quinta-feira, 4 de setembro de 2025

FRASES DO VERÍSSIMO

 

Mais uma homenagem a meu ídolo Luis Fernando Veríssimo. E uma frase mereceu ser colocada em destaque.

Eu desconfio que a única pessoa livre, realmente livre, completamente livre, é a que não tem medo do ridículo.

A verdade é que a gente não faz filhos. Só faz o layout. Eles mesmos fazem a arte-final.

É "de esquerda" ser a favor do aborto e contra a pena de morte, enquanto direitistas defendem o direito do feto à vida, porque é sagrada, e o direito do Estado de matá-lo se ele der errado.

Às vezes, a única coisa verdadeira num jornal é a data.

A sintaxe é uma questão de uso, não de princípios. Escrever bem é escrever claro, não necessariamente certo. Por exemplo: dizer "escrever claro" não é certo mas é claro, certo?

No Brasil o fundo do poço é apenas uma etapa.

Só acredito naquilo que posso tocar. Não acredito, por exemplo, em Luiza Brunet.

Quando o casamento parecia a caminho de se tornar obsoleto, substituído pela coabitação sem nenhum significado maior, chegam os gays para acabar com essa pouca-vergonha.

Muitas mulheres consideram os homens perfeitamente dispensáveis no mundo, a não ser naquelas profissões reconhecidamente masculinas, como as de costureiro, cozinheiro, cabeleireiro, decorador de interiores e estivador.

Brasil: esse estranho país de corruptos sem corruptores.

Nunca usei bombacha, não gosto de chimarrão e nem de me lembrar da última vez que subi num cavalo. Aliás, o cavalo também não gosta.

Com esse negócio de clonagem, já estou me sentindo um disco de vinil.

Você é o seu sexo. Todo o seu corpo é um órgão sexual, com exceção talvez das clavículas.

Quando a gente acha que tem todas as respostas, vem a vida e muda todas as perguntas.

O futuro era muito melhor antigamente.

Os tristes acham que o vento geme; Os alegres acham que ele canta.

O mundo não é ruim, só está mal frequentado.

Resignemo-nos à ignorância, que é a forma mais cômoda de sabedoria.

Você só sabe até onde pode ir quando já foi.

Vivemos cercados pelas nossas alternativas, pelo que podíamos ter sido.

Desenvolvi uma mente defensiva como um condomínio fechado. Uma mente com guarita, que abate qualquer inimigo na porteira.

Mas, como em tudo na vida, no amor também é preciso moderação.

Ironia tem que ser entendida como ironia, senão não é ironia.

Não sei para onde caminha a humanidade. Mas, quando souber, vou para o outro lado.

O outono é a única estação civilizada. A primavera é descontrole glandular da Natureza. O inverno é o preço que a gente paga para ter o outono, e por isso está perdoado. O verão é uma indignidade.

Passamos a vida inteira nos preparando para nossa morte e quando ela vem não podemos assistir.

A gente não faz aniversários. Os aniversários é que vão fazendo a gente. E depois, pouco a pouco, nos desfazendo.

Nosso dilema continua sendo que só nos livramos da morte livrando-nos do corpo e só nos livramos do corpo morrendo.

Ninguém é o que pensa que é, muito menos o que diz que é. Precisamos da complicação para nos definir. Ou seja: ninguém é nada sozinho, somos o nosso comportamento com o outro.

Ninguém é o que parece ou o que aparece. O essencial não há quem enxergue.

Nada como uma boa conversa para se encontrar a solução de qualquer coisa, mesmo a insanidade.

Escrevi uma vez que era um cético que só acreditava no que pudesse tocar: não acreditava na Luiza Brunet, por exemplo. Cruzei com a Luiza Brunet num dos camarotes deste Carnaval. Ela me cobrou a frase, e disse que eu podia tocá-la para me convencer da sua existência. Toquei-a. Não me convenci. Não pode existir mulher tão bonita e tão simpática ao mesmo tempo. Vou precisar de mais provas.

2 comentários:

DÁ-LHE, BARROSÃO!

  Barroso diz que julgamento no STF é sobre provas e não disputa política Presidente do Supremo Tribunal Federal Segundo ele, diferentemente...