Por conta de um comentário marretado pelo
blogueiro Azarão, resolvi expandir um pouco as lembranças sobre a velha e boa
calça jeans. O comentário mencionava a marca US Top. Achei legal a cutucada na
memória e me lembrei de outras duas marcas que eram divulgadas na TV: a Topeka e
a Wrangler, nome trava-língua que eu nunca soube qual a pronúncia correta, pois
tinha gente que falava “Vrangler”. Outros diziam “Urangler” ou, simplesmente,
Rangler. Para mim isso nunca fez diferença, pois nunca me interessei em comprar
essa marca.
Nada tão problemático como usar um clone
fodido da boa calça Lee. Um dia, um amigo apareceu com uma calça verde-água
feia pra cacete, com a etiqueta de couro gravada a ferro quente, onde estava
escrito “Bee”. É nessas horas que você vê que nem todas as amizades valem a
pena.
Eu era pobre, verdadeiramente pobre, mas era
metido a bacana. Assim, toda moda que era lançada eu fazia questão de usar. E
minha mãe, que costurava muito bem, era quem me salvava. Ou dando-me dinheiro
para mandar fazer as calças sob medida ou comprando as importadas (Lee,
sempre). Aliás, o nome da loja onde mandava fazer as calças era muito original
e criativo: “Faz Calça”.
Descobri essa loja através de um sujeito que
conhecia superficialmente, pois ele não dava muita confiança para gente pobre
ou brega e eu era os dois (tá lembrado do bolso redondo, né?). Esse sujeito era o que se chamaria hoje de “marrento”.
Tinha dinheiro (pelo menos, mais que eu) e era sempre o lançador da última “moda
jovem”, mas frequentemente passava do limite. Era o que se poderia definir como “playboy
ostentação”, pois tudo nele era exagerado. Quando a moda foi usar calças no
estilo “toureiro”, as dele chegavam quase à altura do peito.
Quando a moda foi usar calças “Saint Tropez”
com camisa por dentro, as dele eram tão baixas que se tinha a sensação de que
usava dois cintos, um em cada perna. Mas não era gay. Pelo contrário, era
pegador, mesmo que o alvo sempre fossem umas meninas muito feinhas e
apiranhadas. Imagino que não queria uma gostosinha, para chamar mais atenção
que ele.
Este post termina aqui, pois estou sem muita
paciência para escarafunchar a memória atrás de outras lembranças ridículas. E
digo ridículas, pois eu gosto mesmo é de lembrar coisas idiotas, risíveis.
Aliás, o nome deste texto está de pleno acordo com o que acabei de dizer. Mesmo
não sendo Capitão, resolvi usar o Gancho dos dois posts anteriores (já fiz essa
piada idiota antes).
Fica um adendo: ao me lembrar da calça
Topeka, resolvi procurar alguma coisa na internet e achei um blog muito legal,
cheio de imagens de propagandas antigas e que conta a história das calças
jeans. Para quem se interessar, o link está abaixo. Garanto que é muito melhor
leitura do que esta bosta que acabaram de ler. Fui.
Muito legal esse blog que você sugere no final. Não sei se viu, mas lá aparecem as calças Rancheiro (eu disse rancheira na outra postagem), dessas também me lembro de ter usado muito.
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