Por sugestão de uma pessoa muito querida,
minha reverência hoje está relacionada à música; mais precisamente, aos autores
de letras de música. 
E vou dar uma homenageada dupla, postando uma
curiosidade. Os envolvidos são os geniais Tom Jobim e Chico Buarque.
A música é “Ligia”. 
Originalmente, letra e música eram apenas do
Tom Jobim. A pedido do maestro, o Chico deu uma guaribada. 
Outra curiosidade: Em um daqueles shows de fim de ano
do Roberto “Chapinha” Carlos na TV, o Tom, de sacanagem, começa a cantar a letra original. O Roberto - que ainda usava roupa escura - se surpreende e diz para cantar de verdade, ou
coisa assim. As duas letras são lindas e a música é mais linda ainda.  É isso.
Lígia 
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Lígia 
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(primeira
  versão, sem parceria do Chico) 
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(a
  definitiva, em parceria com Chico Buarque) 
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Eu
  nunca sonhei com você 
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Eu
  nunca sonhei com você 
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Nunca
  fui ao cinema 
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Nunca
  fui ao cinema 
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Não
  gosto de samba 
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Não
  gosto de samba, 
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Não
  vou a Ipanema 
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Não
  vou a Ipanema 
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Não
  gosto de chuva 
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Não
  gosto de chuva 
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Nem
  gosto de sol 
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Não
  gosto de sol 
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Eu
  nunca te telefonei 
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E
  quando eu lhe telefonei 
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Para
  que, se eu sabia? 
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Desliguei,
  foi engano 
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Eu
  jamais tentei 
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O
  seu nome eu não sei 
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E
  jamais ousaria 
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Esqueci
  no piano 
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As
  bobagens de amor 
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As
  bobagens de amor 
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Que
  aprendi com você 
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Que
  eu iria dizer 
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Não,
  Lígia, Lígia  
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Não,
  Lígia, Lígia 
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Sair
  com você de mãos dadas 
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Eu
  nunca quis tê-la ao meu lado 
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Na
  tarde serena 
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Num
  fim de semana 
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Um
  chope gelado 
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Um
  chope gelado 
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Num
  bar de Ipanema 
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Em
  Copacabana 
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Andar
  pela praia até o Leblon 
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Andar
  pela praia até o Leblon 
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Eu
  nunca me apaixonei 
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E
  quando eu me apaixonei 
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Eu
  jamais poderia 
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Não
  passou de ilusão 
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Casar
  com você 
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O
  seu nome rasguei 
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Fatalmente
  eu iria 
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Fiz
  um samba canção 
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Sofrer
  tanta dor 
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Das
  mentiras de amor 
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Pra
  no fim te perder 
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Que
  aprendi com você 
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Lígia,
  Lígia.  
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É
  Lígia, Lígia 
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Você
  se aproxima de mim 
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E
  quando você me envolver 
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Com
  esses modos estranhos 
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Nos
  seus braços serenos 
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E
  eu digo que sim 
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Eu
  vou me render 
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Mas
  seus olhos castanhos 
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Mas
  seus olhos morenos 
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Me
  metem mais medo 
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Me
  metem mais medo 
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Que
  um raio de sol 
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Que
  um raio de sol 
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Lígia,
  Lígia. 
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Lígia,
  Lígia 
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Música com o padrão Tom de qualidade e dificuldade, cheia de dissonantes. Ah, Ligia...
ResponderExcluirLinda demais.
ExcluirInteressante, não sabia disso. Nunca ouvi essa música, mas a letra é muito interessante. Gostei de ambas. Cada qual a seu modo. Gostei um pouco mais da que não tem parceria com Chico. Mas as duas são ótimas.
ResponderExcluirE o RC está com a voz pra lá de aveludada.
ResponderExcluirNa verdade, eu não vi o vídeo. Apesar de gostar das músicas do Roberto, prefiro focar no texto.
ExcluirNo final da música o Tom faz uma pegadinha e começa a cantar sua letra. O Roberto, meio sem graça, diz que não conhecia essa parte. Não me lembro da resposta do Tom e o Roberto diz: vamos cantar a "original", sem saber que a verdadeira letra original era a o que Tom tinha acabado de cantar
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