domingo, 7 de setembro de 2025

DOIS EM UM

Este post é um híbrido, um "dois em um", pois reúne conteúdos produzidos em dois momentos distintos. E a culpa disso são as manifestações da extrema direita no dia de hoje. Manifestações previsíveis, mas muito irritantes, pois depois de ver milhares de pessoas vestidas de verde amarelo pedindo a intervenção dos Estados Unidos, estendendo bandeiras daquele país, pedindo ou exigindo anistia para isso ou aquilo, cheguei à conclusão que essa gentinha e eu não moramos no mesmo país, pois fica a sensação de que desejam  transformar o Brasil em mais um protetorado americano. 

Por isso, pedi ao ChatGPT para fazer a caricatura de um burro ou jumento vestido com a camisa da seleção brasileira, usando antolhos (viseiras) com as cores da bandeira americana.  Só que a mula dessa IA resolveu inventar e, em lugar de antolhos, colocou óculos no desenho. Acho que ela é tão burra quanto quem se dispôs a atender à convocação do Silas Mala.



E agora o texto que estava guardando há algum tempo. Lembrando-me das críticas políticas feitas pelo Millôr Fernandes, pedi à IA do Google para explicar/informar qual era a ideologia do humorista. E saiu o texto abaixo transcrito. E porque resolvi publicá-lo? Porque eu penso exatamente como o Millôr pensava, o que me fez ser chamado de "isentão" e de "duplipensar", ofensas que me deram vontade de responder, dizendo que “isentão é a puta que pariu”. E a resposta para a acusação de duplipensar não tornarei pública, por estar relacionada ao aparelho escretor da progenitora de quem disse isso. Mas vamos ao texto:

Millôr Fernandes não se encaixava em rótulos de esquerda ou direita, sendo considerado um individualista indomável e defensor do bom senso. Ele era conhecido pelo seu humor crítico e por expressar um espírito independente, mais do que por alinhar-se a um lado específico do espectro político. As razões para essa visão de Millôr são:
- Independência e Bom Senso:
A principal característica apontada por quem o conhecia era a sua abordagem baseada no bom senso e em um individualismo marcante, que o colocava acima das convenções políticas. 
- Crítica Aos Extremos:
Millôr criticava figuras políticas e a própria estrutura de Brasília, demonstrando um distanciamento das ideologias partidárias e uma visão mais crítica da sociedade. 
- Foco na Arte e Humor:
A obra de Millôr Fernandes, incluindo seu humor gráfico e crônicas, era sua principal forma de expressão, analisando a sociedade e não se limitando a uma agenda política específica.
 
Bacana, não? Lendo o livro "A Bíblia do Caos" (até hoje não terminei o livro que recebi de presente do titular do blog "A Marreta do Azarão"), descobri um Millôr muito mais humano do que eu desconfiava: presunçoso, revoltado, complexado, vaidoso e mais uma penca de defeitos e qualidades que não vem ao caso detalhar. Mas, para mim, o maior defeito do Millôr foi pensar livremente, sem cercas nem restrições. Como ele mesmo disse, "os pássaros voam porque não têm ideologia". Ah, Millôr!







 
 

 

 

 


2 comentários:

  1. Quando um ministro do Supremo diz em público que "vencemos o Bolsonarismo" é que vemos que nossas instituições estão capenga. Desde quando ministro do STF deveria se envolver em questões políticas? E a famosa frase que ele mandou para um manifestante "Perdeu, mané"? A frase fica mais interessante porque uma mulher no 8 de dezembro tomou 14 anos de cana por escrever com um baton na estátua da justiça, exatamente, o "perdeu, mané" do Barroso...
    Não vivemos em tempos interessantes?
    A turma da direita não é homogênea. Nela estão os mais radicais, aqueles que ficariam felizes se tivesse vingado o golpe que o Bolsonaro pensou em dar mas deu foi pra trás , tanto quanto aqueles apenas conservadores, não adeptos das pautas identitárias defendido pelo governo Lula. E todos são contra o socialismo, o distanciamento de Lula dos EUA e seu alinhamento político (não só econômico) com países como Irã, China e Rússia, aquela idiotice de mudar o dólar como moeda padrão do comércio mundial, etc.
    Lula está levando o Brasil por um caminho perigoso, creio eu.

    Quanto ao Millor, perfeita sua posição. Jornalistas, humoristas e artistas deviam ficar à margem da disputa política para poderem transitar onde fosse, mas hoje em dia isso já não existe, todo mundo tem lado.

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    1. Acho que eu não tenho lado, pois odeio tanto os bolsonaristas quanto os idiotas do PT. E quanto aos ministros do STF, acredito que falam demais e têm convicções que deveriam silenciar um pouco. De um grupo onde existe até um ministro "terrivelmente evangélico", pode-se esperar de tudo. Mas creio nem nos EUA a balança da justiça está bem calibrada. Por odiar profundamente o Bolsonaro e sua gangue, eu até acho bom um pouco de passionalismo no STF. Só para esclarecer mais, a direita radical fez com que eu me afastasse da direita, tal o horror que senti e sinto pelo que essa gentalha faz e diz. Mas não chego ao ponto de abraçar a esquerda. Por isso disse que me identifico com o Millôr. Resumindo, eu sou é de Marte, não me identifico com nada nem com ninguém.

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