Se tem uma coisa que me incomoda é o
radicalismo. Em qualquer forma que se apresente. Eu sou mineiro, caipira, escorregadio,
daquele tipo que dá um boi para não entrar
numa briga e uma boiada para sair dela (até porque tem muito gado disponível por aí).
Admiro os políticos
mineiros que davam nó em pingo d’água, como José Maria Alkmin, que ao encontrar-se
por acaso com a esposa do vice-governador da época cumprimentou-a efusivamente:
- "Há
quanto tempo, Lia! Como você está jovem, bonita!"
- "Que nada, doutor Alkmin. Acabo de ser avó."
- "Sim, mas avó por mérito, não por antiguidade."
Por isso, resolvi juntar
as duas postagens que fiz hoje no Facebook em uma só, para publicar aqui no
Blogson, uma dedicada ao Jair e outra ao Lula, porque para mim vale o ditado “pau que dá em Chico dá também em Francisco”.
- "Que nada, doutor Alkmin. Acabo de ser avó."
- "Sim, mas avó por mérito, não por antiguidade."
Sermos radicalmente contra o radicalismo nos torna uns moderados?
ResponderExcluirBoa pergunta! Se eu defender ardorosamente a convivência dos contrários, as visões distintas de conceitos puramente culturais, se eu conseguir ver pontos positivos e negativos nos opostos e se não quiser impor minha vontade ou crenças na marra, então eu sou um moderado, radicalmente moderado. Em outra linha, se eu digo "Deus acima de tudo" como lema de governo em um país laico, estou sendo radical e semrespeitar aqueles que são ateus, animistas e etc. Radical é o sujeito que nãoa aceita revisar seus pontos de vista, que não aceita que possam existir outras visões do mesmo assunto. Lembra do triângulo isósceles? Pois é, eu tento ver o mundo assim.
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