Vou usar uma palavra da moda: “icônica”. Algumas
manifestações artísticas são tão icônicas
que inspiram novas abordagens e releituras, até mesmo em desenhos animados. Um
episódio dos Simpsons recriou a cena
final do filme “Dr. Strangelove or: How I
Learned to Stop Worrying and Love the Bomb”, em que um piloto texano de
bombardeiro – que tem como missão jogar uma bomba atômica sobre a Rússia –, desce
montado nela, de chapelão na mão, como se estivesse em um rodeio. O filme, estrelado
por Peter Sellers, é hilariante. Essa mesma cena foi reproduzida nos Simpsons,
mas quem monta a bomba é o Hommer.
A manifestação mais recente aconteceu com uma
obra do grafiteiro misterioso Banksy, tornada icônica por se autodestruir
depois de ser vendida em leilão por uma grana respeitabilíssima. A compradora,
demonstrando seu tino comercial, disse que ficaria com ela assim mesmo. Provavelmente a obra irá se valorizando cada
vez mais. E foi aí que entrou um francês supercriativo (fiquei com inveja!) e fez
sua releitura super irônica. Achei tão bacana que resolvi postá-la no Blogson, um blog que
tem especial apreço por releituras. Olhaí.
Parece que o valor pago pela obra, agora semidestruída, já foi duplicado. É muita viadagem pro meu gosto.
ResponderExcluirMas chamou-me atenção o seu título (lá vem besteirol e nonsense), fazendo alusão, acredito, a Machado de Assis, falando pela boca de Quincas Borba : ao vencedor, as batatas.
Pois nada me tira da cabeça - um dia ainda vou encontrá-lo, colocá-lo contra a parede e fazê-lo confessar - que Evandro Mesquita, o líder da banda Blitz, usou essa mesma referência quando, na letra da clássica "Você não soube me amar", disse : OK, você venceu, batata frita!
A vantagem de ter amigo culto é esta: saber a origem da frase famosa. Eu realmente me baseei nessa frase para o título, mas não sabia sua origem. Quanto ao Evandro, é uma possibilidade. Como ele é um gozador, talvez confirme - mesmo sendo mentira, ou desminta - mesmo se for verdade.
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