É estranho pensar que a Terra, este planeta
tão lindo e cheio de paisagens deslumbrantes, pode ser também um lugar
extremamente hostil e perigoso. E nem me refiro às grandes extinções provocadas
por meteoros gigantescos ou mudanças climáticas e ambientais dramáticas. Basta lembrar das notícias sobre avalanches, deslizamentos de terra ou inundações. Sem falar dos maiores eventos naturais já registrados, tragédias que revelam o
quanto a vida aqui é frágil.
Em 1815, o vulcão Tambora, na Indonésia,
explodiu com tamanha força que obscureceu o céu do planeta e matou mais de 90
mil pessoas. Em 1556, na China, o terremoto de Shaanxi fez desmoronar casas de
terra como se fossem castelos de areia, deixando cerca de 830 mil mortos. Em
2004, um terremoto submarino gerou o tsunami que varreu 14 países do Oceano
Índico, engolindo cidades e ceifando 230 mil vidas. Em 1970, o ciclone Bhola
devastou Bangladesh e a Índia, arrasando aldeias inteiras e matando entre 300
e 500 mil pessoas (sujeitos a contestação, esses dados eu busquei na internet).
Mas a maior de todas as tragédias talvez tenha sido a Peste Negra, pandemia que teria ceifado a vida de até 200 milhões de pessoas no século XIV.
Tragédias dessa magnitude deveriam nos fazer lembrar de que a vida na Terra "nunca foi para amadores".
Mas, se a Natureza já é capaz de tamanha
crueldade, acontecimentos recentes cada vez mais me convencem de que o mundo está doente, que a espécie humana está doente, que o miasma das atrocidades, maldade e
desatino está contaminando e se espalhando por todo lugar, tornando o planeta um lugar cada vez mais desagradável para se viver.
Notícias absurdas e inacreditáveis se acumulam, e é impossível
aceitar com naturalidade que a esposa do presidente da França precise provar
que não nasceu homem em um processo de calúnia e difamação movido contra uma
influenciadora americana (de direita) que divulgou essa notícia. Tudo isso porque, nos EUA, autores de
processos de difamação precisam demonstrar a “malícia real” do acusado.
Sinceramente, dá até para torcer para que a
americana filha da puta tenha razão. Assim, a primeira-dama francesa poderia responder
com ironia:
- “Você está certa, vem cá pagar um boquete para mim”.
Época doentia!
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