Fiquei muito feliz depois de publicar o
primeiro e-book com 60 poesias escritas ao longo de 10 anos de blog, pois tinha
passado de blogueiro para escritor publicado. E eu já diria: grandes merdas! Mas
o que dá para perceber é que a escolha de sessenta poemas escritos em dez anos
mostra que eu não tenho vocação para poeta.
Depois disso, animado com a experiência,
publiquei mais três e-books: contos e crônicas, textos de humor e desenhos.
Nesse ponto eu disse ter saciado meu desejo de ver as tranqueiras que escrevo
no formato de livro, uma vaidade idiota. O problema é que eu estava me
enganando. Como eu não tenho nenhum caráter, sou geminiano e meio bipolar,
creio que um dos “gêmeos” reclamou por não ter sido consultado e disse que
precisávamos publicar mais livros. OK!
Assim, mais dois foram publicados - as
histórias do meu ex-colega Pintão e a “segunda escolha” dos desenhos não
aproveitados. Acabou? Que nada! Tudo parecia normal até que o gêmeo mala,
apresentando comportamento de viciado em drogas, cismou que “nós” precisávamos
de mais e-books. E aí veio a loucura: resolvi transformar em novos e-books o que for
minimamente aproveitável dentre os mais de três mil posts já publicados.
Foi aí que eu me dei conta do imenso programa
de índio em que eu tinha me envolvido. Se você pegar 3.000 posts e tirar deles os
que já foram utilizados nos primeiros e-books, excluir as reproduções de obras
de outros autores, os links de música, os posts malhando os políticos da vez e
suas politicalhas, além de desconsiderar os textos indexados ao marcador
memória, ainda sobra um porrilhão de posts a examinar e selecionar.
A ideia era repetir a estrutura inicial pensada
quando o blog foi criado. Na fase pré-blog eu imaginava apenas cinco marcadores
(Falando Sério, Papo Cabeça, Sem Noção, Diálogos de Spamtar e Memória). Depois,
de acordo com a “necessidade”, foram sendo incorporados mais alguns até chegar
aos dezoito marcadores atuais.
Por isso, pensei em publicar mais cinco
e-books: Falando Sério, Papo Cabeça, Sem Noção, Diálogos de Spantar e a “terceira
escolha” dos desenhos. Mas, pela facilidade, acabei incluindo mais um com a sobra da sobra
dos poemas e crônicas (não acreditem nas minhas promessas!). Essas decisões trouxeram consigo uma missão quase impossível: "apenas|" reler e selecionar os melhores
textos entre as mais de 1.200 (mil e duzentas!) páginas em formato A4. Isso
dará um volume que eu nem consigo imaginar. Que roubada!
Eu estava pensando em publicar maisa uns seis ou
sete e-books e agora estou sem saber o que fazer. Dois novos e-books já estão prontos, faltando apenas escrever uma apresentação, escolher uma capa e neutralizar a vergonha que estou sentindo com a recente maluquice. Quando terminar tudo isso eu já
deverei estar com mais de 100 anos. E quantos volumes poderão ser publicados? Só Deus sabe, pois sou um pai amoroso e não quero deixar ninguém "desamparado". O jeito é
voltar para a seleção. Anime-se, Jotabê!
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