Acabei de ver na TV imagens
da transferência da esposa do ex-governador Sérgio Cabral para um presídio do
Complexo de Bangu, onde provavelmente vestirá um uniforme simplesinho e calçará
um par de sandálias de borracha, dessas bem baratinhas. Logo ela, a mulher dos
sapatos Louboutin e das joias milionárias!
Aí me lembrei do seu sogro.
As referências que guardo do jornalista
Sérgio Cabral, pai do ex-governador do Rio, vêm do tempo d’O Pasquim, do qual foi um dos fundadores. Até onde me lembro,
escrevia mais sobre música e compositores, o que não o impediu de ser um dos presos
pelo regime militar e ficasse uns três meses em cana com o resto da galera do
jornal. Depois que parei de comprar o velho Pasca, às vezes lia notícias sobre algum
livro que acabara de lançar, geralmente biografias de feras da MPB.
Pois bem, creio que foi na
revista Veja da semana passada que li a notícia de que está com Alzheimer.
Quando perguntado sobre o que aconteceu com o enjaulado Serginho Cabral, responde
que o filho morreu há muito tempo, ainda criança.
Melhor assim. Até porque o
filho de quem poderia se orgulhar morreu mesmo há muito tempo. Em seu lugar
ficou o Serginho Corsário, o pirata da cara de pau. Nos delírios próprios da
doença, o pai pelo menos não sentirá vergonha do filho e da nora, presos na Operação Calicute.
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