domingo, 12 de julho de 2015

COMENTANDO AS PENÚLTIMAS - 07

Recentemente, o senador Humberto Costa disse textualmente que “o Aécio Neves, secundado por um conjunto de parlamentares e elementos da extrema direita ‘pretendem’ de toda forma aplicar um golpe no Brasil, tentando cassar o mandato da presidenta da República, que foi eleita pela maioria dos brasileiros (...) Ele é o capitaneador desse processo”. Será mesmo?

O que está acontecendo é que o Tribunal de Contas convocou a presidente para explicar as “pedaladas fiscais” cometidas em 2014. Se o Tribunal rejeitar as contas de seu governo, ela estará sujeita a um processo de impeachment. Que será ou não conduzido pelo Congresso.

Acho bacana quando alguém diz que a Dilma foi eleita pela “maioria dos brasileiros”. Primeiro pelo fato de que, normalmente, ninguém é eleito se tiver uma minoria dos votos segundo as normas de qualquer processo eleitoral (bazinga!). Segundo, porque ela teve apenas mais votos que os outros candidatos, se considerados isoladamente.

Segundo o site do TSE, a Dilma teve 54,5 milhões de votos em um total 142,8 milhões de eleitores. Depois de obter esses números no site do TSE, pude verificar que a Rousseff teve apenas 38,1% dos votos possíveis. E isso depois de prometer o que nunca poderia cumprir! Por isso, "maioria", não.

Eu sempre fico irritado, puto da vida, quando alguém da esquerda usa o termo “extrema direita” para demonizar tudo o que não se parece com sua visão de mundo. Esse pensamento paranoico teve seu equivalente no tempo dos generais presidentes, quando quem tinha críticas ao governo era chamado de "comunista". Outra maluquice, está na cara. A política brasileira nunca foi "bi-cromática" (direita ou esquerda) apenas; o que ela sempre teve mesmo é cinqüenta tons de cinza (e, parecido com o livro, o que já teve - e tem - de putaria...). 

Além do mais, diante da possibilidade de a “Dilma 9%” tomar um pé na bunda, chamar todo mundo de extrema direita é só uma atitude extrema de esquerda, preocupada que está com o futuro (do PT, lógico).

E, se você pensar bem, diante das últimas notícias e imagens da presidente andando de bicicleta, dá para concluir que, no fundo, no fundo, ela gosta de uma boa pedalada (acho que podia ter deixado essa de fora...).

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