sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

COMENTANDO AS ÚLTIMAS - 09

Ontem, eu ouvi o Ricardo Boechat comentar sobre a abertura do processo de impeachment da Dilma. Mesmo a favor, comentou que os motivos para o Eduardo Cunha autorizar foram os menos nobres possíveis, pois não passariam de retaliação pessoal.  Lamentou que com esse processo o ano de 2016 também já estaria acabado para a economia do país ("já perdemos o ano de 2016"). E disse ainda que as razões para o pedido foram as menos visíveis, pois a maioria da população não entende o que é “pedalada fiscal”.

Concordei com tudo o que disse, mas me lembrei de que só conseguiram prender o gangster americano Al Capone devido a filigranas com o imposto de renda do mafioso.  Por isso, mesmo que as pedaladas fiscais sejam também apenas filigranas jurídicas perto do tsunami de bandalheiras já promovidas pelos governos petistas (estelionato eleitoral, mensalão, petrolão, etc.), talvez sejam a chance de acabar com as práticas gangsteristas que aconteceram por aqui nos últimos anos.

Só uma coisa me chateia:  se a Dilma sair, assume o Michel Temer; se o Temer for impedido, assume o Ricardo Cunha; se o Cunha não puder, assume o Renan Calheiros. Se o Renan não puder, assume o Lewandovski.

Na Toscana (acharam que eu tinha esquecido?), diante de um quadro como esses, as pessoas diriam: "SIAMO TUTTI FOTTUTI..."

2 comentários:

  1. Fodido, fodido e meio. Só uma correção, a linha de sucessão presidencial é: vice-presidente, presidente da Câmara, presidente do Senado e depois o presidente do STF. E ao contrário do que se tem veiculado, a princípio se o Impedimento ocorrer agora na primeira metade do mandato, mesmo que diante da impossibilidade do Temer o Cunha só assumiria até a convocação de novas eleições diretas ou indiretas se fosse na segunda metade.
    "J"

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    1. A "linha" (talvez fosse melhor dizer "corrente") de sucessão que eu coloquei está correta, veja os nomes. As "filigranas" jurídicas eu simplesmente ignorei pois queria fazer uma piada tosca (ou toscana) ao estilo Jotabê.

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