Eu estava remexendo meus arquivos para ver se achava alguma coisa para publicar no blog, quando vi duas imagens aéreas que extraí do Google Map. Eu as copiei depois de ficar chocado com um documentário da grife "Philos" exibido no canal Globosat. Resolvi hoje buscar essa história na internet e encontrei na Wikipédia o material que transcrevo a seguir.
A
tragédia de Oradour foi contada na televisão mundial em documentário na aclamada
série da BBC inglesa, The World at War (O Mundo em Guerra) de 1974. Na voz de Laurence
Olivier, o primeiro capítulo da série abre com imagens feitas de helicóptero sobre
a cidade vazia e silenciosa e a narração grave:
“Por esta estrada, num dia de verão de 1944, os soldados vieram. Ninguém vive
aqui agora. Eles aqui ficaram por algumas horas. Quando eles se foram, a comunidade que existia há mil anos, havia morrido.
Esta é Oradour-sur-Glane, na França.
No
dia em que os soldados vieram, a população foi reunida. Os homens foram levados para garagens
e celeiros, as mulheres e crianças foram conduzidas
por esta rua e trancadas dentro desta igreja. Aqui, elas escutaram os tiros que matavam
seus homens. Então, elas foram mortas também. Algumas semanas depois, muitos daqueles
que cometeram essas mortes, foram também mortos, em batalha.
Nunca reconstruíram Oradour. Suas ruínas são
um memorial. Seu martírio se soma a milhares e milhares de
outros martírios na Polônia, na Rússia, na Birmânia,
na China, em... um Mundo em Guerra.”
Talvez tenha sido Em 10 de junho de 1944, nas proximidades da vila
de Oradour-sur-Glane, o comandante de um dos batalhões da divisão, Sturmbannführer
Adolf Diekmann, comunicou a seus oficiais subordinados que havia sido avisado por
dois civis franceses da região que um oficial SS havia sido preso pelos guerrilheiros
na cidade e seria executado e queimado publicamente nos próximos dias.
Dentro
desta igreja, conservada em suas ruínas exatamente como era em 1944, 452 mulheres
e crianças foram queimadas vivas pelas tropas da SS.
No
começo da tarde, os pelotões da SS cercaram e fecharam a pequena cidade de Oradour
e o comando convocou toda a população para a praça principal a fim de fazer uma
verificação de documentos. Homens e mulheres foram separados, os homens levados
a celeiros e garagens das redondezas e as mulheres e crianças fechadas na igreja
do vilarejo.
Nos
celeiros, onde os habitantes masculinos eram esperados por metralhadoras montadas
em tripés, todos foram fuzilados e os celeiros queimados com seus corpos dentro.
Dos 195 homens de Oradour presos, apenas cinco escaparam. Enquanto isso, outros
SS jogavam tochas incendiárias dentro da igreja onde se encontravam trancadas as
mulheres e crianças, causando um incêndio generalizado.
Os
sobreviventes que tentavam escapar pelas janelas eram metralhados por soldados colocados
em posição do lado de fora. Apenas uma mulher, Marguerite Rouffanche, conseguiu
escapar entre as 452 mulheres e crianças que morreram carbonizadas na chacina, pulando
por um pedaço de janela quebrada pelo fogo sem ser percebida. Após a imolação, a
tropa queimou a cidade até o chão. No total, 642 habitantes de Oradour foram mortos
pelas Waffen-SS em algumas horas, de um total de pouco mais de mil habitantes.
As
ruínas tombadas e transformadas em memorial da cidade-mártir nos dias de hoje.
A
barbárie causou uma onda de protestos dentro das próprias forças alemãs, incluindo
o Marechal Erwin Rommel e o governo francês aliado dos nazistas em Vichy, na França
não ocupada. O comando da divisão considerou que o comandante Dieckman havia extrapolado
em muito suas ordens - fazer 30 franceses de reféns e usá-los como moeda de troca
pelo suposto oficial nazista prisioneiro - e abriu uma investigação judicial militar.
Diekman não chegou a ser julgado, morrendo em combate pouco dias depois do massacre,
junto com a maior parte dos soldados que destruíram Oradour-sur-Glane.
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