quinta-feira, 26 de março de 2020

NÃO VALE ERRAR O PALAVREADO - 2


O título deste e do post anterior foi tirado de uma música antiga do Sérgio Ricardo. Iria apenas colocar "palavreado", mas me lembrei de "Jogo de dados", que é a música citada. Não há intenções ocultas, só o fato de serem textos mais longos (que eu tenho tentado evitar).

Hoje, 24 de março, depois de ouvir mais um pronunciamento cruel, maldoso e mentiroso do presidente da República, me pus a pensar: por que esta família está revoltada com o que está acontecendo e minimiza, de maneira irresponsável, os efeitos do coronavírus?
Resolvi escrever e espero que leiam até o fim. Depois podem me ajudar a clarear as ideias, é realidade ou ficção?
Era uma vez um jovem oficial do Exército brasileiro, que pensando apenas em aumentar o seu salário, planejou um atentado terrorista: explodir um aqueduto no Rio de Janeiro, que abastecia as dependências do exército e milhares e milhares de famílias na cidade maravilhosa. O bem estar de tanta gente não importava, apenas o aumento do seu salário. Também publicou matéria contra o exército, querendo aumento de salário. Por aqueles atos foi afastado do exército. Como tinha fama de louco, tinham medo da sua loucura, não o expulsaram, apenas o aposentaram aos 33 anos, com salário de capitão.
Muitos incautos diziam que o “homem é corajoso, desafiou o exército”. Surfando nessa onda foi eleito vereador no Rio de Janeiro. Nos dois anos como vereador, não existe qualquer notícia de algo que ele fez de bom em defesa da cidade maravilhosa e do seu povo. Foi um mandato insignificante, onde ampliou o seu contato com policiais e milicianos.
Após dois anos como vereador foi eleito deputado federal e ficou na Câmara Federal por 28 anos. Foram 28 anos de mandato insignificante, sempre no Baixo Clero, NUNCA se destacou. Ocupou poucas vezes a tribuna e sempre para defender policiais e, principalmente, policiais milicianos, com muitos elogios e até condecorações. O gabinete do deputado era dirigido por parentes de milicianos. Dizem que ele defendia as famílias, mas só a dele e as dos milicianos que trabalhavam no seu gabinete. Nesta caminhada de proteger a sua família, elegeu três dos seus filhos. Todos como ele, mandatos inexpressivos, sem qualquer contribuição ao povo brasileiro. Rachadinhas, milicianos e familiares trabalhavam nos gabinetes do pai e dos filhos.
Homem perigoso, maldoso e cruel, surfando na onda do ódio ao PT e da campanha contra políticos, acabou chegando à Presidência do Brasil, em uma campanha repleta de fake News, de ataques cruéis e mentirosos aos seus adversários. Chegou ao Palácio do Planalto, sem participar de debates, sem um programa de governo e copiando o slogan de um dos seus ídolos: Adolf Hitler, que era “Alemanha acima de tudo”.
O seu amor por Hitler, Brilhante Ustra, Pinochet e outros torturadores, ditadores e seres ignóbeis da história, sempre foi enfatizado claramente, sem medo. “Para o Brasil melhorar é preciso morrer uns 30.000”, “temos que metralhar os petistas” e outros disparates desta natureza. Talvez por isto, por tanto amor à ditadura e ódio à democracia, os incautos o chamam de Mito. “Vai acabar com a corrupção, vai fechar o Congresso e vai fechar o STF. O mito vai ligar o Brasil diretamente aos Estados Unidos e o Brasil entrará no primeiro mundo”, ainda dizem alguns fanáticos seguidores.
Assumindo o poder, foi avançando na sua ideia ditatorial a cada dia, com determinação. Quando era criticado pelo Congresso, pelo Judiciário, voltava atrás. Mas vinha sempre com novas e novas tentativas. Não consigo entender como o Congresso e o STF se calaram com tantas agressões à Democracia.
Aí chegou o ponto máximo do seu sonho ditatorial: viajou aos Estados Unidos, reuniu com comandantes militares de lá. Convocou o povo às ruas para o apoiarem contra o Congresso Nacional e contra o STF. O seu sonho era colocar milhões e milhões de pessoas nas ruas no dia 15 de março. Se isto tivesse acontecido, talvez no dia 31 de março acordaríamos com tanques e militares nas ruas e com a implantação de uma ditadura no Brasil, com apoio de USA e Israel.
Agora dá pra entender a minha pergunta inicial: por que esta família está revoltada com o que está acontecendo e minimiza, de maneira irresponsável, os efeitos do coronavírus?
Os seus seguidores ainda estão tentando convocar o povo para as ruas no dia 31 de março. Tentativa vã. O coronavírus acabou com o sonho do nosso nefasto personagem. As forças armadas não estão mais integralmente com ele, os apoiadores estão abandonando o seu barco, e a imprensa, no Brasil e no mundo, ajuda a mostrar o seu lado irresponsável e cruel. Até o seu guru, Olavo de Carvalho, já fala sobre o enfraquecimento do ex-futuro ditador. O homem está enfraquecido e encurralado.
A máscara caiu, a ditadura não virá, e não resta outra alternativa ao funesto personagem a não ser renunciar. Ele não tem mais a menor condição de continuar governando.
Parabéns aos verdadeiros heróis brasileiros, os servidores públicos e privados, da saúde, da educação, professores, cientistas e trabalhadores que se unem nesta cruzada contra o coronavírus, em defesa do Brasil e do seu povo.
VIVA O POVO BRASILEIRO!!!


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