sábado, 2 de setembro de 2017

CUEVA DE LAS MANOS

Estou lendo o livro Sapiens (bastante perturbador para minha , diga-se), onde encontrei uma imagem fantástica de pinturas rupestres datadas de 9.000 anos. Procurei no Google e (claro!) achei muitas coisas, dentre elas as imagens deste post.

Como este é um blog que privilegia emoções, transcrevo a seguir trechos descritivos do local, com toda a beleza da língua espanhola:

“Cruzamos el río y levantamos el campamento en una rinconada de las bardas de la margen derecha. Enseguida nos fuimos a mirar las pinturas. Salvo una que otra exclamación, nuestra admiración fue de silencioso respeto”.

“Allí estaba todo un pueblo que creíamos desaparecido. Cazadores que mostraban sus técnicas y su comportamiento del quehacer diario: cazar.”
 Carlos J. Gradin. Recuerdos del Río Pinturas.

Como não se emocionar com essas mãos, dispostas como se fossem súplicas ou acenos feitos a nós por um povo que viveu há nove mil anos?




5 comentários:

  1. Um livro muito bom, o Sapiens. O autor já lançou, digamos assim, a sequência da obra : Homo Deus. Eu já baixei em pdf, mas nem sei quando ou se vou ler.

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    1. Não sei como sairei da leitura desse livro, realmente muito bom mas bastante perturbador para mim.

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    2. O que no livro, por exemplo e até agora, causou algum espanto e perturbação?

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    3. Lembre-se de que eu sou católico, apesar de minha fé vagabunda. Então, frases como estas me deixaram meio baratinado (“mas vou até o fim”, como disse o Chico):
      “A característica verdadeiramente única da nossa linguagem não é sua capacidade de transmitir informações sobre homens e leões. É a capacidade de transmitir informações sobre coisas que não existem. Até onde sabemos, só os sapiens podem falar sobre tipos e mais tipos de entidades que nunca viram, tocaram ou cheiraram(...) Lendas, mitos, deuses e religiões apareceram pela primeira vez a Revolução Cognitiva.(...) Essa capacidade de falar sobre ficções é a característica mais singular da linguagem dos sapiens(...) Você nunca convencerá um macaco a lhe dar uma banana prometendo a ele bananas ilimitadas após a morte no céu dos macacos(...) E, se você passa horas rezando para espíritos guardiães inexistentes, não está perdendo um tempo precioso(...) Podemos tecer mitos partilhados, tais como a história bíblica da criação(...)”

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    4. Agora, entendi. É que, para mim, isso sempre pareceu tão claro e natural que nem me atinei. Mas lembre que ele vai além dos mitos religiosos. Aliás, ele diz que toda a sociedade humana é construída em cima dos mais variados mitos, inclusive o mito do Estado - esse me pegou de calças curtas. O que significa ser brasileiro, ou inglês, ou chinês? Via mito do Estado, lutaríamos lado a lado numa guerra com um canalha só porque ele é brasileiro, daríamos nossa vida para protegê-lo, e ele faria o mesmo por nós. Por outro lado, poderíamos matar um cara muito gente boa, honesto etc, com quem poderíamos, em outro contexto, ter uma bela amizade só porque ele defende a farda de outro país, de outro Estado.
      É um livro que sempre aconselho aos alunos. Até hoje, sei que três leram. Nos atuais dias, considero que estou no lucro.

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