Este post começa com a leitura de um livro que ganhei de
um de meus filhos ("O Livro de Ouro dos Mistérios da Humanidade"). Aparentemente, um presente de grego, pois ele comprou, mas
desistiu de ler. Eu tenho um fígado mais resistente. Por isso, leio tudo (ou
quase tudo) que cai em minha mão. Para que eu não leia, o livro tem de ser uma
coisa verdadeiramente horrorosa, tipo “Operação Cavalo de Tróia” (que teve sete
continuações!). Eu terminei a leitura do primeiro volume dessa série só de
puto, só de raiva. Usando uma expressão de meu filho, só os fortes sobrevivem a
essa experiência.
Mas, voltando ao “presente de grego”, preciso
dizer que se trata de uma compilação das diversas teorias relacionadas a um
mesmo "mistério", que os autores vão destrinchando aos poucos, contestando ou não as várias hipóteses levantadas. Exemplos: quem realmente construiu a Esfinge egípcia, porque os maias
abandonaram suas cidades, quem construiu os moais da
Ilha da Páscoa e coisas do gênero.
Dentre esses mistérios – exaustivamente
discutidos a partir das várias hipóteses levantadas em diferentes épocas por
diferentes pesquisadores e curiosos – há um que apresenta uma possibilidade
instigante e interessante (para mim, pelo menos). Trata da veracidade ou não da
Estrela de Belém.
Volto a lembrar, os autores não são taxativos em nada. Apenas encaram assuntos que muitos (ou a maioria) têm como lenda, ficção ou assemelhados). Por isso, se você for ateu e quiser continuar a leitura deste post, imagine que houve um Jesus histórico. Se for católico, desarme seu pensamento, pois não há nenhuma blasfêmia. Se você for evangélico, eu não sei o que dizer - talvez seja melhor parar a leitura por aqui.
Na introdução do livro, os autores fazem esta declaração:
Volto a lembrar, os autores não são taxativos em nada. Apenas encaram assuntos que muitos (ou a maioria) têm como lenda, ficção ou assemelhados). Por isso, se você for ateu e quiser continuar a leitura deste post, imagine que houve um Jesus histórico. Se for católico, desarme seu pensamento, pois não há nenhuma blasfêmia. Se você for evangélico, eu não sei o que dizer - talvez seja melhor parar a leitura por aqui.
Na introdução do livro, os autores fazem esta declaração:
Neste
livro tentamos estabelecer um meio-termo entre o entusiasmo dos não críticos e
o ceticismo dos profissionais. (...) Em vez de adotarmos a postura inicial de
aceitar ou rejeitar, apresentamos as nossas opiniões não como um fato, mas sim
como uma tentativa de se chegar a uma conclusão racional a partir do material. (...)
Para não deixar o post muito longo, a partir
de agora, transcreverei apenas o trecho que cutucou meu cérebro e me fez viajar,
uma hipótese sensacional e bem estruturada, cuja parte mais interessante nem é a existência ou não da estrela. Espero que leiam sem “pré
conceitos” e se divirtam. Assim como eu. Em tempo: os grifos são meus.
A verdadeira Estrela de Belém
É muito
estranho que, embora os estudiosos se dispusessem a fazer arranjos com as datas
das conjunções planetárias - e até com a morte de Herodes - para ajudar a
enquadrar a evidência astronômica, nenhum tenha reexaminado a sério os
argumentos tradicionais para datar o nascimento de Cristo. Isso foi conseguido
nos últimos vinte anos pelo Dr. Nikos Kokkinos, sábio ateniense hoje vivendo na
Inglaterra. Diplomado em teologia, arqueologia romana e história antiga,
Kokkinos é um dos poucos pesquisadores polimáticos o bastante para lidar com o
amplo espectro de provas vinculadas a essa importante questão. Em 1980, ele propôs
uma cronologia radicalmente diferente para Jesus. Um estudo detalhado de provas
dos romanos e do Novo Testamento mostra que Cristo teria sido crucificado em 36
d.C. E não no tradicional 33 d.C.). Essa data, hoje amplamente aceita por
outros estudiosos do Novo Testamento, fornece o primeiro passo para se datar o
nascimento de Cristo.
Naturalmente,
o passo seguinte é descobrir a idade de Cristo quando foi crucificado. A visão
mais comum aceita que Cristo era bastante jovem, com pouco mais de 30 anos.
Segundo Kokkinos, isso não parece verdade. Para ser considerado um rabi (mestre
religioso) na antiga sociedade judaica, em geral era preciso ter atingido a
idade de 50 anos. Um conjunto de outras provas nos leva à mesma conclusão. Por
exemplo, o bispo Irineu declarou no século II d.C. que Jesus tinha cerca de 50
anos de idade quando ensinava. (Irineu foi discípulo de Policarpo, que conheceu
pessoas que alegavam ter visto Cristo.) Mais intrigantes ainda são as
indicações precisas oferecidas pelo Evangelho de São João, que declara em
determinado ponto (8:57) que Cristo "ainda não chegara aos cinquenta”.
Outra passagem em João (2:20) relata uma curiosa história na qual Cristo
compara o seu corpo - na verdade, a sua vida - com o templo de Jerusalém, que
demorou "quarenta e seis anos em construção”. Nenhum dos três sucessivos
templos de Jerusalém demorou quarenta e seis anos para ser construído e a
melhor interpretação para essa enigmática curiosidade é a defendida por
Kokkinos: Cristo estava declarando ter a mesma idade do templo - ou seja, 46
anos. O templo que existia em Jerusalém durante a vida de Cristo fora concluído
pelo rei Herodes em 12 a.C. Quarenta e seis anos nos leva ao ano 34 d.C.,
primeiro ano do ministério de Cristo, segundo Kokkinos. Seguir-se-ia, pois, que
Cristo teria 48 anos ao ser crucificado no ano 36 d.C., o que concorda com
todas as outras indicações de que tinha perto de cinquenta anos de idade.
A outra
alegação explosiva é que Jesus teria nascido em 12 a.C. Kokkinos demonstrou que
o ano de 8 a.C., aceito por muitos estudiosos como a mais antiga data para o
nascimento de Jesus, se apoiava em terreno muito frágil. Não há provas de um
recenseamento de impostos romanos naquele ano – de fato, o primeiro censo
romano na Judéia foi no ano 6 d.C., tarde demais para a cronologia da
Natividade. É mais provável que José e Maria tenham ido a Belém em 12 a.C. para
se registrar num censo de impostos locais, organizado pelo rei Herodes. Só
depois de defender a data de 12 a.C., com base em outros fundamentos, Kokkinos
notou que ela coincidia com o aparecimento do cometa Halley em 12-11 a.C.
Depois que Kokkinos revisou as datas da vida de Cristo, o cometa Halley aparece
como o candidato ideal para ser a
"estrela".
(...) À
época da sua chegada, o mundo romano fervilhava de rumores e profecias de que
estava prestes a surgir um novo líder mundial. Muitos achavam que as
profecias já haviam se cumprido na pessoa do imperador Augusto (...) Outros
acreditavam que as profecias se aplicavam a Marco Agripa, genro e aparente herdeiro
do imperador, homem capaz e de origem humilde (...) Mas depois de uma
bem-sucedida parceria com Augusto que durou muitos anos, Agripa morreu de febre
em 12 a.C. Quando estava morrendo, em Roma, apareceu o cometa Halley, que os
relatos dizem “pairar” sobre Roma, assim como a estrela parecia “permanecer”
sobre Belém.
Isso
acrescenta uma outra dimensão à história da Estrela de Belém. O patrono do rei
Herodes era Agripa e Herodes dependia muito da continuidade dos favores desse
homem, que considerava amigo pessoal próximo. As notícias da morte de Agripa
podem ter provocado um grande choque no tirano da Judéia e certamente foram
acompanhadas pelo relato de um prodígio mortífero visto nos céus de Roma. Que
se passaria na mente de Herodes quando ele entrevistou os Magos e “habilmente
indagou deles a que horas a estrela aparecera" (Mateus 2:7)? Não lhe teria
sido difícil vincular a estrela dos Magos ao cometa da morte de Agripa. Agora
pode-se compreender inteiramente o terror de Herodes com a notícia trazida pelos
Magos. Agripa fora o governante do Império Oriental. Se o cometa previra a sua
morte, talvez pudesse também prever o nascimento de um novo governante no
Oriente, justo como os Magos sugeriam.
Uma
detalhada simulação em computador dos movimentos exatos e do aparecimento do
cometa, observado em Roma, na Pártia e em Jerusalém em 12-11 a.C. seria o teste
final para essa ideia.
A primeira passagem registrada do Halley aconteceu no ano 240 a.C., na China. No século XX, ele voltou em 1910 e 1986. No ano de 1986 ele ficou praticamente invisível a olho nu. Em 1910, entretanto, apresentou um belo espetáculo, que foi fotografado.
A primeira passagem registrada do Halley aconteceu no ano 240 a.C., na China. No século XX, ele voltou em 1910 e 1986. No ano de 1986 ele ficou praticamente invisível a olho nu. Em 1910, entretanto, apresentou um belo espetáculo, que foi fotografado.
FOTOGRAFIA DO COMETA HALLEY EM 1910
Isso da data em que Cristo nasceu - se é que nasceu -, acredito que tenha sido estabelecido de forma um pouco arbitrária, no máximo, se fazendo uma estimativa, uma média dos relatos sobre seu nascimento e, sinceramente, não acho que uns anos a mais ou a menos façam muita diferença nesse caso.
ResponderExcluirQuer um pouco de teoria da conspiração, caso contado por um amigo especialista no assunto? Os metidos com ufologia e vida extraterrestre dizem que a Estrela de Belém nada mais foi que uma nave espacial, a bordo da qual Cristo teria aqui chegado, originária do sistema estelar de Capela, sendo Cristo, portanto, um ET, um capelino.
Há um livro sobre esses supostos capelinos, Os Exilados de Capela. E como disse que consegue ler quase tudo o que lhe cai em mãos (A Operação Cavalo de Tróia,bem que eu tentei, ainda em meus tempos de adolescentes, mas não consegui, ganhei de um amigo, de aniversário, um autêntico presente de grego), quem sabe lhe interesse dar uma olhada nos Exilados :
http://bvespirita.com/Os%20Exilados%20da%20Capela%20%28Edgard%20Armond%29.pdf
E se quiser conhecer outros vinte-e-cinco-decembrinos :
http://amarretadoazarao.blogspot.com.br/2014/12/por-que-voce-so-da-os-parabens-para.html
Não, obrigado! Eu não saio atrás de livros que são (em princípio) indigestos. Só leio se alguém me der o livro. Atualmente, fujo de ficção (sem ironia). Só encaro se for clássico. Se não for, prefiro biografias e narrativas sobre fatos históricos. Estou lendo uma biografia de um psicopata ou sociopata, que foi o Himler. Mesmo que os fatos narrados deixem qualquer pessoa normal boquiaberta, estupefata (pois fazem lembrar as práticas do Estado Islâmico), o livro é chatíssimo, mas vou ler até o final.
ExcluirFui ler o post que sugeriu ("por que você só...") e sabe o que descobri? Os dois comentários desse post são meus!
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