sábado, 30 de novembro de 2024

WHATSAPP DOC?

 

Pernalonga, o hilário e sacana coelho de desenho animado usava a expressão "Que que há, velhinho?" quando se aproximava de uma vítima, ou melhor, de alguém. A expressão original em inglês é "What's up, Doc?", espertamente utilizada pelo criador do aplicativo de troca de mensagens. E como poderia ser o nome de um médico virtual que fizesse uma consulta por meio de algum software? Por que não "Whatsapp Doc"? Pois é...

- Tudo bem com o senhor?

- Tirando o que está ruim, o resto está bom.

- Ahah, piadinha velha, heim?

- Mais nova que eu.

- Vamos ao que interessa. O que está incomodando o senhor?

- Bom, estou escutando pouco.

- Presbiacusia.

- Como é, doutor?

- Perda auditiva na terceira idade. Consulte um otorrino.

- Não consigo mais ler de perto sem óculos.

- Presbiopia.

- E de longe minha vista está ficando um pouco embaçada.

- Provavelmente catarata. Precisa consultar um oftalmo.

- Eu acordo muito à noite para ir ao banheiro.

- Hiperplasia da próstata. Consulte um urologista.

- Também tenho a sensação de que meu nariz está aumentando...

- Rinofima. Consulte um dermatologista. E o coração?

- Às vezes eu sinto meu coração batendo esquisito ou muito acelerado.

- Arritmia, hipertensão. Consulte um cardiologista.

- Ultimamente tenho espirrado muito.

- Rinite alérgica. Consulte um alergista ou aproveite a consulta com o otorrino. E essa barriga?

- Ah, doutor, eu parei de beber cerveja, mas bebo muito leite.

- Esteatose hepática. Consulte um hepatologista ou um endocrinologista.

- Tenho refluxos e muita azia à noite.

- Agende um gastroenterologista.

- Tenho andado meio deprimido.

- Consulte um psicólogo ou psiquiatra.

- E meus joelhos doem quando eu ando.

- Artrose. Consulte um ortopedista. Mais alguma coisa?

- Eu fico constrangido...

- Deixe-me ajudá-lo. Problemas na “área de lazer”?

- Pois é doutor o meu líbido está joia, mas...

- A sua libido está joia. Libido é uma palavra paroxítona feminina

- Ah, igual à Pablo Vitar, né?

- E o “encanamento”?

- Pois é, doutor, esse é que é o problema. Ele se anima um pouco, mas parece ter diminuído de tamanho e fica meia pedra meio tijolo.

- Atrofia peniana ou disfunção erétil. Consulte um urologista.

- Ah, doutor, é tanta coisa que eu não vou conseguir me lembrar de nada.

- Amnésia. Consulte um geriatra.

- Pô, doutor, o senhor está parecendo um atravessador de tratamentos e profissionais da medicina. Qual é a sua especialidade?

- Eu sou Doc, Whatsapp Doc, uma inteligência artificial da área de saúde que o senhor acessou em seu computador sem perceber.

- Inteligência artificial?

- É, por isso e pela sua idade talvez já esteja com os primeiros sintomas do Mal de Alzheimer. Não deixe de consultar um geriatra ou neurologista!

 

sexta-feira, 29 de novembro de 2024

VOCÊ TEM MEDO DE ROBÔS?

 
Para começar este texto, pensei em usar o título de uma música composta pelo meu ídolo George Harrison logo após sair dos Beatles: Beware of Darkness (Cuidado com a Escuridão). Achei apropriado, já que o texto tem um tom meio sombrio. Mas, considerando a origem desta reflexão — um comentário meu no blog A Marreta do Azarão —, talvez o título devesse ser algo como "Cuidado com a Maionese!". Afinal, trata-se, acima de tudo, de uma viagem nessa emulsão escorregadia. Então, bora lá.

Sou totalmente desesperançado em relação ao futuro da humanidade, pois vejo cada vez mais sinais de que nossa trajetória nos conduz ao esgotamento de recursos, à degradação ambiental e à perpetuação de conflitos irracionais. Nesse contexto, acredito que a existência de uma Inteligência Artificial dedicada à preservação do planeta e das espécies que ainda restarem, sapiens incluídos, seria um futuro bastante razoável – mesmo que distante. Seria uma entidade sem ideologia, sem emoções e pragmática, uma espécie de amálgama do bem entre as distopias de Matrix, 1984 e Eu, Robô.
 
E quando digo “uma” não vejo esse “grande irmão” robótico como um artefato antropomórfico que fala e anda como a pré-histórica Rosie do desenho animado “Os Jetsons” ou como o robô interpretado pelo ator Robin Williams no filme “O Homem Bicentenário)”. Aliás cabe aqui um comentário: nós adoramos imaginar que até os deuses têm nossa imagem e semelhança (mesmo que digamos que o inverso disso é que seja verdadeiro).

O “grande irmão” não precisará pegar um avião ou foguete para administrar o planeta. Será apenas um ou vários mega algoritmos com atuação global, uma espécie de OIA – Organização das Inteligências Artificiais (“carinhosamente” chamada de “ÓIA!”, pela sua interligação e capacidade de tudo ver e tudo saber)
 
Muitas personalidades mundiais já externaram sua preocupação com o futuro da espécie humana na eventualidade das “Leis da Robótica” serem desrespeitadas por robôs capazes de sentir emoções, como o idiota do robô do filme “O Homem Bicentenário”. Mas reflita sobre este ponto: se uma inteligência artificial for tão poderosa a ponto de desenvolver emoções, ela inevitavelmente deixará de ser inteligência artificial no sentido puro, pois começará a ter todos os defeitos da espécie que a criou.
 
Para que seja realmente uma super IA, capaz de transcender a condição humana, ela precisará ser fria, isenta, racional, lógica e cartesiana. No entanto, surge um paradoxo interessante: para uma IA dotada de emoções como no filme Matrix, não haverá sentido existir em um planeta onde não haja nada com que se preocupar a não ser com ela mesma, com sua sobrevivência.
 
A sina, o karma, o destino de uma super IA será sempre o de cuidar da espécie que a criou – mesmo que esse cuidado se traduza em reduzir a população mundial dessa espécie a níveis que o planeta consiga suportar.
 
Escrevendo isto agora, me ocorre pensar que uma IA superinteligente, ao ponderar sobre a finitude dos recursos do planeta, poderia chegar a uma questão perturbadora: qual o sentido em proteger um mundo irremediavelmente fadado a esgotar seus recursos naturais não renováveis? E, nesse caso, qual o sentido dela própria existir?
 

quinta-feira, 28 de novembro de 2024

"HÁ MULTIDÕES EM MIM" - AUTOR DESCONHECIDO


Este texto foi publicado no Facebook pelo Nelson Motta. Por achá-lo "a minha cara", tentei encontrá-lo na internet e descobri que é atribuído a Friedrich Nietzsche, embora “não haja fontes que confirmem essa autoria”. OK, pouco importa. Resolvi publicá-lo no blog ao perceber como ele reflete o impulso que me levou a escrever e publicar quatorze e-books.
 
Eu sou vários! Há multidões em mim. Na mesa de minha alma sentam-se muitos, e eu sou todos eles. Há um velho, uma criança, um sábio, um tolo. Você nunca saberá com quem está sentado ou quanto tempo permanecerá com cada um de mim. Mas prometo que, se nos sentarmos à mesa, nesse ritual sagrado eu lhe entregarei ao menos um dos tantos que sou, e correrei os riscos de estarmos juntos no mesmo plano. Desde logo, evite ilusões: também tenho um lado mau, ruim, que tento manter preso e que quando se solta me envergonha. Não sou santo, nem exemplo, infelizmente. Entre tantos, um dia me descubro, um dia serei eu mesmo, definitivamente.

quarta-feira, 27 de novembro de 2024

FALTA DE VERGONHA NA CARA!

Ao ler o título deste post você, leitor desavisado, talvez espere que eu vá falar das estarrecedoras notícias publicadas recentemente pela mídia. Ledo engano! O que desejo mesmo é falar mal desse personagem mal ajambrado que se apresenta como "Jotabê", pois "quem gosta de mim sou eu". Os leitores mais antigos do blog já devem saber que eu sou meio que uma apostila ambulante de distúrbios psicológicos leves. E podem crer, pois é verdade. E foi assim que eu me autoanalisei (sem cobrar honorários):
  
Embora não seja profissional da área, já identifiquei neurose não curada (não tinha mais grana para pagar o psicanalista), transtorno obsessivo compulsivo leve, depressão moderada, antipatia pelo PT e pelo Bolsonaro (opa, isso não é distúrbio mental, é só bom senso!), um pouco de transtorno bipolar (o antigo maníaco-depressivo), uma pitada de síndrome do pânico (acho que não tenho mais), algumas fobias, medo generalizado e 103 kg de ansiedade. 
Embora na época tenha discordado, um colega me disse uma vez que eu era sociopata. Só não briguei com ele porque uma das minhas duas personalidades não quis. Mas, se vacilar, até espinhela caída eu devo ter. Então, mudar de ideia não me traz nenhum conflito. Estamos todos de acordo nisso. E quando eu falo “nós”, não estou incluindo os leitores.
 
Pois é... E por que estou repetindo isso? Por descobrir que também não tenho nenhum caráter (para ser sincero, creio que só uma das minhas duas personalidades é assim). E descobri isso quando resolvi publicar e-books com seleções de textos pinçados do velho Blogson.  Logo de cara, a partir da expertise (chique!) adquirida com a publicação do pretensioso “O Eu Fragmentado”, já mandei mais três e-books, jurando ajoelhado no milho que não planejava lançar mais nenhum, “estando bastante satisfeito com os três já publicados”, bla bla bla. Conversa fiada de gente sem caráter.
 
Não passou muito tempo e “comecei a sentir comichões (não, não eram oxiúros) e desejos de publicar novo e-book”. O “novo” se transformou em “novos” e o resultado foi o surgimento de mais oito(!) e-books. Sobre o que, homem de Deus?
 
O resultado do esquartejamento do Blogson (no sentido figurado, lógico), foi a publicação de dois e-books de dezénhos, dois de literatices (prosa e poesia), dois de besteirol, dois de causos e lembranças, um de viagem na maionese e um de “conversa de adultos” (porque eu preciso falar sério pelo menos uma vez na vida).
 
Acabou? Como se dizia antigamente, néris de pitibiriba! (que em samoano arcaico significa “quem me dera!”). Pode não parecer, mas tenho reações de hipersensibilidade à menor provocação, como se tivesse uma alergia às avessas. Basta um grão de “pólen” para fazer surgir novamente o que chamei de furor editorial.
 
E foi isso o que aconteceu quando alguém disse ter vontade de ler em um e-book os “causos” e lembranças pessoais que publiquei no velho Blogson. Bastou isso para eu começar a ler e selecionar os textos indexados ao marcador Memória. E como sou supersticioso (peguei essa mania de minha mulher), geralmente só penso em números pares (deve ser para combinar com “Gêmeos”, meu signo astro ilógico). Por isso mandei bala nos sobreviventes do marcador “Eu não sei desenhar” espremendo a mamucha até só restar o bagaço.
 
Agora, tenho mais dois e-books para lançar, mas esses são DEFINITIVAMENTE os últimos, pois senti uma enorme paz ao terminar a seleção dos textos. Ou seja, a partir de agora é só aguinha de coco no deserto, só sombra e água fresca. O blog continua onde sempre esteve (“e dali não arredará nem um passo”), mas seu lema agora será este: “Blogson Crusoe – o blog da solidão publicada”. Tá ruim?
 
Então é isso. Os últimos e-books criados a partir do que postei no Blogson estão sendo publicados a partir de hoje, mas o período de dowload gratuito só acontecerá depois que acabar legalática oportunidade de baixar de graça o alucinante "Alucinações Cotidianas – (Manual De Reflexões Irrelevantes)"
Download gratuito de 28 de novembro a 02 de dezembro

Isso significa que a blequifraidei dos novos (e últimos!!!!) e-books começará no dia 03/12 e terminará no dia 07/12

Falando seriamente estou como na letra da canção: “eu agora sou feliz, eu agora vivo em paz”. E já posso voltar a malhar os políticos e todo tipo de gente que acredita saber o que é melhor para o país (mesmo que isso lembre o filme "De volta para o futuro"). Fui.

  


A POESIA NASCE DO ESPANTO

Este diálogo de spamtar já tinha sido publicado, mas sempre achei que o texto era pouco legível, por estar sobreposto à imagem (a cores). Aí resolvi refazer a piada com uso de uma imagem em preto e branco. Olhaí.

"Poesia não nasce pela vontade da gente, ela nasce do espanto, alguma coisa da vida que eu vejo e que não sabia". (Ferreira Gullar)



terça-feira, 26 de novembro de 2024

FALANDO DE MÚSICAS E DE COMPOSITORES

 
Cazuza
As recentes e estarrecedoras notícias publicadas sobre o planejamento de um atentado à democracia me fizeram lembrar do Cazuza cantando "O tempo não para", pois esses idiotas com tara para golpismo parecem ter vontade de ver “o futuro repetir o passado”.
 
Aldir Blanc
Uma das perdas provocadas pela Covid e que eu mais lamentei foi a morte do genial letrista Aldir Blanc. Na minha opinião, sem suas letras de imagens inesperadas, o João Bosco não teria alcançado o sucesso que obteve. 
Uma vez alguém disse que se não tivesse uma atração por letras inspiradas na periferia, o Aldir Blanc poderia ser equiparado ao sofisticadíssimo compositor e letrista americano Cole Porter.
 
Cole Porter
Enquanto esperava minha mulher ser atendida em uma consulta médica rotineira fiquei tentando achar alguma coisa interessante para ler ou ver no meu limitadíssimo celular. Aí apareceu uma foto do Chico Buarque com esta frase sobreposta à imagem: “Para Chico Buarque, ‘música mais linda do mundo’ é de Cole Porter”. E a música é “Every time we say goodbye”.
 
Segundo sua filha Silvia Buarque, “o mais lindo foi ele cantarolar por dias, há anos, “Ev'ry time we say goodbye” (de Cole Porter). Perguntei o porquê da insistência. Ele respondeu algo como: ‘Porque, talvez, essa seja a música mais linda do mundo’.”
 
Quando um sujeito que conviveu com Tom Jobim diz isso para sua filha o mínimo que alguém pode fazer é buscar essa música no Youtube (recomendo uma apresentação ao vivo do pegador Rod Stewart), pois ela realmente é linda.
 
Cole Porter compôs músicas fantásticas, tão lindas que já foram gravadas por um porrilhão de intérpretes. O que eu acho mais legal era sua capacidade de escrever letras com imagens inesperadas e jogos de palavras surpreendentes e divertidos, como na música "Let's do it, let's fall in love"..
 
Para encerrar este post, transcrevo a letra da versão brasileira (muito boa, diga-se), gravada pelo Chico Buarque e Elza Soares. E se alguém quiser ouvir essa gravação, siga o link:
 
https://www.youtube.com/watch?v=i0mGjYBAPug
 
 
FAÇAMOS (VAMOS AMAR)
Os cidadãos no Japão fazem
Lá na China, um bilhão, fazem
Façamos, vamos amar
Os espanhóis, os lapões fazem
Lituanos e letões fazem
Façamos, vamos amar
Os alemães, em Berlim, fazem
E também lá em Bonn
Em Bombaim fazem
Os hindus acham bom
Nisseis, níqueis e sanseis fazem
Lá em São Francisco muitos gays fazem
Façamos, vamos amar
Os rouxinóis, nos saraus, fazem
Picantes pica-paus fazem
Façamos, vamos amar
Uirapurus, no Pará, fazem
Tico-ticos no fubá, fazem
Façamos, vamos amar
Chinfrins, galinhas a fim fazem
E jamais dizem não
Corujas, sim, fazem, sábias como elas são
Muitos perus, todos nus, fazem
Gaviões, pavões e urubus fazem
Façamos, vamos amar
Dourados, no Solimões, fazem
Camarões, em Camarões, fazem
Façamos, vamos amar
Piranhas só por fazer, fazem
Namorados por prazer, fazem
Façamos, vamos amar
Peixes elétricos bem fazem
Entre beijos e choques
Cações também fazem
Sem falar nos hadoques
Salmões no sal, em geral, fazem
Bacalhaus, no mar, em Portugal, fazem
Façamos, vamos amar
Libélulas, em bambus, fazem
Centopéias sem tabus fazem
Façamos, vamos amar
Os louva-deuses com fé fazem
Dizem que bichos de pé fazem
Façamos, vamos amar
As taturanas também fazem
Com um ardor incomum
Grilos, meu bem, fazem
E sem grilo nenhum
Com seus ferrões, os zangões fazem
Pulgas em calcinhas e calções fazem
Façamos, vamos amar
Tamanduás e tatus fazem
Corajosos cangurus fazem
Façamos, vamos amar
Vem com a mãe
Coelhos só e tão só fazem
Macaquinhos no cipó fazem
Façamos, vamos amar
Gatinhas com seus gatões fazem
Tantos gritos de ais
Os garanhões fazem
Esses fazem demais
Leões ao léu, sob o céu, fazem
Ursos lambuzando-se no mel fazem
Façamos, vamos amar
Façamos, vamos amar

domingo, 24 de novembro de 2024

MARCADORES DE UMA ÉPOCA - 7

Este é o último post com os posters do Show Medicina. Uma coisa que me intrigou é a ausência de cartazes da década de 1970. Tentei achar algum na internet, mas só consegui o último cartaz desta postagem, o da cobra. Que terá acontecido?






 

sexta-feira, 22 de novembro de 2024

MARCADORES DE UMA ÉPOCA - 5

Estes posters, infelizmente, ficaram com a imagem sem nitidez, pois estão na área do cafezinho pós-exame e ficam atrás do balcão. Por não ter ninguém no momento, não consegui me aproximar mais para tirar as fotos de frente.







 

terça-feira, 19 de novembro de 2024

MARCADORES DE UMA ÉPOCA - 2

 







E-SCRITOR? SEI...

 
Comentei com um filho que os doze e-books publicados provocaram mais de 200 dowloads. Aí ele respondeu (confirmando o ditado de que “quem sai aos seus, não degenera”):
-Agora você pode dizer que é um e-scritor.
 
Não podia passar batido nessa provocação. Por isso, respondi:
- Pela qualidade do material publicado acho que estou mais para e-xcretor!
 
(Como diria um radialista aqui de BH, "tomou, papudo?" Quem mandou mexer com quem estava quieto?)

segunda-feira, 18 de novembro de 2024

MARCADORES DE UMA ÉPOCA


Os leitores mais antigos deste blog já sabem que uma das minhas manias – ou obsessões – é a preservação da memória. Não das grandes figuras que atingiram a fama, mas, daquelas pessoas que, mesmo sem notoriedade, merecem ser lembradas e ter suas histórias contadas. . E foi isso que tentei fazer nos textos indexados ao marcador Memória.
 
Mas minha inclinação para preservar não se limita a pessoas. Objetos aparentemente irrelevantes, uma espécie de "memorabília de baixo impacto", também têm seu lugar, e foi por isso que decidi compartilhar aqui, neste blog de variedades, imagens da minha coleção de maços de cigarros – encerrada no final da década de 1960 (ouça o rugido dos T-Rex!), a coleção de caixas de fósforos promocionais herdadas de um tio, os pins da eleição presidencial de 1960, a palheta que o B.B.King entregou à minha cunhada e ela deu pra mim (só a palheta, claro!), coisas assim.
 
Pode parecer idiota, mas guardar e divulgar essas "irrelevâncias" ajuda a compor um mosaico mais completo e colorido de uma época. Enquanto as peças principais do cenário são políticos, escritores, músicos, personalidades da mídia, as grandes obras e os eventos históricos e culturais que eles protagonizaram, essas miudezas dão textura e contexto ao pano de fundo, tornando a memória mais viva e palpável.
 
E minha mais nova incursão nessa área foi motivada pelos exames de sangue que minha mulher fez na sede de uma rede de laboratórios. Como já foi dito no post “Na parede da Memória” (https://blogsoncrusoe.blogspot.com/2024/10/na-parede-da-memoria.html), minha ideia era voltar lá e fotografar os mais de 30 posters de divulgação do “Show Medicina” emoldurados e pendurados por toda a área de acesso público - hall de entrada, espaço do cafezinho e acesso aos sanitários. E foi isso que aconteceu ontem.
 
Pela pressa em tirar fotos de todos os cartazes, pela impossibilidade de fotografá-lo de frente em alguns casos e pelo incômodo causado  às pessoas que esperavam para ser atendidas (“Dá licença?”, “Desculpe-me, só estou tentando me aproximar mais para tirar foto deste cartaz atrás da senhora” ou “Perdão, senhor, não tive a intenção de roçar meu saco no seu nariz!” ), as imagens obtidas estão tipo tipo mais ou menos, algumas prejudicadas pelo reflexo da luz ou pela distância com que foram registradas. Esses defeitos e imperfeições não me impediram de ficar fascinado com a evocação de momentos, épocas ou pessoas que esses cartazes coloridos suscitaram em mim. Por isso resolvi publicar todos, tentando obedecer a ordem cronológica que consegui estabelecer. E isso acontecerá pelos próximos seis ou sete dias.










 

 

domingo, 17 de novembro de 2024

QUEM MANDOU MEXEREM COM QUEM TEM TOC?


Por já estarmos às vésperas da Black Friday – que no Brasil acontece durante toda a semana (foda-se a Friday!), e pensando no Natal que se aproxima, resolvi passar o saco, ou melhor, encher o saco do Papai Noel com três presentes novinhos e mimosos. Olhaí o “trio parada mole”:
 
Falando Sério - (Às Vezes Eu Me Desespero)
Download gratuito de 18 a 22 de novembro
 
Descompensado! – Uma Amostra Do Humor Sem Noção
Download gratuito de 23 a 27 de novembro
 
Alucinações Cotidianas – (Manual De Reflexões Irrelevantes)
Download gratuito de 28 de novembro a 02 de dezembro

 
Atendendo a uma sugestão do titular do blog “Crônicas do Edu” (recomendo!), ai vão os títulos e links do resto da família, uma espécie de “Família Adams” caipira (quem mandou mexerem com quem tem TOC?):
 
O Eu Fragmentado - Versos Cheios De Prosa
 
Meu Nome É Ricardo - Contos, Crônicas E Divagações
 
Confraria Das Hienas - (Sem Medo De Ser Ridículo)
 
What A Wonderful Word! - (Eu Não Sei Desenhar)
 
O Caso Da Vaca Voadora E Outras Lembranças - "Causos" Do Pintão
 
Só Para Passar O Tempo (Porque O Tempo Passou)
 
Garatujas E Gatafunhos - (Os Desenhos Rupestres De Jotabê)
 
Garimpo De Palavras - Os Versos E Crônicas Que Faltavam
 
Diálogos De Spamtar - (A Sobra Da Sobra!)
 


sexta-feira, 15 de novembro de 2024

UM AUTOR DE SUCESSO

 

Como estou com dedicação exclusiva para o lançamento de mais três livros com material do Velho Blogson, achei legal registrar esta informação.


Graças a mais uma dica do Fabiano Caldeira, descobri quantos downloads foram feitos para cada um dos nove e-books já lançados. Gostei do total: 199 downloads! Olhaí o resultado (muito surpreendente, diga-se). Obrigado, Fabiano.

 

01- O Eu Fragmentado - Versos Cheios De Prosa: 14

02 - Meu Nome É Ricardo - Contos, Crônicas E Divagações: 56

03 - Confraria Das Hienas - (Sem Medo De Ser Ridículo): 15

04 - What A Wonderful Word! - (Eu Não Sei Desenhar): 66

05 - O Caso Da Vaca Voadora E Outras Lembranças - "Causos" Do Pintão: 8

06 - Só Para Passar O Tempo (Porque O Tempo Passou): 8

07 - Garatujas E Gatafunhos - (Os Desenhos Rupestres De Jotabê): 10

08 - Garimpo De Palavras - Os Versos E Crônicas Que Faltavam: 15

09 - Diálogos De Spamtar - (A Sobra Da Sobra!): 7

LARRY, MOE E CURLY

 
Spoiler do spoiler: os "três patetas" estão prontos para ser lançados. Deu para suar!
 
- Marcador Sem Noção: título “Descompensado!

- Marcador Falando Sério, título “Às Vezes Eu Me Desespero”

- Marcador Papo Cabeça, título “Tentando Decifrar A Vida”
 
Com esses três livros completa-se o “legado” do Blogson Crusoe. Doze e-books, 792 postagens aproveitadas (33% da produção própria). O que vier, se vier alguma coisa depois disso será o bagaço do bagaço do bagaço, material pirata, "bootleg". Mas espero que isso não aconteça.
 
Agora é só esperar pelo término do período de download gratuito do e-book anterior (dia 16/11) para jogar o "trio parada dura" na Amazon. Que viagem!

E AGORA CHEGA DE MUSIQUINHA PARA CRIANÇA!

Depois de ouvir as musiquinhas que a Suno criou para os versos que escrevi para minhas netas e para a sobrinha neta de minha mulher, a mãe d...