sábado, 18 de julho de 2015

SÓ NA TRAPAÇA

Este post é uma trapaça que faço comigo mesmo. Decidi me desintoxicar do Blogson, da minha compulsão de postar coisas todo dia (ou quase isso). Resolvi que preciso maneirar a ansiedade, acredito que nem tenho tanto assunto assim que sirva de alimento para este blog. Por isso, a próxima publicação só ocorreria dentro de dois dias (preciso começar devagar!). E a trapaça é esta: resolvi postar no Blogson o comentário que faria no blog "A Marreta do Azarão". E o motivo é o texto do link abaixo:
http://amarretadoazarao.blogspot.com.br/2015/07/carla-perez-xandy-e-o-e-otchan-do.html

Vamos lá, começando pelo final:


No final do texto citado, o dono do Marreta deu uma escamada nos Beatles, meus ídolos máximos, mas não vejo problema nenhum nisso. O John era mesmo um mala sem alça. O que penso sobre esse conjunto (era assim que se falava na minha adolescência) é que, tendo começado quase (eu disse quase) como uma simples boy band, seus integrantes foram inovadores no estilo que abraçaram, o rock, uma área que tinha pouca sofisticação musical e instrumental. Tirando o gente boa Ringo, foi uma banda que contou com a sorte de ter três ótimos compositores, um arranjador genial (George Martin) e, no início, um marqueteiro competente (Brian Epstein). Como não sei inglês, não posso avaliar as letras, mas a música era (ou é) boa demais. E o melhor disco de todos é "Abbey Road". 

Quanto ao Caetano Veloso, estopim do texto citado, acredito que ele e o Chico Buarque são letristas insuperáveis, cujo defeito maior é escrever em português, uma língua periférica do mundo ocidental. Se fossem ingleses ou americanos, teriam arrasado no mundo todo.

O meio do texto mostrou duas das características básicas do Marreta, que são a cultura e o domínio vocabular que o blogueiro possui.

Quanto à primeira parte, gostei muito do texto, que me fez entender melhor por que as pessoas gostam mais de meus posts com memórias e lembranças. Falando de sua infância e juventude, às voltas com composições e redações elogiadas pelos mestres, falou também um pouco de mim (mas nunca ganhei estojo de canetinhas) e de mais um tanto de gente boa. Fico pensando que, apesar de ele gostar de textos ficcionais e poesias, acho que o Marreta dá para um bom memorialista!



Um comentário:

  1. Reproduzo aqui a resposta que dei ao seu comentário:
    "Engraçado isso. Enquanto escrevia o texto, eu sabia exatamente as partes de que você iria gostar - e acertei - e sabia também que você ia ficar meio puto com o negócio dos Beatles.
    Sobre o que disse do Caetano e do Chico escreverem em inglês, não sei não. Como você, eu também não entendo picas de inglês, mas me parece que língua portuguesa - bela e inculta, como diz o grande Pasquale - é muito mais rica que a inglesa, em substantivos, adjetivos etc. Me parece - posso estar errado, claro - que o Caetano e o Chico talvez ficassem um pouco limitados pelo inglês.
    Obrigado pelo elogio quanto ao memorialista, só espero que não haja nenhum duplo sentido nesse "dá" para um bom memorialista.
    abraço."

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