Como sabem os 1,4 leitores do blog, tenho predileção especial pelo humor, que acho a coisa mais séria do mundo - ou quase isso. Inteligência, liberdade de pensamento e criatividade são ingredientes fundamentais à sua realização. A seguir, dois trechos de um artigo publicado na revista VEJA da semana passada.
(...) Bem vindos,
leitores, ao Brasil do impeachment e da divisão que está ensinando os cidadãos
a odiarem uns aos outros por causa de política. Ria-se de quase tudo no Brasil.
Hoje praticamente não se ri mais de nada. Tudo é terrivelmente sério. O país
parece ter descoberto, de repente, quanto gosta de emoções como o rancor, o
despeito ou a mágoa – ou, mais alarmante ainda, quanto é fácil tratar como
inimigo aquele que apenas tem uma opinião diferente. Não gostamos mais de rir.
Agora preferimos insultar. Perdeu-se a habilitação para perceber o ridículo.
Fora, Dilma. Fora, Temer. Fora isso. Fora aquilo. Estamos ficando um país
chatíssimo.(...)
(...) É uma grande
pena que o mundo esteja assim, porque senso de humor faz falta. E faz falta
porque não é, no fundo, uma questão de rir das coisas. É uma questão de
entender como elas são. Na vida prática, o senso de humor acaba funcionando como
a manifestação mais básica do bom senso; aliás, trata-se possivelmente da mesma coisa. Como seria viável, sem a ajuda do
riso, achar que algo faz sentido no nosso dia a dia? Viveríamos num mundo
perfeitamente insuportável.(...)
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