domingo, 29 de janeiro de 2017

DEDICATÓRIA

Eu não tenho nada pra dizer
Também não tenho mais o que fazer
Só pra garantir esse refrão
Eu vou enfiar um palavrão (cu)

Creio que muita gente boa conhece a música “Nada a declarar” da banda Ultraje a Rigor, de onde tirei os versos acima. Por qual motivo, só contando um caso idiota. Antes, porém, preciso dizer que sempre acesso e leio os blogs dos amigos reais e virtuais. Na maioria das vezes me abstenho de fazer comentários, pelo simples fato de não saber ou não ter o que dizer. Já pegou o gancho, né? Continuemos.

Há coisa de dois, três anos, fui a um festival de música que aconteceu na praça do bairro onde moro. Bandas boas (algumas nem tanto assim), ótimos intérpretes (horríveis também), canja do Lô Borges, essas coisas. Mas teve uma banda que fez um som super legal, um pessoal animadíssimo.

Ao final da apresentação, resolvi cumprimentar essa moçada (sou amigo do organizador do evento). Descobri que não estavam concorrendo a nada e que a apresentação tinha sido uma deferência do meu amigo. Ficamos ali conversando animadamente (sou um puxa-saco profissional) por poucos minutos. Foi quando um dos músicos veio com dois CDs da banda, dando um para mim e outro para minha mulher.

Antes de continuar, preciso lembrar que não bebo, não fumo nem cheiro, mas sou meio descompensado de vez em quando (95% do tempo). Acho que naquele dia meu descompensômetro estava no limite, pois reclamei que sem autógrafo não teria graça nenhuma. O sujeito ficou meio sem jeito e saiu isso:
- Não sei o que escrever! (riso constrangido)
- Pô, escreve aí qualquer coisa!
- Qualquer coisa? O que posso escrever?
- Ah, sei lá, escreve aí “cu”!
- Não, cu não!

Confesso que não me lembro o que foi escrito e, pior, nunca ouvi o CD. Então, se um dia eu estiver meio atacado e não tiver nada para dizer sobre o post mais recente de algum de meus amigos blogueiros, vou lascar um “cu” a título de comentário. Só eu e o Roger Moreira podemos fazer isso.

2 comentários:

  1. Rapaz, e eu também posso, pois tive um comentário elogioso do próprio Roger Moreira no Marreta. Claro que eu também tava puxando o saco dele na postagem.
    http://amarretadoazarao.blogspot.com.br/2012/03/da-inteligencia-e-de-seus-usos-ou-o.html

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    1. Eu sei, já li faz tempo. Mas não puxei o saco dele com a citação da música, foi apenas uma pequena apropriação. Isso, claro, porque tive preguiça de pensar um pouco mais, disfarçar um pouco mais. Mas preferi copiar descaradamente (apesar das aspas"). Afinal, "a gente (e e minha segunda personalidade)somos inútil"

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