Este é um comentário, uma resposta que acabou virando novo post. Taí, este texto é um(a) respost! Que acha, Marreta?
Não entendo de aquários e detesto gaiolas.
Sempre achei abominável a visão de pássaros engaiolados; nunca consegui aceitar
que alguém aprisione passarinhos só por gostar de seu canto, suas cores, sei lá
que mais. Os pássaros jamais deveriam ser aprisionados em gaiolas. Os
defensores dessa crueldade argumentam que os canários e seus companheiros de
infortúnio morreriam se fossem soltos, pois “estão acostumados” com a falta de
liberdade. Comovente! Então, por que foram capturados e presos?
Uma vez eu li que as aves em geral têm um “espaço vital” ou território, cada
espécie com um tamanho ou abrangência diferente. As aves de rapina
têm quilômetros quadrados para chamar de seus. Pássaros pequenos movimentam-se
em espaços menores. Mas nada comparado com gaiolas.
Eu fui uma criança engaiolada e sei o quanto
foi estranho ver a porta abrir-se um pouco. Talvez nunca tenha conseguido abandonar as
gaiolas em que fui entrando ao longo da vida. É por isso que eu digo: “Abaixo as gaiolas!”
Sou contra gaiolas, estejam elas com
animaizinhos indefesos ou aprisionando nossas vidas, nossos sonhos e emoções. Sentir-me
livre algumas vezes, ainda que fossem sensações fugazes, tornou-me um defensor
perpétuo da Liberdade. (Acho que me entusiasmei demais. Está frio agora, talvez
seja melhor entrar de novo e fechar bem a porta...)
Respost é muito bom, e infame, como sempre.
ResponderExcluirEu sempre fui uma criança e um adolescente muito tímido, muito engaiolado, só não sou um adulto assim porque sou obrigado a trabalhar e a conviver minimamente com as pessoas.
Acho que quando me aposentar - se é que isso virá a acontecer com todas essas mudanças - voltarei de vez à minha gaiola, mas ela é uma opção minha, o que, claramente, não é o caso dos bichinhos.
Meu filho ganhou, há uns meses, dois peixes de briga de uma amiga da esposa; me coloquei contra, ainda mais que tais peixes nem podem viver na companhia de outros, têm de viver separados um do outro em pequenos cubículos de vidro, mas fui voto vencido; aliás, nem voto fui, nem consideram, a gente vai ficando mesmo invisível com a idade.