Ah,
vontade!
De
andar pelos muros,
Divisar
horizontes de telhados musguentos,
De
braços abertos, pôres do sol agourentos,
Acastanhados.
Trem
bala, levitar sobre os muros
Não ter
de escolher um lado.
Ser
amigo do tombo.
Ah,
vontade!
De
atravessar o córrego poluído,
Varar o
espaço, de margem a margem,
(Ponta
dos pés, de tênis novos, alados),
Correndo
pelo cano de ferro corroído:
Tubulações
de águas e esgotos municipais.
Sentir
a queda
Sabendo
da impossibilidade de cair.
Ah, saudade!
Das
minhas ossadas,
Saudades
dos fósseis de mim
Que minha pá já não consegue escavar.
Uma honra, JB!
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