André é um jovem e simpaticíssimo arquiteto
que conheci através da Nina, com quem hoje é casado. Ela também é arquiteta (foda!)
e a conheço desde quando era uma pirralha (pensando bem, melhor desconsiderar esse
“pirralha”, muito mal empregado ultimamente). Então, rebobinando o
Betamax (sou velho, pô!), conheço a Nina desde quando ela era uma criança
risonha e de olhos sonhadores.
Pois bem, meu jovem amigo André tornou-se
mais um “amigo de facebook”, coisa que me deixou muito feliz graças à empatia
imediata que rolou desde que fomos apresentados. Por isso, de sacanagem, sugeri
a ele que visitasse o velho blog da solidão ampliada e desse uma olhada nos “dezénhos”.
E ele topou!
Não satisfeito com isso, ainda comentou no
blog e fez uma pergunta enigmática no Facebook. Por imaginar que a resposta
seria longa, resolvi transformá-la em novo post, pois sou um pouco menos bobo
do que todo mundo está careca de saber. A pergunta era “vc desenha aqueles á mao ??” Como eu não sabia a quais desenhos se referia,
resolvi dar uma geral em meu processo criativo. Bora lá!
O nome escolhido para a
seção é o reconhecimento de uma realidade: eu não sei desenhar! Por isso, mesmo
que goste de desenho, não tenho habilidade para chegar a um resultado que me
agrade, pois nunca fiz curso de desenho nem nada do tipo. Assim, os desenhos
feitos à mão saem depois de muito sofrimento. Normalmente são desenhos isolados
e independentes um do outro. Exemplo: “CERTO
DIA EM STONEHENGE”.
No caso das séries, criei
uma forma de expressão que me diverte muito, que é a utilização dos recursos
gráficos do Word e algum eventual acabamento de paintbrush e colagens (há
desenhos isolados também). Nessa técnica enquadram-se as séries “FIAT LUX!”, “A VIDA ZÉXUAL DOS VETORES”, “SÓ
3,5 BILHÕES DE ANOS?” e outras. As únicas exceções (de que eu me lembro)
são as séries “GEMINIANAS” e “NOÇÕES DE ZÉOMETRIA ESPECIAL”, que foram
feitas à mão.
Finalmente, às vezes
utilizo colagem de imagens que busco na internet, mas totalmente “descontextualizadas”.
Exemplo: “CERTO DIA, NA IMENSIDÃO DO
COSMOS...”
O que todos esses desenhos
(ou dezénhos) têm em comum é a transformação de expressões e falas do cotidiano
em situações de absoluto non sense, como em “Ô
CRIDE, FALA PRA MÃE! – 02”. É isso.
"Por isso, mesmo que goste de desenho, não tenho habilidade para chegar a um resultado que me agrade, pois nunca fiz curso de desenho nem nada do tipo. Assim, os desenhos feitos à mão saem depois de muito sofrimento. Normalmente são desenhos isolados e independentes um do outro." A origem da minha pergunta veio da observação de uma expressão muito original e objetiva. Eu também "não sei desenhar" !!(sobjetivo). Nem todo arquiteto "sabe". na verdade o desenho serve como premissa, representar uma ideia, sonho, projeto, etc.. Se essa ferramenta executar sua premissa, para mim, é um bom desenho! o belo é o belo.. e na maioria das vezes, pra mim foda-se hahaha
ResponderExcluirPois é, mas eu sempre quis saber muito. Aliás, quando chegou a época de vestibular, a UFMG unificou tudo e eu fiz o primeiro vestibular unificado (todo mundo no Mineirão!). Com a mudança eu poderia escolher qualquer curso, pois estava estudando biologia, ingl~es, geografi, história e por aí. Uma das minhas opções era arquitetura, mas desisti por achar que não tinha criatividade para tanto - graças a um colega, que fez o esboço de uma igreja ou capela apenas entrelaçando os esquadros de desenho (ainda se usa isso?). O resultado ficou tão incrível que eu pensei comigo: não tenho essa manha! E fui parar na engenharia.
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