Algumas frases são tão inspiradas
que acabam incorporadas ao caldo de cultura pop servido para várias finalidades e em várias ocasiões.
O Paulo Francis, por exemplo, é autor dessa ótima frase: “Quando ouço falar em ecologia, saco logo meu talão de cheques”.
Esse primor de cinismo é, na
verdade, uma paráfrase de parte de um diálogo do filme “O desprezo”, de Goddard (obrigado, Google!). Nesse filme, um produtor cinematográfico americano, protagonizado
por Jack Palance, diz a frase “quando ouço
falar de cultura saco logo meu talão de cheques”.
O motivo por estar falando essas
abobrinhas é uma notícia que li na internet, que transcrevo a seguir:
“Mal o novo
presidente americano, Donald Trump, tomou posse, e a
Casa Branca já atualizou o seu site com algumas novidades polêmicas. A seção dedicada
às mudanças climáticas, bandeira defendida pelo ex-presidente Barack Obama, por exemplo, foi
apagada da página oficial, assim como qualquer menção ao aquecimento global. Também
não há mais seções no site sobre direitos civis e público LGBT. As informações são
da Agência Ansa.
A nova política
deve-se ao fato que o novo ocupante da Casa Branca e boa parte do Partido Republicano minimizam os efeitos
causados pelas alterações no clima e a necessidade de se investir na chamada "economia
verde". Por outro lado, a página oficial traz algumas das medidas que o magnata
promete adotar como novo presidente dos Estados Unidos.”
Não bastasse isso, descobri também que esse "aprendiz de presidente" mandou retirar
textos em espanhol do mesmo site. Ou seja, o sujeito é prepotente, insensível,
tosco e intolerante, o próprio rei da cocada preta. Parece até que a frase do Paulo
Francis foi escrita para ser dita especificamente por ele em algum discurso.
Samuel Johnson foi um escritor e pensador inglês que viveu no século dezoito. Segundo
a Wikipédia, foi "poeta, ensaísta, moralista, biógrafo,
crítico literário e lexicógrafo".
Devia ser mesmo um bam-bam-bam, pois está
sepultado na Abadia de Westminster.
Mas a única coisa que me interessa
nele é o fato de ser o autor de uma frase muito instigante, que combina muito bem
com o estilo Trump (e com um monte de “nacionais”, mas prefiro deixar esse vespeiro
intacto – por ora):
"Patriotism is the last refuge of a scoundrel" ou "O
patriotismo é o último refúgio do canalha".
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