Os assuntos que abordo no Blogson geralmente surgem através de imagens. Uma de minhas noras diz que percebe quando, durante uma conversa em família, surge algum pensamento idiota em minha mente. Segundo ela, fico com um olhar "perdido" e um meio sorriso na boca. Acho que deve ser assim mesmo. Ao me decidir depois a abordar essas imagens ou insights é que o enredo vai se desenvolvendo. Talvez seja essa a explicação de meus textos serem curtos e enxutos, ao contrário dos elaborados posts do Marreta, que usa um vocabulário refinado até mesmo para falar de putaria. Linguagem culta, refinada denunciam muita leitura, pois só assim o vocabulário aumenta. Até porque ninguém tem o dicionário como livro de cabeceira, não é mesmo? Muito bem. Outro dia, pensando no interesse que meu amigo virtual Ozymandias tem por xadrez, surgiu uma imagem na minha mente. E foi atrás dela que veio esta reflexão anêmica, idiotinha e dispensável.
Há tempos venho observando no Brasil uma situação estranha, uma espécie de jogo de estratégia disputado entre inimigos inconciliáveis. É como se o Brasil fosse um grande tabuleiro, onde Esquerda e Direita disputam intermináveis partidas de xadrez. Um xadrez esquizofrênico, onde bispos comportam-se como rainhas, querendo influir em todas as jogadas. As torres servem de observatórios e palanques para a difusão de palavras de ordem ou ofensas pessoais. Os cavalos foram substituídos por jumentos ou asnos, de simbolismo mais condizente com os discursos e pronunciamentos realizados por cada rei. E a tudo os peões aplaudem ou defendem ardorosamente, loucos para ver o adversário tomar um xeque mate definitivo. Mas quem se recusa a participar desse jogo acha tudo isso um porre. Olhaí o tabuleiro.
Há tempos venho observando no Brasil uma situação estranha, uma espécie de jogo de estratégia disputado entre inimigos inconciliáveis. É como se o Brasil fosse um grande tabuleiro, onde Esquerda e Direita disputam intermináveis partidas de xadrez. Um xadrez esquizofrênico, onde bispos comportam-se como rainhas, querendo influir em todas as jogadas. As torres servem de observatórios e palanques para a difusão de palavras de ordem ou ofensas pessoais. Os cavalos foram substituídos por jumentos ou asnos, de simbolismo mais condizente com os discursos e pronunciamentos realizados por cada rei. E a tudo os peões aplaudem ou defendem ardorosamente, loucos para ver o adversário tomar um xeque mate definitivo. Mas quem se recusa a participar desse jogo acha tudo isso um porre. Olhaí o tabuleiro.
cada povo tem a guerra que merece
ResponderExcluirno brasil canastrão é essa mediocridade narrada no texto
". Mas quem se recusa a participar desse jogo acha tudo isso um porre." tem que ficar nos cantinhos ou bordas esperando a vida chegar ao final dramático
Esse negócio de polarização para mim só funciona em eletricidade e em um planeta não plano (polo norte e polo sul)
Excluiracho que polarização serve apenas como mecanismo de ocultação (mise en scène) das questões realmente importantes
Excluirenquanto todo mundo discute esquerda e direita, temas como orçamento, tributação, etc são esquecidos
Eu concordo com você, mas acredito que é uma coisa menos intencional e inteligente do que isso parece. Há um ódio tão cristalino e concentrado de um lado em relação ao outro que os problemas reais, muito mais significativos, são deixados de lado, meio esquecidos. E há uma coisa mais louca ainda: é proibido acertar, pois quase vira ofensa.
Excluirisso me lembra judeus e palestinos: o odio já se tornou cultural e não há racionalidade que supere
ExcluirExcelente comparação!
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