Ele é o mais antigo leitor do Blogson Crusoe,
já foi “seguidor”, deixou de ser, voltou outra vez, deixou novamente de ser.
Talvez por termos mais diferenças que “parecenças”. Ele entrou na melhor idade,
e eu já estou quase saindo – dela ou de qualquer outra; ele faz questão de
beber cerveja barata mas boa, eu só como bombom de licor; ele é fã do Raul
Seixas, eu não consigo mais escutá-lo; eu e ele somos heterossexuais e gostamos
de falar palavrões (ele gosta mais que eu); ele parece ser muito culto, eu levo
mais jeito para carroceiro; ele é pós graduado em ironia e sarcasmo, eu só
cheguei até a quinta série;ele se chama Ricardo, e eu também (não tente
entender!); ele odeia o PT e eu também; ele baba de ódio pelo Lula, eu faço o
mesmo pelo Bozo; já se enfureceu comigo e eu já fiquei puto com ele; ele é conservador, eu quero ser apenas livre (ou anarquista,
se preferir).
Creio que poderia defini-lo como meu desafeto predileto, pois mesmo que não o conheça pessoalmente (e espero que continue assim), tenho uma genuína simpatia por ele, talvez maior que muito “amigo” da vida real.
E esse sujeito, o irascível Azarão do blog “A Marreta do Azarão”, deu-me dois preciosos presentes, dois livros do meu ídolo Millôr Fernandes – um verdadeiro filósofo que utilizou o humor e a ironia para expor sua visão de mundo. Definindo-se como um “livre atirador”, Millôr disse verdades lapidares como esta: “Não existe pensador católico. Não existe pensador marxista. Existe pensador. Preso a nada. Pensa, a todo risco.” E definia a ideologia, qualquer ideologia, como uma "bitola estreita para orientar o pensamento".
Tendo circulado por todo tipo de humor, utilizou no livro a “Bíblia do Caos” uma de suas formas mais curiosas e sofisticadas, que eu chamo de “humor de saturação”, obtido com o uso exaustivo de sinônimos e palavras correlatas, tal como se lê na capa de um dos presentes que recebi, que ele assim definiu:
5.142 Pensamentos, Preceitos, Máximas, Raciocínios, Considerações, Ponderações, Devaneios, Elucubrações, Cismas, Disparates, Ideias, Introspecções, Tresvarios, Obsessões, Meditações, Apotegmas, Despropósitos, Apodos, Desvarios, Descocos, Cogitações, Plácitos, Ditos, Sandices, Especulações, Conceitos, Gnomas, Motes, Proposições, Argumentos, Filactérios, Reflexões, Escólios, Conclusões, Aforismos, Absurdos, Memórias, Estultilóquios, Alogias, Despautérios, Aquelas, Insultos, Necedades, Dislates, Paradoxos, Prótases, Singularidades, Miopias, Estultícias, Silogismos, Tergiversações, Enormidades, Paranoias, Leviandades, Imprudências, Incoerências, Desabafos, Galimatias, Heresias, Hidrofobias e Dizidelas, da dialética do irritante Guru do Meyer.
Agora, chega de conversa fiada, pois o que eu quero é mergulhar no Caos do Millôr. Obrigado, Marreta.
Creio que poderia defini-lo como meu desafeto predileto, pois mesmo que não o conheça pessoalmente (e espero que continue assim), tenho uma genuína simpatia por ele, talvez maior que muito “amigo” da vida real.
E esse sujeito, o irascível Azarão do blog “A Marreta do Azarão”, deu-me dois preciosos presentes, dois livros do meu ídolo Millôr Fernandes – um verdadeiro filósofo que utilizou o humor e a ironia para expor sua visão de mundo. Definindo-se como um “livre atirador”, Millôr disse verdades lapidares como esta: “Não existe pensador católico. Não existe pensador marxista. Existe pensador. Preso a nada. Pensa, a todo risco.” E definia a ideologia, qualquer ideologia, como uma "bitola estreita para orientar o pensamento".
Tendo circulado por todo tipo de humor, utilizou no livro a “Bíblia do Caos” uma de suas formas mais curiosas e sofisticadas, que eu chamo de “humor de saturação”, obtido com o uso exaustivo de sinônimos e palavras correlatas, tal como se lê na capa de um dos presentes que recebi, que ele assim definiu:
5.142 Pensamentos, Preceitos, Máximas, Raciocínios, Considerações, Ponderações, Devaneios, Elucubrações, Cismas, Disparates, Ideias, Introspecções, Tresvarios, Obsessões, Meditações, Apotegmas, Despropósitos, Apodos, Desvarios, Descocos, Cogitações, Plácitos, Ditos, Sandices, Especulações, Conceitos, Gnomas, Motes, Proposições, Argumentos, Filactérios, Reflexões, Escólios, Conclusões, Aforismos, Absurdos, Memórias, Estultilóquios, Alogias, Despautérios, Aquelas, Insultos, Necedades, Dislates, Paradoxos, Prótases, Singularidades, Miopias, Estultícias, Silogismos, Tergiversações, Enormidades, Paranoias, Leviandades, Imprudências, Incoerências, Desabafos, Galimatias, Heresias, Hidrofobias e Dizidelas, da dialética do irritante Guru do Meyer.
Agora, chega de conversa fiada, pois o que eu quero é mergulhar no Caos do Millôr. Obrigado, Marreta.
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