toca mesmo, quem tem boa formação musical são os caras de heavy metal e rock progressivo. O resto fica só na baladinha ou espancando os instrumentos (o que também é legal).

Poooois beeem, como disse antes, resolvi ouvir de novo o Rick Wakeman em seu melhor álbum, que é "Journey To The Centre Of The Earth" ou "Viagem ao Centro da Terra". 

O disco original, além da banda e dos cantores solistas, tem orquestra, coral e até um narrador "de grife", o finado ator de "Blow Up", David Hemmings (morreu em 2003, por aí).

Para quem quiser ouvir o disco original (40 minutos de pau dentro), o link está no final deste post. Mas se quiser ouvir e se deliciar com a incrível habilidade do Rick Wakeman, encontrei um link mais “pobrezinho”, com poucos instrumentistas, só um vocalista e, claro, os sete ou oito teclados onde ele se esbalda, com duração de "apenas" 19 minutos.

Sem sacanagem, apesar do meu filho citado acima achar esse disco uma merda, eu sou fã total e sempre ouço com prazer. Olhaí.




quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

LISZTOMANIA - ROGER DALTREY

A vantagem de ter nascido em 1950 (se isso pode ser realmente chamado de “vantagem”) é não ter sido submetido na juventude à tortura mental de ouvir funk e sertanejo em todas as suas variantes.

A melhor fase da minha vida aconteceu entre os anos de 1969 e 1990, quando eu era um jovem adulto (ou adulto jovem), época em que eu conheci e me casei com o Amor de minha vida, anos em que eu vivi a experiência intransferível, indescritível de me tornar pai de quatro das melhores e mais inteligentes pessoas que eu tive a sorte e a oportunidade de conhecer. Foi também uma época de muita autoindulgência, época em que ainda acreditava em mim.

Pois bem, nessa fase - que eu poderia chamar de "dourada" -, eu ouvia rock, quase que só rock. Ouvia também o pessoal do Clube da Esquina e começava a me interessar por blues. Comprava discos de vinil de forma cada vez mais moderada, mas continuava com a mania elitista (não só em relação à música) de descobrir novidades que ninguém mais (ou só os "iniciados") conhecia. 

Caso, por exemplo, do disco “Sociedade da Grã-Ordem Kavernista” do Raul Seixas, que, em entrevista dada ao Pasquim, disse ter vendido apenas 500 unidades no lançamento, fato que teria provocado uma reação da matriz americana. Pois bem, eu achei esse disco em uma banca de saldos! Tempos depois, quando o “Maluco Beleza” já era famoso, relançaram esse e até o disco gravado por “Raulzito e os Panteras” (que não me interessou).

Nessa busca pelo exclusivo, pelo raro e pelo pouco conhecido, encontrei o disco "Lisztomania", trilha sonora do filme de mesmo nome que, até onde sei, nunca passou nos cinemas comerciais do país (em Beagá não passou). Como não tem sentido falar de um filme que nunca assisti, limito-me apenas a fazer um breve comentário do disco. Foi produzido e interpretado por Rick Wakeman e orquestra, sendo a maioria das músicas composta por Franz Liszt (que coincidência!), considerado o primeiro pop-star da história, pois suas apresentações provocavam histeria e chiliques nas plateias, com fãs disputando souvenirs do ídolo (daí o nome "Lisztomania"). E ele, que era pegador, talvez um pegador à moda antiga, devia aproveitar.

Pois bem, nunca curti muito as músicas do disco (por serem muito eruditas para um caipira como eu), exceção feita a duas faixas interpretadas pelo Roger Daltrey, da banda The Who, talvez por já conhecê-las de algum casamento ou coisa parecida. Na verdade, essas faixas têm a mesma melodia e duas letras diferentes, ambas escritas pelo vocalista do Who.

Para quem nunca ouviu, apresento três versões dessa música (que é lindíssima): as duas do Roger Daltrey (uma delas cantada em estilo rock) e uma versão orquestral. Espero que gostem.


 Franz Liszt - Liebestraum - Love Dream


"Love's Dream" (Liszt/ lyrics: Roger Daltrey)


"Peace At Last" (Liszt/ lyrics: Jonathan Benson, Daltrey)


sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

COMENTANDO AS RECENTES - 022

Meu filho postou ou compartilhou no Facebook esta notícia, saída do portal G1, se não me engano. Ao ver o título, fiz um típico comentário Jotabê, daqueles de deixar um filho com vergonha do próprio pai. 

Depois disso, mandou um link do Correio Brasiliense falando da reação das pessoas a essa maluquice. Dentre as observações, havia uma convocação para uma manifestação ou "mãonifestação", que é a segunda imagem. 

Neste caso, uma imagem fala mais que mil palavras.Acho que não preciso fazer nenhum outro comentário.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

EFEITO ESTUFA

- Olha só quem tá aí! Você sumiu, cara!

- Pois é, tive uns perrengues aí e dei uma sumida.

- Tava sentindo falta das suas besteiras!...

- Eu envelheci, estou mais maduro...

- Peraí, não tem nem dois meses que você veio aqui! Mas que tá estranho, tá.

- Estou preocupado com o efeito estufa.

- Caraca! Ouvir isso de você é surreal! Sinal de que ainda há esperança para a humanidade!

- Pra você ver!

- É, o clima está mesmo mudando, tem feito calor pra caralho.

- E quem disse que eu estou falando de calor?

- Ué, é você que veio com essa conversa de Efeito Estufa!

- Cara, eu estou preocupado é com o efeito estufa da minha barriga!

- Puta que o pariu! Eu sabia que alguma coisa estava errada nessa “maturidade”!

- Sério, engordei três quilos neste final de ano, minha barriga tá estufada!

- Não adianta eu querer me enganar, não há mesmo esperança para a espécie humana!



MARCADORES DE UMA ÉPOCA - 4