Ao ler o título deste post você, leitor desavisado, talvez espere que eu vá falar das estarrecedoras notícias publicadas recentemente pela mídia. Ledo engano! O que desejo mesmo é falar mal desse personagem mal ajambrado que se apresenta como "Jotabê", pois "quem gosta de mim sou eu". Os leitores mais antigos do blog já devem
saber que eu sou meio que uma apostila ambulante de distúrbios psicológicos
leves. E podem crer, pois é verdade. E foi assim que eu me autoanalisei (sem cobrar honorários):
Embora não seja profissional da área, já identifiquei neurose não curada (não tinha mais grana para pagar o psicanalista), transtorno obsessivo compulsivo leve, depressão moderada, antipatia pelo PT e pelo Bolsonaro (opa, isso não é distúrbio mental, é só bom senso!), um pouco de transtorno bipolar (o antigo maníaco-depressivo), uma pitada de síndrome do pânico (acho que não tenho mais), algumas fobias, medo generalizado e 103 kg de ansiedade.
Embora na época tenha discordado, um colega me disse uma vez que eu era sociopata. Só não briguei com ele porque uma das minhas duas personalidades não quis. Mas, se vacilar, até espinhela caída eu devo ter. Então, mudar de ideia não me traz nenhum conflito. Estamos todos de acordo nisso. E quando eu falo “nós”, não estou incluindo os leitores.
Pois é... E por que estou repetindo isso? Por descobrir que também não tenho nenhum caráter (para ser sincero, creio que só uma das minhas duas personalidades é assim). E descobri isso quando resolvi publicar e-books com seleções de textos pinçados do velho Blogson. Logo de cara, a partir da expertise (chique!) adquirida com a publicação do pretensioso “O Eu Fragmentado”, já mandei mais três e-books, jurando ajoelhado no milho que não planejava lançar mais nenhum, “estando bastante satisfeito com os três já publicados”, bla bla bla. Conversa fiada de gente sem caráter.
Não passou muito tempo e “comecei a sentir comichões (não, não eram oxiúros) e desejos de publicar novo e-book”. O “novo” se transformou em “novos” e o resultado foi o surgimento de mais oito(!) e-books. Sobre o que, homem de Deus?
O resultado do esquartejamento do Blogson (no sentido figurado, lógico), foi a publicação de dois e-books de dezénhos, dois de literatices (prosa e poesia), dois de besteirol, dois de causos e lembranças, um de viagem na maionese e um de “conversa de adultos” (porque eu preciso falar sério pelo menos uma vez na vida).
Acabou? Como se dizia antigamente, néris de pitibiriba! (que em samoano arcaico significa “quem me dera!”). Pode não parecer, mas tenho reações de hipersensibilidade à menor provocação, como se tivesse uma alergia às avessas. Basta um grão de “pólen” para fazer surgir novamente o que chamei de furor editorial.
E foi isso o que aconteceu quando alguém disse ter vontade de ler em um e-book os “causos” e lembranças pessoais que publiquei no velho Blogson. Bastou isso para eu começar a ler e selecionar os textos indexados ao marcador Memória. E como sou supersticioso (peguei essa mania de minha mulher), geralmente só penso em números pares (deve ser para combinar com “Gêmeos”, meu signo astro ilógico). Por isso mandei bala nos sobreviventes do marcador “Eu não sei desenhar” espremendo a mamucha até só restar o bagaço.
Agora, tenho mais dois e-books para lançar, mas esses são DEFINITIVAMENTE os últimos, pois senti uma enorme paz ao terminar a seleção dos textos. Ou seja, a partir de agora é só aguinha de coco no deserto, só sombra e água fresca. O blog continua onde sempre esteve (“e dali não arredará nem um passo”), mas seu lema agora será este: “Blogson Crusoe – o blog da solidão publicada”. Tá ruim?
Então é isso. Os últimos e-books criados a partir do que postei no Blogson estão sendo publicados a partir de hoje, mas o período de dowload gratuito só acontecerá depois que acabar legalática oportunidade de baixar de graça o alucinante "Alucinações Cotidianas – (Manual De Reflexões Irrelevantes)"
Download gratuito de 28 de novembro a 02 de dezembro
Isso significa que a blequifraidei dos novos (e últimos!!!!) e-books começará no dia 03/12 e terminará no dia 07/12
Falando
seriamente estou como na letra da canção: “eu
agora sou feliz, eu agora vivo em paz”. E já posso voltar a malhar os políticos e todo tipo de gente que acredita saber o que é melhor para o país (mesmo que isso lembre o filme "De volta para o futuro"). Fui.
Parabéns, Jotabê. Você escreve muito bem, tem carisma, acho ótimo que cada vez mais pessoas conheçam sua escrita, principalmente fora do blog. Um grande abraço
ResponderExcluirObrigado, Fabiano, graças a você, graças à sua sugestão para que eu me aventurasse a publicar um livro, eu pude realizar meu sonho bobo de selecionar as postagens que eu mesmo achava mais interessantes. Os 14 e-books atenderam esse desejo, um desejo surgido de uma mistura de vaidade exacerbada e carência afetiva. Deu trabalho, foi cansativo, mas agora estou em paz, pois tudo o queentendi que valia a pena selecionar está nos e-books. Já falei sobre isso, mas 916 publicações foram selecionadas, representando algo como 40% do que é de minha autoria. E o que sobrou pode ser dividido em três categorias: memórias de minha família, textos com data de validade vencida ou lixo mesmo. Por isso eu disse que não publicarei mais nenhum e-book.
ExcluirFalta de caráter é uma tremenda falta de caráter!! Se quiser posso lhe passar o número da psicóloga que me mandou fazer "fluxos de consciência" - pode ser que você e o seu outro cheguem a um acordo.
ResponderExcluirVocê fez um ótimo trabalho na sua garimpagem, o blog é antigo e com muito conteúdo. Quando o meu fizer cinco anos vou pensar no caso.
Quem está prontinho para publicar é meu filho. O moleque tem 14 e conseguiu escrever um livro de ficção antes de mim...
Claro que vou adquirir os novos, acho que os outros já os tenho todos e a maioria dos textos são ótimos.
Mais uma coisa: já pensou em publicar seus livros em papel? Dá pra fazer isso sob demanda, sem pagar nada.
Não acho uma boa ideia. 14 livros? Precisaria selecionar o que foi publicado nos e-books para criar no máximo uns três impressos. Teria de tirar todas as menções ao blog, excluir tudo o que fosse datado, talvez mudar até mesmo o vocabulário, torbná-lo enos coloquial. Acho isso que seria uma prisão para mim
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