Eu tive a ilusão que ficaria
Com você até meu último dia
Mas ninguém me contou
Na verdade me ocultaram
Que esse sonho que eu sonhava
Nunca, nunca ocorreria
Não me senti traído
Apenas triste, deprimido
Pra ser sincero, aborrecido
Por finalmente perceber
Que não ter tudo o que queria
Era desde sempre a minha sina
Eu sempre quis partir primeiro,
E talvez seja o segundo
Só sei que a Vida ensina
Que felicidade está num instante
E que desejá-la eterna
É sonho inatingível, delirante.
Mas ninguém me contou
Na verdade me ocultaram
Que esse sonho que eu sonhava
Nunca, nunca ocorreria
Apenas triste, deprimido
Pra ser sincero, aborrecido
Por finalmente perceber
Que não ter tudo o que queria
Era desde sempre a minha sina
E talvez seja o segundo
Só sei que a Vida ensina
Que felicidade está num instante
E que desejá-la eterna
É sonho inatingível, delirante.
Querer "partir primeiro" não seria egoísmo de nossa parte? Sim, porque ficamos tão apegados a ideia de que não suportaremos a perda de quem amamos que não pensamos na pessoa que também nos ama e que ficará sem nossa presença.
ResponderExcluirPorém, eu entendo. Se tem uma coisa que eu peço a Deus (mesmo não acreditando que Deus dá coisas para os humanos) é que meu filho esteja no meu funeral e não o oposto. Mas aí tendemos a dizer que é o caminho mais natural e é mesmo, mas e as contingências da vida?
Eu nunca conheci casal tão apaixonado durante mais de 50 anos do que meus pais. Meu pai idolatrava minha mãe desde sempre, desde que me entendo por gente. Quando ela se foi, isso o abalou profundamente, mesmo ele sendo uma fortaleza emocional. Aceitou sua partida, mesmo porque, isso se deu durante muito tempo em que o alzaheimer ia progredindo e já esperávamos sua partida. Porém, dois anos depois ele adoeceu e também se foi.
Ninguém consegue mensurar a dor da perda de ninguém e nem temos esse direito. Cada um lida com perdas de forma diversa e teu poema é uma forma de tentar lidar com o imponderável.
Você captou bem meu sentimento.
ExcluirEi Jotabê.
ResponderExcluirGosto da ideia de cristalizar
nossos momentos com nossos versos e escritos.
Aqui em casa temos um Combinado:
Quando eu me for, o Al meu par há 45 anos,
1 de conhecimento e namoro e os demais
de casados, ele fará da vida dele o que ele quiser.
Seja morar com filhos, morar sozinho ou seja
lá o que ele quiser pra ele.
Mas já se ele for 1º, eu vou cuidar da minha vida,
vou seguir em frente cuidando da minha saúde,
escrevendo minhas coisas, mas é certo que vou
morar independente até quando eu conseguir,
depois vou morar perto ou
junto com uma de minhas 3 irmãs que pensam igual
a mim. E já está combinado que não morarei com
filhos, noras ou netos. Agora, saudaveis ou não, o
meljor é cuidar bem um do outro até a hora chegar.
Hora de quem? Essa decisão eu deixo pra Deus, pois
é a minha fé. Contudo estarei pronta para o momento.
Mas vou guardando minhas melhores recordações
em meus escritos cristalizados.
Gostei da poesia, já fez a canção dela em MPB, meio
sambinha lá no Suno?
Obrigado por seus versos.
Bjins&Abraço
CatiahôAlc.
A incerteza tortura mais que a certeza. Eu abandonei a Suno há muito tempo, pois sempre esbarro no conflito ético: não fui eu que fiz. Além disso, o resultado nunca é igual ao que está na minha cabeça. Quanto ao resto, só posso te dizer que "combinados" só existem quando temos saúde. Quando ela se vai o que temos é "impositivos".
ExcluirParece que a vida é um grande pesadelo delirante
ResponderExcluirNão vejo assim, mas vida cor de rosa só existe até que alguma coisa se quebre. Tive um cunhado que morreu quase degolado em um acidente de carro. Até esse momento todos os irmãos e amigos gostavam de estar com ele.
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