Alguém já disse que o brasileiro tem complexo
de vira-lata, tal é sua mania de imitar ou copiar modismos e palavras de
outros países. Às vezes eu penso também ter esse complexo, mesmo fingindo não
tê-lo. Sendo monoglota, o som de palavras e expressões ditas em outras línguas
exerce um enorme fascínio sobre mim. Dizendo mais explicitamente, eu aaaaaamo usar palavras gringas nos textos
que escrevo. A única exigência é que sejam línguas da Europa Ocidental.
Por exemplo, quando ouço uma senhora italiana conversando em voz alta, sempre associo esse som com a algazarra de um bando de maritacas em pleno voo. And I love her! Mas há outros sons de outras línguas que me matam de vontade de saber o que dizem. A expressão alemã “As aftas ardem e doem” significa mesmo “as aftas ardem e doem”? Por outro lado, o britânco “O o tem som de u?” já me leva para os jardins do Palácio de Buckingham. E qual homem não se derrete todo (ou endurece) ao ouvir uma francesa gostosa sussurrando em seu ouvido “comer suã faz suar”? Allons enfants de la patrie!!!!
Eu não sou purista nem defensor da imobilidade das línguas, pois uma língua bem usada é pura magia e prazer! Para ser sincero, não nada sou conservador, pois acho que se o mundo gira e a Lusitana roda, tudo muda, e com toda razão! Mas às vezes a coisa foge do controle, criando situações que enfurecem a mim e a meu irmão astrologicamente gêmeo (este texto está com uma cara de já ter desandado, mas vamos em frente).
Eu não tenho a menor vergonha de usar palavras de outros idiomas e as utilizo por ironia, desconhecimento da minha própria língua ou pedantismo. Creio que boa parte das pessoas que usam as redes sociais age quase da mesma forma que eu. Talvez a exceção seja o uso irônico de vocabulário estrangeiro, pois, sinceramente, eu acredito que só uma minoria consegue se expressar de forma inteligente com o uso de ironia.
Mas há palavras que têm afetado a saúde de minhas partes íntimas, tantos são os chutes “a gol” que elas recebem. Não saberia estabelecer uma ordem cronológica para o surgimento dessas ervas danoninhas – que agridem a “última flor do Lácio, inculta e bela”, mas posso relacionar algumas que agridem meu fígado gordo (com esteatose) e quase me fazem vomitar bile. Veja se concorda comigo:
- Fake news: não dá para usar "mentira" ou “notícia falsa” não? Precisa suavizar ou fingir que não é mentira a notícia falsa divulgada? Foda!
- Stalker: Que porra é esta? Pessoa “que persegue ou vigia outra pessoa de forma obsessiva e insistente”? Não poderia dizer simplesmente psicopata, bisbilhoteiro ou assediador?
- Bet: Essa palavra tem me dado nos nervos. Não poderiam dizer simplesmente “aposta”? Bet... Tudo agora é bet. Bet isso, bet aquilo. Bet para mim é só o nome de uma cunhada gente fina – Tia Beth.
Por exemplo, quando ouço uma senhora italiana conversando em voz alta, sempre associo esse som com a algazarra de um bando de maritacas em pleno voo. And I love her! Mas há outros sons de outras línguas que me matam de vontade de saber o que dizem. A expressão alemã “As aftas ardem e doem” significa mesmo “as aftas ardem e doem”? Por outro lado, o britânco “O o tem som de u?” já me leva para os jardins do Palácio de Buckingham. E qual homem não se derrete todo (ou endurece) ao ouvir uma francesa gostosa sussurrando em seu ouvido “comer suã faz suar”? Allons enfants de la patrie!!!!
Eu não sou purista nem defensor da imobilidade das línguas, pois uma língua bem usada é pura magia e prazer! Para ser sincero, não nada sou conservador, pois acho que se o mundo gira e a Lusitana roda, tudo muda, e com toda razão! Mas às vezes a coisa foge do controle, criando situações que enfurecem a mim e a meu irmão astrologicamente gêmeo (este texto está com uma cara de já ter desandado, mas vamos em frente).
Eu não tenho a menor vergonha de usar palavras de outros idiomas e as utilizo por ironia, desconhecimento da minha própria língua ou pedantismo. Creio que boa parte das pessoas que usam as redes sociais age quase da mesma forma que eu. Talvez a exceção seja o uso irônico de vocabulário estrangeiro, pois, sinceramente, eu acredito que só uma minoria consegue se expressar de forma inteligente com o uso de ironia.
Mas há palavras que têm afetado a saúde de minhas partes íntimas, tantos são os chutes “a gol” que elas recebem. Não saberia estabelecer uma ordem cronológica para o surgimento dessas ervas danoninhas – que agridem a “última flor do Lácio, inculta e bela”, mas posso relacionar algumas que agridem meu fígado gordo (com esteatose) e quase me fazem vomitar bile. Veja se concorda comigo:
- Fake news: não dá para usar "mentira" ou “notícia falsa” não? Precisa suavizar ou fingir que não é mentira a notícia falsa divulgada? Foda!
- Stalker: Que porra é esta? Pessoa “que persegue ou vigia outra pessoa de forma obsessiva e insistente”? Não poderia dizer simplesmente psicopata, bisbilhoteiro ou assediador?
- Bet: Essa palavra tem me dado nos nervos. Não poderiam dizer simplesmente “aposta”? Bet... Tudo agora é bet. Bet isso, bet aquilo. Bet para mim é só o nome de uma cunhada gente fina – Tia Beth.
Mas há algumas que eu me recuso até a buscar
o significado: “Trend”? “Reel”? “Hipster”?
Eu odeio essas merdas! Se quiserem, podem me chamar de hater que eu nem ligo!
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