sábado, 19 de agosto de 2017

FÓSSEIS - A MARRETA DO AZARÃO (BLOG)

Ah, vontade!
De andar pelos muros,
Divisar horizontes de telhados musguentos,
De braços abertos, pôres do sol agourentos,
Acastanhados.
Trem bala, levitar sobre os muros
Não ter de escolher um lado.
Ser amigo do tombo.

Ah, vontade!
De atravessar o córrego poluído,
Varar o espaço, de margem a margem,
(Ponta dos pés, de tênis novos, alados),
Correndo pelo cano de ferro corroído:
Tubulações de águas e esgotos municipais.
Sentir a queda
Sabendo da impossibilidade de cair.

Ah, saudade!
Das minhas ossadas,
Saudades dos fósseis de mim
Que minha pá já não consegue escavar.

Um comentário:

ESTRELA DE BELÉM, ESTRELA DE BELÉM!

  Na música “Ouro de Tolo” o Raul Seixas cantou estes versos: “Ah! Mas que sujeito chato sou eu que não acha nada engraçado. Macaco, praia, ...