domingo, 18 de dezembro de 2016

MINHA

Minha casa é minha propriedade
Registrada e autenticada no cartório de imóveis

Minha casa é uma fortaleza murada
Que me protege dos perigos do mundo exterior

Minha casa é meu lar
Pois nela posso encontrar as pessoas que amo

Minha casa é o refúgio e esconderijo
Em que tento esquivar-me dos meus medos e pesadelos

Minha casa é meu claustro
Onde vivo atormentado por meus erros, culpas e omissões

Minha casa é u'a masmorra
Que me separa das ilusões e sonhos passados

Minha casa é a sepultura
Onde, a cada dia, enterro uma parte do que sobrou de mim

Minha casa...
De que adiantará se você não estiver nela comigo?

7 comentários:

  1. Obrigado, mas fica muito aquém da sua "Dodecassílaba". Os três últimos versos ficaram espetaculares. Ia comentar no Marreta, mas você chegou primeiro. Só hoje eu li, pois tenho ficado um pouco distante da Web. Valeu!

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    1. Tb achei, JB. Os três últimos ficaram "supimpa" como vc diz, mas sem os demais não chegava lá, né. Tá poeteiro hoje.
      "J"

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    2. Há uma palavra de som parecido que seria mais indicada para definir minha situação hoje, pois este texto está "em construção", pois algumas frases não estão me agradando. Eu tento modificá-las, mas esse vai e vem não leva a nada que preste.

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    3. Também fico tentado a mudar alguns textos ou poemas meus. Na verdade, acho que temos é falta do que falar, falta de inspiração, então, ficamos lambendo cada cria como se fosse a última, medo de partir para a próxima folha em branco.
      E outra : sempre que eu mudei alguma coisa, ficou pior. Resista à tentação de lapidar seus textos, JB.
      Até por que esse está, como diria o ex-ministro de alguma coisa Rogério Magri (lembra dele?), imexível. Ilapidável.

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    4. Magri, aquele que disse que "cachorro também é gente"! Lembrando as delações da Odebrecht, fico tentado a pensar que talvez ele estivesse certo.

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    5. Cachorro, definitivamente, não é gente. Para a sorte do cachorro.

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MARCADORES DE UMA ÉPOCA - 4