Ontem,
em uma feira independente de artes e produtos gráficos
Reencontrei
minha turma
Gente
criativa, sonhadora, cheia de projetos
Jovens.
Admirei
seus grafismos, livros, fotografias, posters e sonhos
Fiquei
feliz em poder revê-los
Tentei
interagir, mas desisti.
A
separar-nos definitivamente havia
Intransponível
O vidro espesso do Tempo.
"O vidro espesso do tempo" essa porra soou bem. Ontem à noite assistindo à gravação do programa do Tonny Ramos no Canal Brasil -pragramasso por sinal ontem com o Ary Fontoura - fiquei pensando exatamente nisso. O que acabou me fazendo publicar um texto do Fernando Pessoa sobre impressões e que dediquei aos meus bons amigos, incluindo você JB.
ResponderExcluirBacanérrimo! O Fernando Pessoa era "os caras"! Quanto ao "vidro espesso" eu também gostei da ideia, que foi o ponto de partida para o restante do texto, rigorosamente real. Nos últimos tempos tenho me dado conta de que as pessoas com quem mais me identifico intelectualmente são jovens na faixa dos trinta aos (estourando) cinquenta. São pessoas que ainda tem sonhos, que criam, que viajam na maionese (ou em algum "vapor barato"), que não conversam apenas sobre futebol e cerveja ou coisa do gênero. Mas, infelizmente, de nada adianta essa identificação, pois há a porra do vidro blindado do tempo a impedir o contato, a merda do choque de gerações. É como se eu ficasse olhando através do vidro os bebês de um berçário ou, mais adequado, como se eu estivesse preso e só pudesse ter contato com as pessoas através de um vidro blindado, falando ao telefone, como vejo em alguns filmes estrangeiros (nem sei se existe isso no Brasil). Finalizando, obrigado pela minha inclusão em seu círculo de amigos, ainda que virtuais. Valeu!
ExcluirSabe o qual a ironia? Tenho 28 anos e falo com você através de uma tela. Sentimentos não respeitam fronteiras, meu amigo, como aquele pai que vê o filho através do vidro do berçário pela primeira vez. É um prazer tê-lo como amigo, JB. Pra um agnóstico teísta como eu amizade é uma das provas de Deus.
Excluir"J"