Um dia eu li ou ouvi o Amir
Klink contar uma de suas inúmeras e incríveis histórias ocorridas quando era um
navegador solitário ao redor do mundo. Mais precisamente, um navegador solitário e louco, pois só
um maluco teria coragem de fazer o que ele fez. E uma dessas história é esta, narrada por ele mesmo:
Já ancorado na Antártica, ouvi ruídos que pareciam de
fritura. Pensei: Será que até aqui existem chineses fritando pastéis?
Eram cristais de água doce congelada que faziam aquele som quando entravam em contato com a água salgada. O efeito visual era belíssimo. Pensei em fotografar, mas falei pra mim mesmo – “Calma, você terá muito tempo para isso...” Nos 637 dias que seguiram o fenômeno não se repetiu. As oportunidades são únicas.
Desencavei esta história, pela sua analogia distante com o caso de hoje, pois eu queria um desenho realista que reproduzisse com exatidão
um fato acontecido aqui em casa tempos atrás, antes que colocássemos telas em todas as janelas. Claro que eu nunca conseguiria fazê-lo. Por isso,
pedi ao ChatGPT para gerar um desenho para mim, a partir das minhas
lembranças. E passei esta descrição para a IA:
Gostaria que fizesse um desenho que fosse o mais realista possível. Para isso, vou te dar as informações necessárias:
Temos um quintal muito grande nos fundos do imóvel onde moramos. No limite do lote, lá no fundo, construímos uma edícula e nela instalamos uma janela de vidro plano e transparente, sempre mantido impecavelmente limpo.
Um dia, uma rolinha (Columbina talpacoti), ave muito comum em nosso bairro, talvez fugindo de um gavião, tentou se esconder dentro da edícula sem perceber que a janela estava fechada. Voou direto de encontro ao vidro imaculadamente limpo e transparente, onde se esborrachou.
Não sei o que aconteceu com ela, mas sua marca ficou
estampada no vidro, graças ao pó/poeira que havia em suas penas. Dava para ver
nitidamente que talvez tenha tentado evitar a colisão, pressentida tarde
demais. A imagem construída pela poeira mostrava a ave com a cabeça de lado, o
olho fechado e o resto do corpo totalmente identificável, inclusive os pés,
ligeiramente recolhidos junto ao corpo. Era uma imagem espetacular que eu me
arrependo de não ter fotografado, pois dependendo da luminosidade do dia não
era percebida.
Você conseguiria gerar essa imagem “fantasmagórica” para mim?
E o ChatGPT entregou este
desenho:
Eram cristais de água doce congelada que faziam aquele som quando entravam em contato com a água salgada. O efeito visual era belíssimo. Pensei em fotografar, mas falei pra mim mesmo – “Calma, você terá muito tempo para isso...” Nos 637 dias que seguiram o fenômeno não se repetiu. As oportunidades são únicas.
Gostaria que fizesse um desenho que fosse o mais realista possível. Para isso, vou te dar as informações necessárias:
Temos um quintal muito grande nos fundos do imóvel onde moramos. No limite do lote, lá no fundo, construímos uma edícula e nela instalamos uma janela de vidro plano e transparente, sempre mantido impecavelmente limpo.
Um dia, uma rolinha (Columbina talpacoti), ave muito comum em nosso bairro, talvez fugindo de um gavião, tentou se esconder dentro da edícula sem perceber que a janela estava fechada. Voou direto de encontro ao vidro imaculadamente limpo e transparente, onde se esborrachou.
Acho improvável
obter um desenho tal como o "xerox feito com poeira" que um dia eu vi e que me encantou tanto. Deveria ter
fotografado aquela imagem, pois assim como os cristais da história do Amir Klink, aquele acontecimento tão inusitado, tão especial nunca mais se repetiu - e nem se repetirá. Reproduzindo o que disse o navegador aloprado, "As oportunidades são únicas"
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