terça-feira, 6 de dezembro de 2016

COMENTANDO AS RECENTES - 019

Acabei de ver na TV imagens da transferência da esposa do ex-governador Sérgio Cabral para um presídio do Complexo de Bangu, onde provavelmente vestirá um uniforme simplesinho e calçará um par de sandálias de borracha, dessas bem baratinhas. Logo ela, a mulher dos sapatos Louboutin e das joias milionárias! Aí me lembrei do seu sogro.

As referências que guardo do jornalista Sérgio Cabral, pai do ex-governador do Rio, vêm do tempo d’O Pasquim, do qual foi um dos fundadores. Até onde me lembro, escrevia mais sobre música e compositores, o que não o impediu de ser um dos presos pelo regime militar e ficasse uns três meses em cana com o resto da galera do jornal. Depois que parei de comprar o velho Pasca, às vezes lia notícias sobre algum livro que acabara de lançar, geralmente biografias de feras da MPB.

Pois bem, creio que foi na revista Veja da semana passada que li a notícia de que está com Alzheimer. Quando perguntado sobre o que aconteceu com o enjaulado Serginho Cabral, responde que o filho morreu há muito tempo, ainda criança.

Melhor assim. Até porque o filho de quem poderia se orgulhar morreu mesmo há muito tempo. Em seu lugar ficou o Serginho Corsário, o pirata da cara de pau. Nos delírios próprios da doença, o pai pelo menos não sentirá vergonha do filho e da nora, presos na Operação Calicute.

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