Para quem nunca ouviu falar nele, Elomar é um
compositor, escritor, violonista e cantor brasileiro. Mas não só isso. É também
formado em arquitetura, profissão que exerceu por muitos anos, estudou violão clássico
e, para completar, é criador de bodes e cabras. Está hoje com 87 anos e imagino
que esteja pouco se lixando para o sucesso comercial de suas músicas esquisitas
(mas boas de ouvir).
Segundo texto encontrado na internet, sua música mistura elementos da cultura sertaneja e medieval e traz influências da poesia medieval, como o trovadorismo, e da música medieval, como o canto gregoriano e a polifonia. “Elomar utiliza a linguagem dialetal sertaneja e a temática medieval para criar um universo musical único e profundo”. Resumindo, a obra musical de Elomar “não é para amadores”.
Em um dos canais de TV de BH, nas manhãs de domingo, é transmitido o programa “Arrumação”, no estilo do antigo “Som Brasil”. “Arrumação” também é o nome da música que serve como tema de abertura do programa. E é ela que resolvi compartilhar com essa gente erudita que acessa o blog. Para facilitar o entendimento, transcrevo também a letra. Espero que gostem.
Jusifina, sai cá fora e vem vê
Oia os fôrro ramiado, vai chuvê
Vai, trimina reduzi toda criação
Das bandas de lá do rio Gavião
Chiquerá pra cá, já roncô o truvão
Futuca a tuia, pega o catadô
Vamo prantá o feijão no pó
Mãe Prurdença inda num cuiêu o aio
O aio roxo dessa lavôra tardã
Diligença, pega o pano e cum balaio
Vai cum tua irmã, vai num rumo só
Vai cuiê o aio, o aio da tua avó
Futuca a tuia, pega o catadô
Vamo prantá o feijão no pó
Lua nova, sussarana vai passar
Seda branca, na passada ela levou
Ponta d’unha, lua fina, risca no céu
A onça prisunha, a cara de réu
O pai do chiquêro, a gata comeu
Foi um trovejo cu’a zagaia só
Foi tanto sangue, de dá dó
Os cigano já subiro beira rio
É só danos, todo ano nunca vi
Paciença, já num guento a pirsiguição
Já sô caco véio nesse meu sertão
Tudo que juntei foi só pra ladrão
Futuca a tuia, pega o catadô
Vamo prantá o feijão no pó
Futuca a tuia, pega o catadô
Vamo prantá o feijão no pó
Segundo texto encontrado na internet, sua música mistura elementos da cultura sertaneja e medieval e traz influências da poesia medieval, como o trovadorismo, e da música medieval, como o canto gregoriano e a polifonia. “Elomar utiliza a linguagem dialetal sertaneja e a temática medieval para criar um universo musical único e profundo”. Resumindo, a obra musical de Elomar “não é para amadores”.
Em um dos canais de TV de BH, nas manhãs de domingo, é transmitido o programa “Arrumação”, no estilo do antigo “Som Brasil”. “Arrumação” também é o nome da música que serve como tema de abertura do programa. E é ela que resolvi compartilhar com essa gente erudita que acessa o blog. Para facilitar o entendimento, transcrevo também a letra. Espero que gostem.
Jusifina, sai cá fora e vem vê
Oia os fôrro ramiado, vai chuvê
Vai, trimina reduzi toda criação
Das bandas de lá do rio Gavião
Chiquerá pra cá, já roncô o truvão
Futuca a tuia, pega o catadô
Vamo prantá o feijão no pó
Mãe Prurdença inda num cuiêu o aio
O aio roxo dessa lavôra tardã
Diligença, pega o pano e cum balaio
Vai cum tua irmã, vai num rumo só
Vai cuiê o aio, o aio da tua avó
Futuca a tuia, pega o catadô
Vamo prantá o feijão no pó
Lua nova, sussarana vai passar
Seda branca, na passada ela levou
Ponta d’unha, lua fina, risca no céu
A onça prisunha, a cara de réu
O pai do chiquêro, a gata comeu
Foi um trovejo cu’a zagaia só
Foi tanto sangue, de dá dó
Os cigano já subiro beira rio
É só danos, todo ano nunca vi
Paciença, já num guento a pirsiguição
Já sô caco véio nesse meu sertão
Tudo que juntei foi só pra ladrão
Futuca a tuia, pega o catadô
Vamo prantá o feijão no pó
Futuca a tuia, pega o catadô
Vamo prantá o feijão no pó
Jotabê do céu!
ResponderExcluirQue lindo esse vídeo!
Que bonita a interpretação
da letra e a originalidade
da escrita das palavras.
O toque do instrumento
pontuando é lindo.
Nem precisava eu dizer que
toda publicação é simplesmente
linda.
Gratidão.
Bjins
CatiahôAlc.
Que bom que gostou! Eu sempre tento garimpar músicas lindas fora do gosto comum e interpretações memoráveis. Dou preferência a vídeos e apresentações ao vivo. Um dos intérpretes de que mais gosto é o Milton Nascimento, que era capaz de "esticar" as palavras tornando essa "tortura" a coisa mais linda. Se quiser ouvir outras pérolas, selecione o marcador "Música Maestro".
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