Esta
postagem lembra muito uma mistura de jiló com adoçante ou bacalhoada com toddy,
tão esquisita ficou a colagem de temas e estilos totalmente
diferentes entre si.E fiz isso por achar que nenhum dos textos mereceria uma postagem independente.
ANALFABETISMO
ELEITORAL
Meu filho
contou ter um colega que disse sintonizar a TV Globo apenas para ver jogos de
futebol (“sabe como é, não dá para confiar na Globo”) e que usa as redes
sociais para manter-se “informado”. Prefiro nem identificar sua “cor
ideológica”, OK?
Mas,
pensando nessa distorção de entendimento, fico preocupado com o que poderá
acontecer daqui para frente, e nem estou focado apenas nas futuras eleições.
Pensem comigo: quantas pessoas na idade adulta terão condições de separar o que
é verdadeiro das imagens impressionantemente “reais” criadas por uma
Inteligência Artificial?
Só para que você comece a se preocupar, o Brasil possui hoje uma população total de 203 milhões
de pessoas. Dessas, 160 milhões são eleitores (acho esse número muito elevado,
mas é o que obtive). Segundo o INAF (Indicador de Alfabetismo Funcional), os
dados mais recentes indicam que 8% desse universo correspondem aos analfabetos
absolutos. Que devem ser somados aos 21% de analfabetos funcionais. Disso
resulta que 46 milhões de brasileiros não conseguem entender o que leem – isso quando conseguem ler. Agora,
imagine um filé desses manipulado por marqueteiros a partir de imagens
“realistas” geradas por uma IA!E os 46 milhões de eleitores são apenas a ponta do iceberg,
pois nem consigo imaginar o total de “analfabetos eleitorais”, gente como o colega de
meu filho (ingênuos, crédulos, de boa fé, ignorantes, ideológicos e todo tipo de pessoas que podem ser mais facilmente iludidas) que poderão transformar o Brasil num Titanic depois do choque com o iceberg. Como dizia um
personagem de programa de humor, “Eu não vou aguentar!”
AULA DE
RECONHECIMENTO
Assisti a um
vídeo do Pedro Sánchez, primeiro-ministro espanhol (provavelmente trecho de uma
declaração ou discurso), em que ele ensina como reconhecer um fascista:
Se você quiser reconhecer um ultradireitista
há um método que não falha:
Sempre se opõe a qualquer avanço social
Se opõe ao aumento do salário mínimo
Se opõe ao aumento das pensões
Se opõe a reduzir a precariedade trabalhista
Se opõe à renda mínima vital, dizendo que é
uma mamata
Se opõe à tributação justa
Se opõe às políticas de igualdade entre
homens e mulheres
Nega a evidência científica de que estamos
diante de uma emergência climática
E quando não consegue bloquear esses avanços
por vias democráticas – porque a população lhe ignora – o que faz é opor-se à
democracia e recorrer ao ataque das instituições democráticas.
INTERDITA, PORQUE ESTÁ DOIDO
Eu não mando em minha mente (demente), ela pensa o que quiser e eu fico
só na minha, como se ela fosse um ET que se instalou na minha cabeça. Esta
introdução é só para tentar aliviar a barra por conta de uma piada que me fez
pensar no humor doentio que o Henfil e outros malucos sempre fizeram sem se
preocupar com o politicamente correto (eu adoro esse tipo de humor!). E este é
o caso do diálogo a seguir:
- E aí, beleza? Fiquei
sabendo que esteve internado. Que houve?
- Foda! Peguei uma infecção
no pé, a coisa piorou, foi piorando tanto que fui obrigado a amputar um dedo.
- Puta merda! Mas não fique
tão chateado, procure pensar de forma positiva.
- Do jeito que você é
escroto, só falta dizer que é melhor amputar um dedo que o pé inteiro, né?
- Não, nem pensar, isola! O
lado bom é que é menos uma unha encravada com que se preocupar.
- Puta que pariu!
DEFEITO DE
FABRICAÇÃO
Parece que a
democracia é mesmo uma merda, pois permite que se pratique o que regimes
autoritários jamais permitirão. Liberdade de imprensa é uma delas. Que mania
insensata algumas pessoas têm ao tentar expor seu pensamento e suas opiniões sem
receio de ser presas! Outra esquisitice nas democracias é a possibilidade de
alguém ser eleito para governar um país apenas com a maioria dos votos
recebidos – dados em urnas eletrônicas ou sob a forma de papel depositado em
pré-históricas e pouco confiáveis urnas que lembram mochilas ou malotes.
Outra falha
da democracia é sua convivência com extremistas de todo tipo e matiz, gente
sempre pronta a emular, a copiar o comportamento censório, policialesco que
viceja nas ditaduras e regimes autoritários. Parece ser ofensa inadmissível
para essa gente que a legislação em vigor no país seja respeitada, mesmo que
isso resulte em condenações ou descondenações que o senso comum entende serem
indevidas ou equivocadas.
Para algumas
pessoas a política se resume a uma partida de final de campeonato entre dois
times, sendo que um deles deveria ser proibido de ganhar, mesmo que para isso o
regulamento precisasse ser rasgado, a bola furada e a as “quatro linhas”
tivessem o produto que as demarca varrido ou espanado. E nem adiantaria
argumentar ou tentar entregar alguma notificação ao técnico, pois o papel
seria pulverizado depois de lido, como se jamais tivesse sido entregue.
Democraciazinha filha da puta!
EXPLICANDO A ORIGEM DO POEMA “CAIPIRA DA CAPITAL”
Algumas pessoas me cumprimentaram pelo poema publicado recentemente, mas
uma delas estranhou minha “confissão” e perguntou de onde eram meus pais. E
esta é a explicação:
Minha mãe nasceu em Ijaci (Perto de Lavras. Já ouviu falar?), em 1922. A
população estimada do então distrito estava em torno de 1.500 habitantes. Meu
pai nasceu em 1911, no distrito de São José dos Oratórios (hoje o orgulhoso
município de Oratórios). A população do antigo distrito de Ponte Nova quando
meu pai nasceu estava em torno de 900 pessoas, pouco mais, pouco menos.
Conheceram-se em Belo Horizonte, onde se casaram e onde eu nasci. Intimamente,
mesmo tendo nascido em BH e independente da educação e cultura que fui adquirindo, sempre me considerei um caipira, um jeca tatu. Foi
pensando nisso que escrevi aqueles “maravilhosos” versos.
ANALFABETISMO ELEITORAL
Meu filho contou ter um colega que disse sintonizar a TV Globo apenas para ver jogos de futebol (“sabe como é, não dá para confiar na Globo”) e que usa as redes sociais para manter-se “informado”. Prefiro nem identificar sua “cor ideológica”, OK?
Mas, pensando nessa distorção de entendimento, fico preocupado com o que poderá acontecer daqui para frente, e nem estou focado apenas nas futuras eleições. Pensem comigo: quantas pessoas na idade adulta terão condições de separar o que é verdadeiro das imagens impressionantemente “reais” criadas por uma Inteligência Artificial?
Só para que você comece a se preocupar, o Brasil possui hoje uma população total de 203 milhões de pessoas. Dessas, 160 milhões são eleitores (acho esse número muito elevado, mas é o que obtive). Segundo o INAF (Indicador de Alfabetismo Funcional), os dados mais recentes indicam que 8% desse universo correspondem aos analfabetos absolutos. Que devem ser somados aos 21% de analfabetos funcionais. Disso resulta que 46 milhões de brasileiros não conseguem entender o que leem – isso quando conseguem ler. Agora, imagine um filé desses manipulado por marqueteiros a partir de imagens “realistas” geradas por uma IA!
AULA DE RECONHECIMENTO
Assisti a um vídeo do Pedro Sánchez, primeiro-ministro espanhol (provavelmente trecho de uma declaração ou discurso), em que ele ensina como reconhecer um fascista:
Se você quiser reconhecer um ultradireitista há um método que não falha:
Sempre se opõe a qualquer avanço social
Se opõe ao aumento do salário mínimo
Se opõe ao aumento das pensões
Se opõe a reduzir a precariedade trabalhista
Se opõe à renda mínima vital, dizendo que é uma mamata
Se opõe à tributação justa
Se opõe às políticas de igualdade entre homens e mulheres
Nega a evidência científica de que estamos diante de uma emergência climática
E quando não consegue bloquear esses avanços por vias democráticas – porque a população lhe ignora – o que faz é opor-se à democracia e recorrer ao ataque das instituições democráticas.
Eu não mando em minha mente (demente), ela pensa o que quiser e eu fico só na minha, como se ela fosse um ET que se instalou na minha cabeça. Esta introdução é só para tentar aliviar a barra por conta de uma piada que me fez pensar no humor doentio que o Henfil e outros malucos sempre fizeram sem se preocupar com o politicamente correto (eu adoro esse tipo de humor!). E este é o caso do diálogo a seguir:
- E aí, beleza? Fiquei sabendo que esteve internado. Que houve?
- Foda! Peguei uma infecção no pé, a coisa piorou, foi piorando tanto que fui obrigado a amputar um dedo.
- Puta merda! Mas não fique tão chateado, procure pensar de forma positiva.
- Do jeito que você é escroto, só falta dizer que é melhor amputar um dedo que o pé inteiro, né?
- Não, nem pensar, isola! O lado bom é que é menos uma unha encravada com que se preocupar.
- Puta que pariu!
Parece que a democracia é mesmo uma merda, pois permite que se pratique o que regimes autoritários jamais permitirão. Liberdade de imprensa é uma delas. Que mania insensata algumas pessoas têm ao tentar expor seu pensamento e suas opiniões sem receio de ser presas! Outra esquisitice nas democracias é a possibilidade de alguém ser eleito para governar um país apenas com a maioria dos votos recebidos – dados em urnas eletrônicas ou sob a forma de papel depositado em pré-históricas e pouco confiáveis urnas que lembram mochilas ou malotes.
Outra falha da democracia é sua convivência com extremistas de todo tipo e matiz, gente sempre pronta a emular, a copiar o comportamento censório, policialesco que viceja nas ditaduras e regimes autoritários. Parece ser ofensa inadmissível para essa gente que a legislação em vigor no país seja respeitada, mesmo que isso resulte em condenações ou descondenações que o senso comum entende serem indevidas ou equivocadas.
Para algumas pessoas a política se resume a uma partida de final de campeonato entre dois times, sendo que um deles deveria ser proibido de ganhar, mesmo que para isso o regulamento precisasse ser rasgado, a bola furada e a as “quatro linhas” tivessem o produto que as demarca varrido ou espanado. E nem adiantaria argumentar ou tentar entregar alguma notificação ao técnico, pois o papel seria pulverizado depois de lido, como se jamais tivesse sido entregue. Democraciazinha filha da puta!
Algumas pessoas me cumprimentaram pelo poema publicado recentemente, mas uma delas estranhou minha “confissão” e perguntou de onde eram meus pais. E esta é a explicação:
Minha mãe nasceu em Ijaci (Perto de Lavras. Já ouviu falar?), em 1922. A população estimada do então distrito estava em torno de 1.500 habitantes. Meu pai nasceu em 1911, no distrito de São José dos Oratórios (hoje o orgulhoso município de Oratórios). A população do antigo distrito de Ponte Nova quando meu pai nasceu estava em torno de 900 pessoas, pouco mais, pouco menos. Conheceram-se em Belo Horizonte, onde se casaram e onde eu nasci. Intimamente, mesmo tendo nascido em BH e independente da educação e cultura que fui adquirindo, sempre me considerei um caipira, um jeca tatu. Foi pensando nisso que escrevi aqueles “maravilhosos” versos.
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