terça-feira, 26 de setembro de 2017

MILLÔR NA VEJA - 06/20


Escritores populares são impopulares entre os escritores.

Erudito é um sujeito que tem mais cultura do que cabe nele.

O cara fica velho quando já nem precisa evitar a tentação – a tentação o evita.

Errar é humano. Botar a culpa nos outros também.

Eu posso não ser um bom exemplo. Mas sou um bom aviso.

Declarou, com toda a dignidade: “Admito perder tudo, menos a honra!” E continuou procurando.

Se todos os homens recebessem exatamente o que merecem, ia sobrar muito dinheiro no mundo.

Afinal de contas o que nos absolve não é o juiz nem a sociedade. É a nossa habilidade em não deixar vestígios.

Não se esqueça meu filho, o poder corrompe. E o poder absoluto corrompe muito melhor.

O dinheiro compra o cão, o canil e o abanar do rabo.

A verdadeira amizade é aquela que nos permite falar ao amigo de todos os seus defeitos e de todas as nossas qualidades.

Como não pode existir mais de um caos, a palavra já vem no plural.

A diferença fundamental entre Direita e Esquerda é que a Direita acredita cegamente em tudo o que lhe ensinaram e a Esquerda acredita cegamente em tudo o que ensina.

Se fosse apenas para medir a dimensão de nossos homens públicos nem teria sido necessário inventar o sistema métrico.

Por mais hábil que seja, o político acaba sempre cometendo alguma sinceridade.

O estranho é que o cérebro, feito essencialmente para produzir ideias, exulta quando tem uma.

Os clássicos mudam de opinião para agradar os que os interpretam.

Pode não preocupar os cientistas mas a mim preocupa muito: será que também há vida imbecil nos outros planetas?


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