Como disse no post anterior, comecei a divulgar
textos de minha autoria no Facebook. Mas confesso que tenho ficado cada vez
mais constrangido de fazer isso. E há vários motivos para me sentir assim: na maioria
das vezes tenho escolhido textos já publicados no Blogson, o que provoca uma
necessidade de edição e enxugamento, pois os textos originais, curtinhos se
comparados aos posts caudalosos do Marreta, são imensos para o padrão dessa
rede.
Outro motivo é o fato de o Facebook ser
extremamente visual, quase como se fosse uma versão eletrônica da revista Caras. E aqui cabe um complemento: tanto
em colorido quanto em futilidade e exibicionismo. E os textos do Blogson,
embora atendam com folga os padrões “exibicionismo”
e “futilidade”, não são coloridos nem
trazem imagem nenhuma consigo.
Há também a questão da linguagem. Mesmo que eu
seja econômico no uso de palavrões no Blogson (especialmente se comparada à
linguagem de alguns amigos virtuais), essa linguagem parece excessiva no Facebook,
pois entre os “amigos” existem vários carolas, uma sobrinha pré-adolescente e até
uma tia (mesmo que o parentesco nos dois casos seja indireto), pessoas que eu
realmente conheço. Por isso, sinto-me constrangido de soltar um “é foda!” ou um “puta que pariu!”, mesmo que o texto exija isso. Essas expressões
até já foram utilizadas, mas um “vai
tomar no cu!” eu imagino que não terei coragem de usar.
Finalmente, eu percebo que “texto” mesmo não
combina com o Facebook e seu imediatismo. Talvez eu até esteja errado nesse
julgamento, mas reduzi o entusiasmo com que no início fui postando as velhas
piadas do Blogson e textos confessionais. Parece que esse estilo espantou e
divertiu alguns amigos, pois até surgiu um pequeno fã-clube, mas sinto que há
alguma coisa estranha na divulgação dessa produção.
O que tenho feito ultimamente é “compartilhar”
posts de terceiros que realmente sejam criativos, engraçados e impactantes (embora
mais raros que as orações, gatinhos, correntes e os textos contra o Lula e a
corrupção, encontram-se ótimos exemplos de humor e inteligência na rede).
Outra opção tem sido postar piadas com uso de imagens que saíram no blog (ou foram por mim refugadas nos momentos finais da primeira vida do velho Blogson). Enfim, esse desconforto que tenho sentido me fizeram pensar nos “Dez Mandamentos do Facebook”, mas isso fica para uma próxima.
Outra opção tem sido postar piadas com uso de imagens que saíram no blog (ou foram por mim refugadas nos momentos finais da primeira vida do velho Blogson). Enfim, esse desconforto que tenho sentido me fizeram pensar nos “Dez Mandamentos do Facebook”, mas isso fica para uma próxima.
Comentário final: tenho andado tão sem interesse em escrever coisas novas que nem consegui ainda imaginar em qual "seção" indexar esta série insossa de posts.
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