quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

GRINGO!

 
Por estar acamada, minha mulher sempre me pede para que eu fique ao seu lado, que não a deixe sozinha. Mesmo assim, talvez para respirar um pouco, eu me afasto um pouco. Olho o gmail e o whatsapp para ver se tenho contas a pagar, e até o velho Blogson.
 
Hoje (ontem) tive uma experiência curiosa e até mesmo incômoda: precisando pegar os medicamentos que comprei pela internet, resolvi fazer também uma compra básica de supermercado (biscoitos, leite, achocolatado, frutas e produtos de limpeza).
 
Mas havia uma coisa diferente no ar – ou talvez fosse eu que estava diferente. O céu com poucas nuvens, temperatura agradável, e pessoas indo e vindo despreocupadas ou com a cara fechada por causa de problemas, falta de dinheiro, pouco importa.
 
O que realmente importava era o fato de não mais me sentir pertencendo àquele ambiente, àquela luz do dia, àqueles barulhos e sons cotidianos. Tudo aquilo me parecia estranho, como se estivesse em outro país.
 
Daí fiquei imaginando que sentimentos e sensações semelhantes,deviam e devem ter os imigrantes, as pessoas que por esse ou aquele motivo foram parar em um país estranho e têm a necessidade de adaptar-se à nova realidade, realidade e costumes estranhos com que têm de conviver. Sensação esquisita!
 
(escrito às 4h15 do dia 03/12/25)

4 comentários:

  1. Sentimentos envolventes. As melhoras da sua esposa.
    .
    Votos de saúde, paz e amor
    .

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  2. Logo você volta ao normal. Tem dias que é assim mesmo.

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  3. Essa é uma sensação muito estranha mesmo: sentir-se estranho em seu próprio ambiente. Acho que isso nos acontece quando estamos passando por problemas que nos sufocam e parece que o mundo em que habitamos quer cair em nossa cabeça.

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