Como sabem os malucos que têm a coragem de encarar as coisas que escrevo ou desenho, este blog surgiu como substituto dos inúmeros e-mails que enviava para meus filhos e uns pouquíssimos amigos. Acredito que o estilo que adoto e a forma como escrevo no Blogson traem (ou trazem) essa característica de mensagens, pois sempre me imagino falando com alguém, mais ou menos como o Tom Hanks falando com uma bola, no filme "Náufrago" - ou como meu patrono Robinson Crusoé falando com o selvagem Sexta-Feira.
Já disse também no blog que não sou bom em análise política ou em crítica social. Além disso, não tenho criatividade para criar textos ficcionais nem sei escrever poemas. Então, o que sobra são piadinhas e jogos de palavras sem graça ou infantiloides (que meus filhos dizem ser muito ruins) ou as lembranças e "causos" de gente que conheci ou com quem ainda convivo. Isso, venhamos e convenhamos, não é combustível para manter flutuando por muito tempo o Blogson, um balão cheio de presunção e vazio de auto-crítica.
A ideia de tornar públicos os textos só às sextas-feiras (para mais uma paródia com o Robson Crusoé), sugerida a título de brincadeira por meu filho mais velho, foi muito bem aceita - e sistematicamente descumprida. A compulsão de postar quase todos os dias também já foi abordada aqui. O problema principal é que estou perdendo o gás, estou ficando sem vontade de escrever muito - e sem assunto. Além disso, minhas inquietações existenciais, surgidas depois que fiz cinquenta anos, parecem ter sido serenadas, pacificadas (tenho hoje 65!). Mas o caldo entornou mesmo ao trapacear a mim mesmo, publicando ontem um comentário que fiz no blog "A Marreta do Azarão" como se fosse um post normal ("normal" no padrão Blogson, bem entendido) . Vejam a que ponto cheguei! Drogadicto total, essa é a verdade (porque o Blogson é uma droga)!
Como preciso criar vergonha na cara e vencer essa dependência paralisante (acesso o Blogson umas trinta vezes por dia, sem exagero) resolvi chutar o balde: tenho 52 textos e desenhos programados para sair só às sextas-feiras.
Já que o número de acessos ao blog não aumenta mesmo, só espero que os 2,3 leitores frequentes desta bagaça não esqueçam o velho e alquebrado Jotabê. E se pensar em descumprir a programação mais uma vez, vou pedir à minha mulher para me acorrentar no pé da cama (nada a ver com práticas sado-masô, entendeu?). Talvez assim funcione (a programação, é claro).
A ideia de tornar públicos os textos só às sextas-feiras (para mais uma paródia com o Robson Crusoé), sugerida a título de brincadeira por meu filho mais velho, foi muito bem aceita - e sistematicamente descumprida. A compulsão de postar quase todos os dias também já foi abordada aqui. O problema principal é que estou perdendo o gás, estou ficando sem vontade de escrever muito - e sem assunto. Além disso, minhas inquietações existenciais, surgidas depois que fiz cinquenta anos, parecem ter sido serenadas, pacificadas (tenho hoje 65!). Mas o caldo entornou mesmo ao trapacear a mim mesmo, publicando ontem um comentário que fiz no blog "A Marreta do Azarão" como se fosse um post normal ("normal" no padrão Blogson, bem entendido) . Vejam a que ponto cheguei! Drogadicto total, essa é a verdade (porque o Blogson é uma droga)!
Como preciso criar vergonha na cara e vencer essa dependência paralisante (acesso o Blogson umas trinta vezes por dia, sem exagero) resolvi chutar o balde: tenho 52 textos e desenhos programados para sair só às sextas-feiras.
Já que o número de acessos ao blog não aumenta mesmo, só espero que os 2,3 leitores frequentes desta bagaça não esqueçam o velho e alquebrado Jotabê. E se pensar em descumprir a programação mais uma vez, vou pedir à minha mulher para me acorrentar no pé da cama (nada a ver com práticas sado-masô, entendeu?). Talvez assim funcione (a programação, é claro).
Fez lembrar O valioso tempo dos maduros, de Mário de Andrade. E sobre seus 2,3 leitores, da minha parte continuo por aqui.
ResponderExcluir"J'
Obrigado mesmo! (o tom entusiástico do agradecimento ajuda a cevar meus "clientes"). O problema é que agora vou ter que procurar o que significa "o valioso tempo dos maduros", de que nunca ouvi falar. Esse Blogson só me dá trabalho!
ResponderExcluirTirando as piadinhas idiotas, só posso dizer que foi muito legal ler seu comentário!
Acabei de ler o"O precioso tempo dos maduros", de Mário de Andrade. Só posso dizer que (tirando a preferência sexual do autor, recentemente revelada) "esse cara sou eu"!
ResponderExcluirkkkkkkkkk Que bom que gostou.
Excluir"J"
Só lembrando que o poema é tão bom que alguns autores o reivindicam e até questionam o título, Ricardo Gondim/Mário de Andrade/Rubem Alves e sei lá mais quem. Enquanto não decidem de fato quem pariu o moleque, credito ao Mário por ser o mais velho rsrssrs. E também estou esperando o texto novo. ;)
Excluir"J"
Esse é o maior defeito da internet. Há um texto sobre o uso do palavrão que recebi como se fosse do Millor Fernandes. Como sou fã do cara, resolvi tirar isso a limpo. descobri uma entrevista do Millor onde ele renega a autoria. Esse texto está no blog, na seção "Reverência" e o título é "O direito ao foda-se". Só falta agora alguém pegar um texto Jotabê e atribuir ao Machado de Assis. Eu não reclamaria.
Excluirkkkkkkkkkkkkkkkk Bom acho que eu também não.
Excluir"J"
Escrever é uma droga boa, meu amigo. Eu também fico mal-humorado pra cacete - mais que o normal -, ansioso e tudo mais quando fico um dia, dois... sem conseguir pensar em nada para escrever. Mas escrever, se submeter à escrita, não é só vício, é também disciplina. Espero, sinceramente, que você não consiga cumprir com sua nova programação para o blog, menos ainda se livrar desse vício. Quanto ao Mário de Andrade, quando foi que ele parou de escrever? Só quando morreu, né? Faça o que eu digo... Além disso, quem garante que as linhas do belo poema são sinceras ou só mais um... poema? O poeta é um fingidor, não é? Às vezes, se faz meio que de coitadinho, quer angariar simpatia e piedade, talvez até para amenizar a angústia que é criar, escrever.
ResponderExcluirFique firme, meu caro!
Amanhã passo por aqui. E quero texto novo! Desenhos novos!
Dançou, meu caro! Novidade mesmo, só sexta próxima. A angústia bateu quando estava examinando os textos prontos para serem divulgados. Você verá que eu tenho razão em querer diminuir o ritmo. Estou mesmo sem assunto, repetitivo e... bobo. A maioria do que está na "sala de embarque" é de textos curtos, com trocadilhos e piadas ainda piores do que já divulguei. Claro, existem também os textos sobre memórias, que podem ser os mais divertidos (ou não). Acredito que uma série de que talvez goste tem o nome de "minha experiência nuclear". Ainda falta escrever a última parte (lembrando que cada parte tem umas duas páginas em arial 12). Então, a freada talvez seja benéfica, permitindo que eu tenha tempo (e saco) para escrever mais. Mas, sinceramente, o meu desejo atual é escrever - e desenhar - só besteiras. Meu receio é que o resultado se pareça com as músicas mais recentes do Jorge Ben(jor): é só um pouco mais do mesmo. Obrigado, de verdade, pelas palavras sempre elogiosas e cordiais.
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