domingo, 15 de janeiro de 2017

APOSTA

- E aê?

- Beleza...

- Que que cê tá fazendo? Estudando?

- Lógico que não, pô! Estou lendo “O Terceiro Chimpanzé”.

- Ah, a história de família, né?

- Vá à merda!

- Porque você não age como gente normal?

- Normal tipo quem? Você, por exemplo? Você não é normal...

- Ah, sei lá, gente que curte videogame, mangá, essas coisas.

- Eu curto isso, mas também gosto de encarar um livro.

- Tá bom, Einstein! Eu vim aqui te chamar para tomar cerveja. Topa?

- Se você pagar eu topo, pois a grana tá curta.

- A gente faz uma aposta. Quem ganhar, paga.

- Não é quem perde que paga?

- É que você é cu de ferro e vai ganhar de mim.

- Então a gente aposta outra coisa. Quem contar uma piada com o trocadilho mais idiota ganha, OK?

- Beleza! Pode começar.

- Lá vai: sabe o que vai acontecer quando for oficializado o uso de vídeo para auxiliar a arbitragem nas partidas de futebol? O juiz vai perder o livre arbítrio.

- Nossa, essa pegou no saco!

- Agora é sua vez. Capricha, que eu já estou com sede.

- Sabe o que pensa um cara quando descobre que a filha de sua tia virou uma mulher gostosíssima? Que ela virou uma obra-prima.

- GANHOU!!! Bora lá pagar bebida!

2 comentários:

  1. Eu concederia a vitória à da perda do livre-arbítrio.

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    1. As duas são tão horríveis que a escolha foi quase aleatória. A única coisa que pesou foi que a do livre arbítrio teria uma molécula a mais de sofisticação intelectual (quantas pessoas sabem o que arbítrio?). Por isso, precisava ser dita pelo "leitor". Mas são péssimas, as duas.

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