Terminei o post anterior falando dos “Dez Mandamentos do Facebook”, mas isso é
só uma tentativa malsucedida de fazer humor. Na prática o que se observa no
Facebook é um tipo de comportamento meio padronizado, pasteurizado. Quando
criei um perfil, imaginei que quebraria os “protocolos” não escritos da rede,
ao postar textos de minha autoria. Na minha ânsia de ser notado e aplaudido,
acreditava que “revolucionaria” o tal comportamento pasteurizado adotado pela
maioria.
Nada disso aconteceu, pelo simples motivo de
que as pessoas não estão interessadas em ler “textões” (uma página em arial 12, por exemplo). Além do mais,
quanto mais “amigos” alguém tiver, menor é a chance de ver tudo o que “jorra”
na rede, ou melhor, tudo o que é compartilhado.
Então, tive de “abaixar o facho” e aceitar
que a maioria das coisas que coloco na rede não será nem notada na avalanche ou
dilúvio de posts. Por isso mesmo (ao contrário do que sentia durante a primeira
vida do Blogson), alcancei um mínimo de tranquilidade e resignação apesar da
ausência de “curtidas” ou compartilhamentos.
Uma das coisas que me fez manter um nível
baixo de ansiedade foi a diversão obtida com um procedimento mais que idiota: a
cada "amigo" adicionado, o Facebook apresenta uma lista de pessoas
sob o título "pessoas que você
talvez conheça". E na frente de cada pessoa existem os botões "adicionar aos amigos" e "remover" (estou falando isso para
um Marreta da vida, que talvez não conheça essas sutilezas, assim como eu não
conhecia). Bem, é ridículo confessar isso, mas meu prazer é olhar aqueles
rostos e nomes desconhecidos e clicar em "remover". Ou então, "recusar
a amizade" de quem nunca ouvi falar (isso só aconteceu duas vezes).
Mas o grande barato mesmo do velho face é permitir que você complete o perfil
psicológico ou comportamental das pessoas que conhece, apenas observando o tipo
de postagens que compartilham (ninguém cria nada). É como se você achasse
algumas peças de quebra-cabeça e descobrisse que elas ajudam a tornar mais
nítida a imagem de uma pessoa de quem você só conhecia o contorno ou partes dos
olhos ou sei lá o que.
Por conta dessa descoberta, a primeira
providência que tomei foi "deixar de
seguir" alguns integrantes da minha pequena lista de
"amigos". Os bloqueados são a pré-adolescente (os assuntos são muito
infantis!), a periguete (que só posta selfies fazendo biquinho), um petista
fanático que reclamou de um comentário que fiz, uns três pela irrelevância das
postagens (conseguem ser mais irrelevantes que a maioria) e dois pelo estilo
suburbano de comentar, com erros sistemáticos de português e expressões do tipo
"é nóis", indicativos de
gente semi ou mal alfabetizada.
Bom, acabei não falando dos “Dez Mandamentos do Facebook”, mas
prometo que no próximo post esse assunto será abordado (e aí eu paro de divagar
sobre essa rede).
Nenhum comentário:
Postar um comentário