(Extraído da coluna de Ricardo Kertzman em
04/07/2021)
Líder de organização criminosa quer
interdição ou impeachment de Bolsonaro
Se 'ladrão que rouba ladrão, tem 100 anos de
perdão', quantos anos terá Lula por criticar o verdugo dos 1000%?
Lula, o meliante de São Bernardo, apontado
pelo MPF como chefe de quadrilha, quebrou o silêncio e resolveu se manifestar
sobre as suspeitas de corrupção nas compras de vacinas pelo
Ministério da Saúde.
Em entrevista ao jornal O Liberal, de
Belém, o ex-tudo (ex-presidiário, ex-corrupto e ex-lavador de dinheiro)
declarou que, ‘se for verdade as denúncias de corrupção, se for verdade o
gabinete paralelo, se for verdade o que estão falando sobre esse governo, então
acho que a CPI pode pedir ao STF a interdição do Bolsonaro, ou, com base no
relatório, mais um pedido de impeachment’.
Que fofo, né? Que bonitinho. O pai do
mensalão, o líder do petrolão, o inseparável ‘irmão-comparsa’ de crimes de
José Dirceu, Antonio Palocci e extensa companhia, agora dá lição de moral e
pede punição - a mesma que não teve - para o patriarca do Clã das
Rachadinhas, quem diria? O pai do Ronaldinho dos Negócios acredita
ser moralmente superior ao pai do senador da mansão de seis milhões de
reais.
Um embate como este escancara o tamanho da
nossa encrenca; a profundeza da nossa fossa abissal. São estes dois trastes
os favoritos em 2022. Se não surgir o nome da salvação, um deles terá
mais quatro (ou oito) anos para roubar e deixar roubar; entupir o governo com
sindicalistas e com mais militares inúteis; produzir mais milhares, quiçá
milhões, de novos cadáveres por doenças, fome e miséria.
Lula é uma espécie de câncer. Bolsonaro,
sua metástase. E o povo brasileiro é o doente terminal que insiste em não se
tratar nem em não morrer. O remédio seria o voto, mas como as vacinas
contra a Covid, ou é ausente ou está estragado. E o pouco que resta é
insuficiente para imunizar o País contra os vírus do lulopetismo e do
bolsonarismo, já que juntos formam um rebanho impossível de se vacinar. E de se
curar.
É a Marreta do Ricardo. O outro. O Kertzman. Gosto bastante dele. Ele tem um tipo de ironia das mais ferinas, que muito me agrada. Um belo texto. Pena que não seja de ficção.
ResponderExcluirEu o descobri há pouco tempo, no portal da Isto É. Além da ironia, o que também me agrada nele é que desanca à esquerda e à direita.
ExcluirA construção narrativa está impecável. A analogia, no final, junta ironia com veneno de jararaca!
ResponderExcluirIgual disse o Marreta, pena não ser ficção.
Aliás, a ficção ficou atrasada se comparada com a realidade.
Eu gostaria de saber escrever assim.
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