terça-feira, 31 de julho de 2018
segunda-feira, 30 de julho de 2018
HISTÓRIA DE TERROR
Vira e mexe alguém me pergunta se tenho
whatsapp e fica horrorizado quando meneio a cabeça de forma negativa. Quando o
espanto passa dos limites, faço a seguinte pergunta:
-
"Quer que eu te conte uma história de terror?" Sem dar ao incauto
nenhuma chance de resposta, começo:
- Vou te contar uma história de terror: eu
usava um celular “movido a carvão”, de tão antigo que era. Um dia minha mulher
me deu de presente um smartphone
bacanaço, grandão. Fiquei pensando como carregar aquele tijolo, pois percebi
que não daria para colocá-lo no bolso da frente da calça jeans (só uso jeans),
justamente pelo tamanho.
Ai lembrei-me de ter visto as jovenzinhas com
o smart enfiado na bunda, ou melhor,
no bolso de trás da calça jeans. Imaginando que devia ser esse o melhor lugar,
coloquei o tijolo no bolso de trás e
entrei no carro. Foi sentar e quebrar. Minha mulher ficou puta da vida e disse
que nunca mais me daria um celular novo. Resultado: fiquei sem celular, pois
não valia a pena pagar o preço pedido para o conserto.
Tempos depois, minha mulher resolveu trocar
de celular e me repassou o antigo. Quando fui colocar meu chip original,
descobri que ele era grande e teria que ser cortado ou trocado por um que fosse
compatível com o modelo . Obviamente que eu jamais aceitaria cortar o chip
original (principalmente por não saber que isso não afeta o funcionamento). Por
isso, dirigi-me a uma loja Oi.
O atendente perguntou o número do meu celular
para consultar sei lá o que. Em seguida, olhando-me com cara de quem interroga
um suspeito de assassinato, perguntou-me:
-
"Quem é Fulana?"
Pego de surpresa, disse que não fazia a menor
ideia. Diante da resposta, o investigador disse que não poderia fazer a troca
para mim, pois o telefone estava registrado em nome de "Fulana". Repeti que não sabia de
quem se tratava e perguntei o sobrenome.
-
"Não podemos informar".
Perguntei então o que fazer.
-
"A solução é o senhor comprar outro chip".
- Se
essa é a solução, dê-me outro chip.
-
Estamos em falta, senhor. Mas na lotérica ali eles vendem.
Bastante puto, fui lá, comprei um chip e pedi
a meu filho para fazer sua instalação (ou habilitação, sei lá).
- Pai,
o número desse chip é tal, tal tal. Você quer que mude para outro mais fácil de
memorizar?
- Não,
pode deixar esse mesmo. (Essa foi uma resposta sem noção).
Para encurtar a conversa: o celular está
sempre mudo e esquecido em algum canto, pois nunca consegui memorizar o novo
número, a bateria está sempre sem carga (entendeu agora por que minha mulher
trocou de aparelho?) ou esqueço-me de colocar crédito (pré-pago). Por isso,
quando alguém me pergunta se tenho whatsapp, respondo:
- “Quer
ouvir uma história de terror?”
Bem, imagino que meus 2,3 leitores estarão
aflitos para saber quem é “Fulana”.
Depois de muito pensar, chegamos à conclusão que “Fulana” seria a funcionária que registrou o chip original, antes de
nos dar um celular como brinde pela compra de uma secadora de roupas. O detalhe
mais bizarro é que esse aparelho tinha a cor “azul bebê” e na tela, em lugar de “Oi”, “Tim” ou outra
operadora qualquer, aparecia o nome “Xuxa”.
Como diz meu amigo Marreta,
- “Pããããããta
que o pariu!!!”
domingo, 29 de julho de 2018
HARPIAS
Celeno - a obscura, Aelo - a borrasca e Ocípite - a rápida no voo
Eram cruéis e violentas
Por onde passavam, causavam a fome
Espalhavam um cheiro pestilento
Celeno, Aelo e Ocípite
Eram as harpias gregas
Desprezo – que apequena
Melancolia – que intoxica
Intolerância – que afasta
Medo – que paralisa
Rancor – que envenena
Depressão – que destrói
Ódio – que mata
Desprezo, Melancolia, Intolerância, Medo, Rancor, Depressão e Ódio
São as harpias modernas
Hoje e sempre
Sempre, sempre...
sábado, 28 de julho de 2018
sexta-feira, 27 de julho de 2018
SÓ UM CHUTE - A REVANCHE
Eu não poderia perder a oportunidade de
transformar um agradecimento em novo post. E a explicação para isso está no
final deste texto. Tentando manter alguma ordem mental, posso dizer que não
houve intenção de atrair a piedade de ninguém com as “chorumelas” derramadas no post “Só
um chute”.
Um ex-colega disse uma vez que eu sou muito
severo comigo mesmo, mas acho normal me autodepreciar, pois o que eu sempre
desejo é acertar na mosca, não só atingir o alvo, sacou? Além disso, como já
disse anteriormente, agindo assim acabo poupando o tempo das pessoas que
poderiam ou desejariam me criticar ou depreciar.
Eu precisava dizer mais duas coisas no texto
já citado, mas acabei me esquecendo. Por isso, preciso desta segunda parte ou
adendo. A primeira é que acho o máximo ter dois leitores tão ou mais (muito
mais) descompensados que eu. Acho que nem preciso identificá-los, pois “boi preto, etc.”
A segunda coisa a ser dita é que a parte que
mais me diverte é imaginar ou me lembrar das frases e observações mais banais e
dar a elas um sentido absolutamente improvável graças à sua associação fora de
contexto com imagens inofensivas encontradas na internet. E como tudo é
realizado utilizando recursos gráficos do Word, até já pensei em mudar o título
da seção “Eu não sei desenhar” para “Eu não sei desenhar (mas o Word sabe)”.
Para finalizar, a explicação de um
agradecimento ter se transformado em novo post: não sei qual seria o motivo
mais provável ou mais significativo para ter deixado de escrever textos um
pouco mais longos. Um dos motivos pode ser a falta de paciência. Talvez a causa
possa ser falta de inspiração ou de assunto. Ou, quem sabe, o fato de não ter
mais nada com um mínimo de relevância a dizer.
Mas, no fundo, no fundo, acredito que se a
melhor explicação seria a soma dessas hipóteses, eu precisaria acrescentar mais
uma: creio que a inspiração tem surgido como lampejos, como flashes ou
relâmpagos, em lugar de vir como aquela chuva que cai o dia todo. Por isso, não
há volume d’água suficiente para encher reservatórios.
Em outras palavras, minha inspiração – quando
surge – tem-se apresentado na versão “tweeter”.
E seria essa a melhor explicação para estar me dedicando mais à criação de
imagens ou frases isoladas. É tempo de estiagem, é tempo de estio (mesmo que
não seja verão).
SÓ UM CHUTE
Sempre gostei mais de gente doida que de
pessoas “normais”. “Doida” não no sentido manicomial ou psiquiátrico, mas no
sentido de alternativa, rebelde,
independente, excêntrica, “esquisita”. Talvez o motivo disso seja que “boi preto reconhece boi preto”, como diz
meu filho. Talvez ele tenha razão, pois as pessoas com quem mais gostei de
conversar sempre eram as mais estranhas, desajustadas e
"problemáticas".
Na infância, meu melhor amigo era um menino
meio estranho, graças ao fato de ter batido a cabeça em um poste ao andar no estribo do
bonde. Já adulto, criou caso com um segurança em uma exposição qualquer e
morreu com um tiro na cara. Na adolescência o melhor amigo era um neurótico
introvertido e arredio, irmão de um viciado em drogas injetáveis (no final da
vida, esse irmão só conseguia injetar droga nos pés). E a lista é longa. O
melhor chefe que tive e com quem mais me identifiquei era um sujeito brilhante
que parecia viver no limite da normalidade, tão aloprado que era. Talvez por
isso, pelo desprezo pelos padrões e "verdades" pré-estabelecidas, uma das
palavras mais definidoras de minha personalidade seja a expressão “por quê?”.
Meu pai dizia que “só bobo e caititu andam em bando”. Mesmo sendo verdadeiramente
bobo, nunca gostei de andar em bando ou manada nem de pensar de forma bitolada.
Eu sei que “manada” está errado, pois sendo o caititu (Pecari tajacu) um
primo do porco (Sus domesticus), o coletivo correto seria “vara”, mas “andar em vara“ não é minha praia, pois
não me chamo Lulu nem meu sobrenome é Santos (fraquinha!).
Qual o motivo de estar
falando essa goma? A explicação é a série “a
kick in the balls” ora em andamento. Em dia de depressão mais acentuada
surgiu a ideia de fazer um desenho que brincasse com essa sensação.
Inicialmente pensei em dois bonecos conversando sobre um terceiro com aparência
de ter sido esticado no pau de arara. Mas não estava com paciência de fazer
meus desenhos toscos. Por isso, pensei no non-sense de duas bolas conversando sobre uma terceira, toda
esticada. O humor não era a tônica, pois o desenho apenas radiografava meu
estado mental.
O segundo post da série
ainda ficou na linha deprê, mas, como gostei de explorar o minimalismo das
formas, saiu o terceiro post, já com a pretensão de exercitar a criatividade e tentar
fazer humor (tão minimalista quanto as formas escolhidas).
E era aqui que eu queria
chegar: eu tenho plena consciência que meus posts não tem nada de engraçado, de
espetacular nem genial. Mas eu me divirto tanto ao fazê-los que acabam mesmo
virando uma série temática (ou monotemática). E a graça que tento alcançar é
fruto da associação improvável de objetos ou formas inanimados com situações, frases e
expressões do cotidiano real.
Aliás, esse foi o motivo de
ter adotado a palavra “cotidiano” para os primeiros posts. Como os personagens
dessa série são bolas e sabendo que “balls” é o equivalente vulgar em inglês
para “saco”, procurei no Google a tradução mais próxima para “um chute no saco” (“a kick in the balls”), que se tornou o título definitivo. Jogo de
palavras típico das gracinhas Jotabê.
E já com as bolas (sem duplo
sentido, por favor) como personagens, tentei imaginar todas as situações
possíveis em que poderiam ser encontradas, criando frases e diálogos que
desconstruíssem a origem real das imagens surgidas. Só não consegui criar um diálogo
que envolvesse o satélite natural da Terra. Talvez a melhor explicação seja o
fato de já viver sempre com a cabeça no mundo da lua (mais uma gracinha
Jotabê).
quinta-feira, 26 de julho de 2018
quarta-feira, 25 de julho de 2018
terça-feira, 24 de julho de 2018
segunda-feira, 23 de julho de 2018
domingo, 22 de julho de 2018
QUERIDO DIÁRIO!
Estou em um estágio da vida aonde as
sensações e emoções parecem se atropelar o tempo todo. Talvez por isso os
perrengues próprios da idade fiquem mais intensos. E isso vale tanto para perrengues
físicos como mentais. Nunca é demais lembrar existência de uma hipocondria leve
e uma acentuada inclinação para o drama, para o exagero. É curioso estar
dizendo isso agora, pois pareço estar respondendo uma pergunta que não foi formulada.
Mas assim é minha mente.
O que sei (ou não sei, na verdade) é que às
vezes bate uma depressão mais pesada, assalta-me um medo difuso que, unido a
sintomas físicos aos quais nunca teria dado atenção antes torna minha vida uma
coisa meio difícil de suportar. É quando bate uma vontade de estar morto. Não
sei por que estou dizendo isso, mas gosto de registrar minhas emoções
correntes. Talvez por estar esquecendo muito rapidamente fatos e coisas ocorridas
recentemente (mau sinal!).
Por exemplo, hoje cismei que posso estar
prestes a ter novamente uma tromboflebite na perna esquerda, pois a virilha
está queimando sem sinal visível de alergia, irritação ou vermelhidão do lugar.
Resultado: comecei a tomar um AAS infantil para “ralear” o sangue, na tentativa
de prevenir ou dissolver algum coágulo excursionista. Por outro lado, não me
lembro do que senti há um mês. Resumindo: velhice é foda e a vontade/
necessidade de desabafar nunca passa.
Mas ir a um médico para tirar a cisma da má
circulação, nem pensar. E o motivo é o receio de não me deixarem sair do
hospital se efetivamente existir o risco de um coágulo metido a turista.
Afinal, isso já aconteceu antes e não foi legal. Em síntese, esta é uma mensagem na garrafa ou página
do diário inexistente de Jotabê. A vantagem é que basta um copicola para que se tenha pronta a
página de amanhã.
sábado, 21 de julho de 2018
A KICK IN THE BALLS - 01
Nem todo desenho é necessariamente engraçado.
Para mim, os "não-desenhos" que crio com formas do Word são registros
de impressões ou ideias que surgiram em minha mente. E podem ou não ser
engraçados (para mim, obviamente!). Este, por exemplo, embora com alguma criatividade (em minha opinião!),
não tem graça nenhuma para mim. A propósito, manja corda de violão? Pois é...
quinta-feira, 19 de julho de 2018
terça-feira, 17 de julho de 2018
domingo, 15 de julho de 2018
sexta-feira, 13 de julho de 2018
IPSIS LITTERIS
Litteris,
letras,
Matéria-prima das palavras
Manifestação artística
Literatura
Literatura de má qualidade
Pretensiosa
Literatismo, literatice
Blogson Crusoe
Blogson Crusoe
quinta-feira, 12 de julho de 2018
TIRANDO O BLOG DE DENTRO DO BLOG
Um dos contos mais divertidos escritos pelo
Monteiro Lobato é “O colocador de
pronomes”, que conta a história de Aldrovando
Cantagalo, que nasceu em virtude de um erro de gramática e morreu em
consequência de outro. A título de curiosidade, foi com a leitura desse texto que
aprendi o uso da partícula apassivadora, mas não vou dar um spoiler disso. O que importa é que o
gramático escreveu um tratado de português que não interessou a nenhuma editora.
Exasperado, resolveu ele mesmo bancar os custos de impressão do primeiro volume.
E a história vai por aí.
E a pergunta que ninguém fará é: Por qual
motivo estou falando disso? Pelo simples motivo de estar às voltas com a
escolha, ordenação e diagramação de posts publicados nesta bagaceira, para
impressão. Trocando em miúdos: já que poucas pessoas acessam o Blogson, resolvi
tirar o blog de dentro do blog, materializar o melhor do “peor”, expor textos
e “desenhos” à luz do sol.
Os mais afoitos poderão indagar “Mas para que isso, criatura?” Ou “Deixa de viadagem, Jotabê!” A resposta
para isso é o desejo de ver impresso em formato caderno uma seleção dos posts
mais bem sacados (na minha opinião!). E, se o resultado ficar bom, dar de
presente (de grego) para algumas pessoas. Isso tem tomado tanto tempo, que
estou sem inspiração ou vontade de escrever coisas novas para postar no blog. E
há surpresas também, pois descobri algumas coisas bem legais no meio do lixão
(sabe como é, sou um pai amoroso...). Por isso, fica aqui a sugestão: Blogueiros do meu Brasil, na falta
momentânea ou definitiva de inspiração, venham para a luz! Peraí, isso é
Poltergeist! Falando sério, fica a sugestão: releiam seus posts, separem os atemporais
e, dentre eles, os que mereceriam ser transportados para o “mundo real”. É
diversão garantida, podem acreditar.
ULTIMATO - BOB TOSTES & MARCELO GAZ
Em BH existe há décadas uma emissora de rádio
pública pertencente ao estado de Minas Gerais. A
versão FM atende pelo nome “Brasileiríssima”, pois só toca música brasileira.
Por ser estatal, dá-se ao luxo de divulgar (irradiar?) músicas e intérpretes que
ninguém ou quase ninguém conhece.
Outro dia ouvi uma música 100% mineira que nunca tinha ouvido e achei totalmente demais. Custei para
encontrar no Youtube, pois o intérprete e compositor também é pouquíssimo
conhecido. Mas é bem legal. Olhaí.
quarta-feira, 11 de julho de 2018
RECEITA DE PRESIDÊNCIA
Hoje em dia, o que tem de reality show culinário não é normal. Na
TV aberta ou nos canais por assinatura; de manhã, tarde, noite ou madrugada. Por
isso, talvez intoxicado pela exposição prolongada a ingredientes cozidos,
assados, fritos, refogados ou crus combinados nas formas mais bizarras ou
atraentes, fiquei pensando que as próximas eleições lembram um pouco esse tipo
de disputa, porque enquanto os competidores mais fracos ou despreparados vão
ficando pelo caminho, o chef de
melhor desempenho ganha o prêmio e a glória. Além disso, cada candidato tem sua
própria receita e usa as técnicas que melhor domina.
Por essas e por outras (falta do que dizer),
resolvi elaborar uma receita para fazer uma avaliação prévia de cada um dos
mais de vinte pré-candidatos. Confere aí.
RECEITA DE PRESIDÊNCIA
Ingredientes:
- Educação
- Saúde
- Segurança pública
- Melhoradores/ aeradores
Preparo:
A primeira providência é fazer um
levantamento dos ingredientes da despensa e listar o que está em falta. Como
esta receita é delicada, deve-se tomar muito cuidado para não desandar.
Produtos de segunda linha ou em quantidades insuficientes estragam a receita.
A melhor técnica sugere que se faça um
planejamento detalhado da utilização dos recursos existentes. Nessa hora o uso
de balança (de pagamentos) é obrigatório, não dá para improvisar. E de nada
adianta afobar-se para mostrar resultado.
Nunca é demais lembrar que receitas
sofisticadas exigem gastos elevados. Entretanto, se a conta corrente estiver
com saldo pequeno, o melhor a fazer é escolher uma versão mais simples e cortar
gastos supérfluos, pois o uso de cheque especial deve ser evitado a todo custo.
Há ingredientes absolutamente fundamentais e
necessários para a qualidade da receita, mas existem chefs que não dão valor ou
até mesmo os desprezam. Liberdade irrestrita de expressão e ética são
ingredientes que devem ser usados de forma abundante, quantum satis, pois são
melhoradores indispensáveis à leveza e sabor do resultado final. A forma
escolhida deve ser forrada com o equilíbrio das contas públicas, para não agarrar.
E o forno, independente da marca, deve ser sempre ajustado para temperatura
moderada, pois temperaturas elevadas queimam o produto.
terça-feira, 10 de julho de 2018
BONITO, HEIM?
Tenho me desligado um pouco do Blogson graças a um desejo secreto que vinha alimentando há tempos: fazer uma revista com os desenhos postados no blog. Nunca imaginei que diagramar alguma coisa daria tanto trabalho! Em compensação, como não tenho software adequado nem experiência na área, tenho me divertido pra caramba tentando organizar as imagens para ser impressas em formato A5.
Qual o prazer ou sentido prático de uma idiotice dessas?, pensarão os 2,3 leitores. A primeira vantagem é tátil, é ver como as bobagens que imaginei se comportarão no mundo real, no papel. A segunda é dar uma cópia de presente (de grego) para cinco ou seis pessoas. Se o resultado ficar bom, pretendo estender a experiência para os “diálogos de spamtar” e depois para os contos e poemas. Vaidade descontrolada? Claro que é. Por isso, tenho deixado de pensar em novos posts e assuntos. Para não deixar passar muito tempo sem nova postagem, resolvi reciclar uma brincadeira que fiz no facebook, reproduzida a seguir:
Li na VEJA que “os brasileiros investem mais em beleza do que em educação”. Segundo
a revista, nós estamos entre os povos mais vaidosos do mundo. E de acordo com pesquisa
do instituto Gallup, “61% da população
considera a aparência física o fator mais importante para o sucesso”.
Desse jeito, se o filhão afundar nas provas,
pisar no tomate, mijar fora do penico e o pai, puto da vida, disser “- Que bonito, heim?”, é capaz de ouvir do
herdeiro um “- Brigado, paizão!”. É ruim!
sexta-feira, 6 de julho de 2018
quinta-feira, 5 de julho de 2018
(H)ELA, AFINAL - A MARRETA DO AZARÃO
Às vezes o Medo, a Tristeza, o Cansaço, o Desânimo, a Desesperança.o Desencanto, a Depressão e mais um bando de sentimentos negativos se encontram, se juntam, transformando-se em uma "turma da zona norte", gangue do mal, macro-molécula do desalento - que nos ataca, que se instala sem cerimônia em nossa mente. Nessas horas surge o desejo de que a Vida passe rápido, de que a "indesejada das gentes" não demore a chegar. Mas de repente, essa sensação muda e o céu fica lindo e sem nuvens. E la nave va.
Olha que magnífico poema:
Que a Morte me chegue
Como a vida sempre me veio,
Inesperada, sem planos
Sem nada falar.
Que a Morte me seja
Como a vida sempre me foi,
Sem hora marcada, sem compromissos
Sem avisar.
E que venha me buscar
Depois de um banho
Quando eu ainda estiver com o cabelo molhado
Despenteado, esparramado pela testa.
Simplesmente bata à minha porta
E diga,
" - Vamos, estamos atrasados para a
festa."
CANTO PARA A MINHA MORTE - RAUL SEIXAS
Não ouvi a música ainda, mas a letra é impressionante. Olhaí.
Eu sei que
determinada rua que eu já passei
Não tornará a
ouvir o som dos meus passos.
Tem uma revista
que eu guardo há muitos anos
E que nunca mais
eu vou abrir.
Cada vez que eu me
despeço de uma pessoa
Pode ser que essa
pessoa esteja me vendo pela última vez
A morte, surda,
caminha ao meu lado
E eu não sei em
que esquina ela vai me beijar
Com que rosto ela
virá?
Será que ela vai
deixar eu acabar o que eu tenho que fazer?
Ou será que ela
vai me pegar no meio do copo de uísque?
Na música que eu
deixei para compor amanhã?
Será que ela vai
esperar eu apagar o cigarro no cinzeiro?
Virá antes de eu
encontrar a mulher, a mulher que me foi destinada,
E que está em
algum lugar me esperando
Embora eu ainda
não a conheça?
Vou te encontrar
vestida de cetim,
Pois em qualquer
lugar esperas só por mim
E no teu beijo
provar o gosto estranho
Que eu quero e não
desejo,mas tenho que encontrar
Vem, mas demore a
chegar.
Eu te detesto e
amo morte, morte, morte
Que talvez seja o
segredo desta vida
Morte, morte,
morte que talvez seja o segredo desta vida
Qual será a forma
da minha morte?
Uma das tantas
coisas que eu não escolhi na vida.
Existem tantas...
Um acidente de carro.
O coração que se
recusa abater no próximo minuto,
A anestesia mal
aplicada,
A vida mal vivida,
a ferida mal curada, a dor já envelhecida
O câncer já
espalhado e ainda escondido, ou até, quem sabe,
Um escorregão
idiota, num dia de sol, a cabeça no meio-fio...
Oh morte, tu que
és tão forte,
Que matas o gato,
o rato e o homem.
Vista-se com a tua
mais bela roupa quando vieres me buscar
Que meu corpo seja
cremado e que minhas cinzas alimentem a erva
E que a erva
alimente outro homem como eu
Porque eu
continuarei neste homem,
Nos meus filhos,
na palavra rude
Que eu disse para
alguém que não gostava
E até no uísque
que eu não terminei de beber aquela noite...
Vou te encontrar
vestida de cetim,
Pois em qualquer
lugar esperas só por mim
E no teu beijo
provar o gosto estranho que eu quero e não desejo,mas tenho que encontrar
Vem, mas demore a
chegar.
Eu te detesto e
amo morte, morte, morte
Que talvez seja o
segredo desta vida
Morte, morte,
morte que talvez seja o segredo desta vida
terça-feira, 3 de julho de 2018
DAVI
- E aê? Qual a novidade?
- Rapaz, ao me ver de corpo inteiro no
espelho, descobri que lembro muito o Davi de Michelangelo.
- Com essa barriga? Pirou?
- Pode acreditar!
- Fumou orégano? Cheirou uma carreira de
toddy?
- Olha só esta foto: tudo bem que meu rosto não tem os
traços perfeitos da estátua, nem minha barriga é trincada como a do Davi, mas
um detalhe anatômico é igualzinho, principalmente no tamanho!
SÚPLICE
Alegria, não mais te reconheço
Medo, afaste-se só um pouco
Tristeza, não aguento mais
Medo, afaste-se só um pouco
Tristeza, não aguento mais
Saudade, não se aproxime
Dor, por favor, já basta
Vida, não mais te quero bem
Dor, por favor, já basta
Vida, não mais te quero bem
E Você, Você
Que está a me espreitar,
Não se acanhe, pode chegar...
Que está a me espreitar,
Não se acanhe, pode chegar...
domingo, 1 de julho de 2018
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ESTRELA DE BELÉM, ESTRELA DE BELÉM!
Na música “Ouro de Tolo” o Raul Seixas cantou estes versos: “Ah! Mas que sujeito chato sou eu que não acha nada engraçado. Macaco, praia, ...
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Este post serve para divulgar as três obras primas publicadas por este blogueiro na Amazon.com.br . E são primas só pelo parentesco, pois...
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Esperando que ninguém tenha "fugido para as montanhas", apresento mais uma música fruto da parceria Suno-Jotabê (o compositor se...
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Recebi de minha mulher um vídeo onde a atriz Alessandra Maestrini lê o texto transcrito a seguir. Alessandra Maestrini é a intéprete da hilá...