Hoje é uma data especial para nós dois –
única, na verdade – pois comemoramos cinquenta anos de casamento! Cinquenta
anos... Sinceramente, eu mesmo custo a acreditar que tenha se passado tanto
tempo, porque, para mim, parece que foi ontem que vi você subir a rampa de
acesso ao salão de baile do Barroca Tênis Clube, sorrindo para mim. Naquela
noite do dia 25 de abril de 1970, eu percebi que minha solidão tinha se
acabado. E eu estava certo.
Mas a grande mudança em nossas vidas aconteceu há exatos cinquenta anos, cinco anos depois daquele primeiro encontro no Barroca. E começou a mudar mais precisamente às 19 horas, quando, ao saber que você já tinha chegado à capela do Sagrado Coração de Jesus (você sempre foi pontual!), comecei a sentir meu coração batendo no pescoço, disputando espaço com a bela gravata branca que usava.
Você surgiu na porta da igreja de braços dados com um orgulhoso Sr. Neca, indescritivelmente linda. E a partir daí, com a igreja lotada, a cerimônia rolou e ficamos sabendo pelo Padre Leonardo que, em um casamento feliz, “um mais um é igual a um”. Em seguida, entre centenas de cumprimentos, abraços e carinhosíssimos “votos de eterna lua de mel”, a festa rolou, a vida rolou para duas crianças de 24 e 25 anos.
Foram cinco décadas de risos e tropeços, de rotinas e descobertas, tempo de criar o Gu, o Bil, o Bê e o Dani – quatro filhos maravilhosos – e depois de vê-los criar asas. Passamos por dias muito difíceis, mas sempre encontrei no seu olhar e no seu apoio o abrigo que parecia faltar no mundo. Porque o amor, aprendi, não é feito de promessas grandiosas, mas de gestos pequenos e contínuos: o apoio carinhoso e cúmplice, um afago, o jeito certo de calar ou de dizer.
Durante a quinta década, chegaram elas – trazidas por nossas filhas do coração – quatro menininhas com nomes doces e gargalhadas claras. Bia e Cacá, Lelê e Lulu. Como se a vida, depois de tanto tempo, tivesse resolvido nos agradecer com flores vivas e falantes. E cada uma delas, de algum modo, traz em si um pedacinho de você.
Hoje nossa vida se completa com quatro filhos, três filhas do coração e quatro netinhas. Ainda sonho. Mas agora, sempre de olhos bem abertos — porque a realidade ao seu lado sempre foi muito mais bonita e melhor do que qualquer sonho. E, mesmo que o tempo tenha deixado marcas em nossos rostos, há algo que nunca mudou: o amor que sinto por você.
Cinquenta anos se passaram desde aquele dia em que dissemos "sim" na frente do Padre Leonardo, mas até hoje eu me emociono e me alegro ao rever as fotos de nosso casamento. Tanta coisa aconteceu, tantas pessoas queridas – pais, tios, irmãos, parentes, amigos – vivendo agora só em nossa lembrança e no álbum de retratos! Só duas coisas não foram levadas, mudadas ou corroídas pelo Tempo: sua desmedida e permanente beleza e o amor total que sinto por você. E é por isso que eu digo, com toda a certeza: eu quero é mais!
Mas a grande mudança em nossas vidas aconteceu há exatos cinquenta anos, cinco anos depois daquele primeiro encontro no Barroca. E começou a mudar mais precisamente às 19 horas, quando, ao saber que você já tinha chegado à capela do Sagrado Coração de Jesus (você sempre foi pontual!), comecei a sentir meu coração batendo no pescoço, disputando espaço com a bela gravata branca que usava.
Você surgiu na porta da igreja de braços dados com um orgulhoso Sr. Neca, indescritivelmente linda. E a partir daí, com a igreja lotada, a cerimônia rolou e ficamos sabendo pelo Padre Leonardo que, em um casamento feliz, “um mais um é igual a um”. Em seguida, entre centenas de cumprimentos, abraços e carinhosíssimos “votos de eterna lua de mel”, a festa rolou, a vida rolou para duas crianças de 24 e 25 anos.
Foram cinco décadas de risos e tropeços, de rotinas e descobertas, tempo de criar o Gu, o Bil, o Bê e o Dani – quatro filhos maravilhosos – e depois de vê-los criar asas. Passamos por dias muito difíceis, mas sempre encontrei no seu olhar e no seu apoio o abrigo que parecia faltar no mundo. Porque o amor, aprendi, não é feito de promessas grandiosas, mas de gestos pequenos e contínuos: o apoio carinhoso e cúmplice, um afago, o jeito certo de calar ou de dizer.
Durante a quinta década, chegaram elas – trazidas por nossas filhas do coração – quatro menininhas com nomes doces e gargalhadas claras. Bia e Cacá, Lelê e Lulu. Como se a vida, depois de tanto tempo, tivesse resolvido nos agradecer com flores vivas e falantes. E cada uma delas, de algum modo, traz em si um pedacinho de você.
Hoje nossa vida se completa com quatro filhos, três filhas do coração e quatro netinhas. Ainda sonho. Mas agora, sempre de olhos bem abertos — porque a realidade ao seu lado sempre foi muito mais bonita e melhor do que qualquer sonho. E, mesmo que o tempo tenha deixado marcas em nossos rostos, há algo que nunca mudou: o amor que sinto por você.
Cinquenta anos se passaram desde aquele dia em que dissemos "sim" na frente do Padre Leonardo, mas até hoje eu me emociono e me alegro ao rever as fotos de nosso casamento. Tanta coisa aconteceu, tantas pessoas queridas – pais, tios, irmãos, parentes, amigos – vivendo agora só em nossa lembrança e no álbum de retratos! Só duas coisas não foram levadas, mudadas ou corroídas pelo Tempo: sua desmedida e permanente beleza e o amor total que sinto por você. E é por isso que eu digo, com toda a certeza: eu quero é mais!
Pô, cara, me emocionou agora...mas não é difícil eu me emocionar. Eu dei uma lacrimejada vendo o final de Titanic...
ResponderExcluirBela homenagem e belas fotos. Gostei muito do bigodon mexicano!!! E de fato, sua esposa é muito bonita. Apesar de eu pensar assim também, vou levar para mim essa tua frase:
"Porque o amor, aprendi, não é feito de promessas grandiosas, mas de gestos pequenos e contínuos: o apoio carinhoso e cúmplice, um afago, o jeito certo de calar ou de dizer"
parabéns e abraços aos noivos
Eu já chorei hoje algumas vezes, ouvindo o áudio (que nosso filho recuperou) do nosso casamento, gravado em fita cassete em um gravadorzinho que um primo da minha mulher (então com uns quatorze anos) ficou segurando perto do altar; revendo o filme feito com sobras de uma filmagem publicitária (16mm, cinegrafista profissional, uns três minutos de duração) e um vídeo que nossos filhos fizeram com fotos antigas para comemorar em 2009 o aniversário de minha mulher. Hoje eu estou com overdose de recordações e emoção. E ainda sairá um post de gozação às 15 horas de hoje. É clichê dizer isso, mas parece que foi ontem que nossa vida mudou irreversivelmente e que tudo aconteceu. Hoje é só amor, mas já estou pensando em falar de ódio e maldade, porque o mundo está barra.
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