quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

CHOVE CHUVA...


Pensando na chuvinha que tem caído em BH, resolvi criar dois novos aplicativos para navegação pela cidade. Um específico para transporte e outro para escolha das melhores rotas. Já tenho até as marcas, falta só criar os aplicativos. Creio que dará para comprar um pouco mais de caviar para o lanchinho da tarde. Olhaí.




8 comentários:

  1. o pessoal do estado do espirito santo iria adorar

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    1. O bicho está pegando por aqui! A região nobre da cidade foi arregaçada.

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    2. "região nobre da cidade foi arregaçada." pobres ricos que terão de andar de jet ski
      brincadeiras à parte, acho que aqui no RJ é a mesma coisa: séculos de descaso com a infraestrutura pluvial

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    3. Eu brinco e faço piadas horríveis com tragédias porque não sou politicamente correto, mas a coisa aqui em BH superou qualquer expectativa, com ruas completamente destruídas pela força das águas. Placas imensas de revestimento asfáltico foram arrancadas e levadas pela correnteza, criando barreiras logo depois. A impermeabilização do solo, com asfaltamento de ruas, aumento de área edificada e quintais cimentados propiciou um ambiente perfeito para as mudanças climáticas que tem acontecido (mesmo que imbecis se recusem a aceitar isso). Resultado: chuvas diluviais, com precipitações de até inacreditáveis 185 mm. Não há projetista que pense nessa hipótese, pois as obras necessárias atingiriam custos proibitivos para um município cuja renda até recentemente vinha basicamente do IPTU.

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    4. "Não há projetista que pense nessa hipótese (...)." "A impermeabilização do solo, com asfaltamento de ruas, aumento de área edificada e quintais cimentados propiciou um ambiente perfeito para as mudanças climáticas que tem acontecido" - um problema cultural atingiu um patamar impressionante
      gostei de vc mencionar a impermeabilização do solo: ninguem mais lembra disso

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    5. Na verdade, sempre ouço repórteres falando da impermeabilização do solo. O problema é aparentemente isso já é considerado caso perdido, verdade imutável. Quanto ao lance dos projetistas, lembro-me dos meus tempos de faculdade quando eram ensinados os critérios de cálculo com prevenção de situações anômalas. Havia o tal "período de recorrência" para definir de quanto em quanto tempo uma situação limite ocorreria. E quanto mais radical, catastrófica, maior seria o período de recorrência. O prefeito de BH é engenheiro e falou em "chuva de 1.000 anos". Talvez ele tenha jogado para a galera, mas é fato de que precipitações do nível ocorrido em BH não acontecem todo dia, nem a cada ano. Diante disso, um hipotético projetista ver-se-ia diante do dilema: quando prever outra chuva como essa? Daqui a 10 anos? Cinco? Cem? E cada escolha define a seção de uma galeria, mais ou menos parruda. É a mesma situação do calculista de um prédio no Japão: ele deve considerar terremotos anuais que atinjam o nível máximo da escala Richter ou pode talvez (eu disse talvez) imaginar que a série histórica não o obriga a usar um coeficiente de cagaço (de segurança) muito alto. A boa engenharia é uma profissão muito bonita (pena que eu fui um péssimo e relapso aluno).

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    6. bom, pelo menos estou aprendendo com vc, seu mau aluno!

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