quarta-feira, 30 de setembro de 2015
terça-feira, 29 de setembro de 2015
segunda-feira, 28 de setembro de 2015
domingo, 27 de setembro de 2015
sábado, 26 de setembro de 2015
sexta-feira, 25 de setembro de 2015
FIAT LUX!!! - 01
Depois de "inventar moda" (como se dizia antigamente) ao tentar fazer humor com sólidos geométricos, vetores e noções de conjuntos - com a qualidade decrescendo nessa ordem - fiquei imaginando uma coisa mais minimalista ainda. Surgiram assim os desenhos que começarão a ser divulgados diariamente a partir de hoje pelos próximos quinze ou vinte dias (para não perder a sequência lógica). Os personagens são um segmento de reta, um círculo e uma "nuvem". E o tema, bom... o tema...
Para mim, a diversão maior foi utilizar apenas recursos do Word e do Paint Brush (99%, para ser mais verdadeiro) para fazer os "desenhos". O humor assim obtido reflete o minimalismo das formas escolhidas, ou seja, é mínimo também. Mas foi divertido fazer. Vê aí.
sexta-feira, 18 de setembro de 2015
NOÇÕES BÁZECAS SOBRE CONJUNTOS - RANKING
Esse é outro post que só tem algum interesse para mim. A piada melhor classificada não é um desenho, mas tem o atrativo gigantesco de citar o nome dos Beatles, atraindo algum navegador distraído.
Numa boa, todas as piadas dessa série são bem fraquinhas, dificultando minha escolha pessoal. Para mim, a menos ruim é a que brinca com a noção de subconjuntos. Para os leitores do Blogson, essa coisinha ocupa o segundo lugar.
SINCRETISMIS RELIGIOSIS
Ajudado pelas cervejas "Biritis" e "Cacildis" que trazem no rótulo seu sorriso largo, o Mussum ficou de novo em evidência. Bacana demais, porque o Antonio Carlos era mesmo uma simpatia e merece ser lembrado sempre, pois é impossível esquecer sua participação hilária no grupo "Os Trapalhões".
O que talvez a maioria não saiba é que, aparentemente, cada um dos participantes seguia uma religião diferente. Se o Dedé Santana hoje é evangélico e o Didi Mocó provavelmente católico, o Zacarias era espírita declarado. Mas, segundo li na internet, o Antonio Carlos nunca se declarou seguidor de nenhuma religião, "embora acendesse umas velas, pois não era bobo". Uma coisa eu sei: no tempo que atuavam juntos, na época das vacas gordas, o Didi, o Dedé e o Zacarias certamente eram Mussum manos.
NOÇÕES DE ZÉOMETRIA ESPECIAL - RANKING
Esse é o tipo de postagem que acredito só
interessar a mim, naturalmente atraído por números, índices e ordenação de
coisas. Como fico pentelhando o Blogson todos os dias, ora corrigindo, ora
acrescentando ou excluindo trechos de textos a publicar ou já publicados, notei
que, das três séries de desenhos baseados em conceitos matemáticos, só tinha feito a
classificação dos posts dos vetores. Não deu outra: imediatamente, usando o
mesmo formato, comecei a classificar os desenhos pelo número de acessos que
tiveram. Coisa de maluco, velho ou desocupado. Eu possuo essas três
características, daí...
Como a quantidade de leitores do blog é
muitíssimo pequena, é natural que alguns desses desenhos tenham tido a mesma
quantidade de visualizações. Se fosse um blog tipo "Mixidão", com mais de 5.000 acessos mensais (segundo seu dono) ou "A Marreta do
Azarão", que estimo ter uma média mensal de quase 4.000 acessos desde
sua criação, esses empates não aconteceriam, pois a penetração do Blogson
seria muito maior (epa!, eu disse do, não no).
Independente de haver ou não empate, meu
desenho predileto está distante do primeiro lugar definido pelos 2,3 leitores
do Blogson. E a razão é simples: embora goste de (quase) todos, o que sempre me
faz rir (a prova de que eu não sou muito normal) é o cartoon do ovo (ou ovoide).
Uma vez eu li que durante uma refeição ou coisa parecida, tentaram diminuir a importância da descoberta da América pelo Colombo (que estava presente), etc. É mais que provável tratar-se de lenda
(mesmo que a internet, com suas maluquices e teorias da conspiração, nem existisse ainda quando eu li essa história).
O "Cris" (intimidade demais é foda!) fica puto com isso e desafia alguém a colocar um ovo em pé. Depois de
inúteis tentativas, ele bate levemente o ovo na mesa, criando uma
superfície plana na casca, em decorrência da quebra naquele lugar. E o ovo
fica em pé (imagino que devia estar cozido, para não fazer aquela meleira na toalha). Reclamaram que assim qualquer um faria, etc., etc. Colombo então diz que sim, que qualquer um faria, mas isso só ficou fácil depois que ele fez. Fim da lenda.
Lembrando-me dessa historinha, imaginei uma
combinação do sólido em posição totalmente improvável, instável, nem vertical nem deitado, com o nome "Colombo" - que remete a essa lenda sobre o descobridor da
América. Numa boa, essa é uma piada bastante doentia e, por isso mesmo, a mais
divertida para mim.
MINHA EXPERIÊNCIA NUCLEAR - FINAL
Deixei para falar das propostas técnica e
comercial por último, por serem literalmente a chave e o fecho destas
lembranças. Mas, vamos devagar.
A proposta comercial não tinha nada de
especial que a diferenciasse de outras propostas apresentadas para outras
obras, de outros órgãos. Era composta de planilhas detalhadas para cada um dos
prédios da usina, cada planilha contendo a quantidade prevista de concreto,
ferragem, movimentação de terra, etc. Essa quantidade era fornecida pela
própria Nucom, pois os projetos executivos não estavam ainda disponíveis. Além
das planilhas, havia resumos de preços, cronogramas físico-financeiros,
demonstrativo dos encargos sociais incidentes no preço da mão de obra, e as
chamadas "composições de preços unitários" para cada um dos
preços ofertados.
Essas composições são demonstrativos super
detalhados de cada um dos preços cobrados. Assim, só para dar exemplo, para
assentar um metro quadrado de azulejo, a composição trazia o azulejo
considerado já com a previsão de quebra, a quantidade de argamassa necessária,
as horas de azulejista gastas para assentar aquele metro quadrado, etc. E,
claro, o custo unitário de cada um desses componentes, de tal forma que, ao
final do demonstrativo, obtinha-se o valor unitário do serviço. Após a
aplicação das taxas de administração, impostos e lucro, tinha-se finalmente o
preço unitário que seria aplicado às quantidades fornecidas pela Nucom.
Resumindo: nada de anormal ou suspeito havia na proposta comercial. O "tchã"
da história estava na proposta técnica.
Se alguém quis saber a razão da papelada já
descrita, a razão é simples. Na década de 1980 (não sei como é hoje) as
propostas técnicas atingiram um padrão de qualidade e de apresentação tal que
poderiam tranquilamente ser chamadas de "propostas estilo ostentação",
tal a quantidade, detalhamento e riqueza das informações nelas contidas.
Começava-se por descrever as implicações
logísticas decorrentes da localização da obra. Descrevia-se como os materiais
mais importantes seriam obtidos, qual a forma de estocagem, quais as
alternativas, etc. O mesmo se fazia com a mão de obra: quantos operários seriam
alojados, quantos recrutados na região, qual a estimativa de casados e
solteiros, qual o máximo previsto para cada categoria, como seria feito o
fornecimento de alimentação para todos, quantos refeitórios precisariam ser
construídos, qual o equipamento de cozinha seria utilizado, em quantos turnos
previa-se o trabalho, etc., etc.
Os equipamentos previstos tinham o mesmo
tratamento: além da descrição detalhada das unidades industriais (britagem,
centrais de concreto, centrais de formas e de armação), ainda era abordado o
plano de manutenção, como seria a planta das oficinas, qual a equipe prevista,
qual a quantidade de ... e bla bla bla.
A descrição de como seriam executadas as várias etapas construtivas da obra era exaustivamente detalhada, e qualquer servicinho era esmiuçado quase ao nível molecular. Essas informações transpostas para o papel transformavam as propostas técnicas em verdadeiras aulas, em cursos rápidos de engenharia.
A descrição de como seriam executadas as várias etapas construtivas da obra era exaustivamente detalhada, e qualquer servicinho era esmiuçado quase ao nível molecular. Essas informações transpostas para o papel transformavam as propostas técnicas em verdadeiras aulas, em cursos rápidos de engenharia.
Mas o edital de Angra 3 continha uma coisa a
mais, uma exigência que, mal utilizada, poderia converter-se em um verdadeiro Cavalo
de Tróia: as composições de
preços unitários já mencionadas deveriam obrigatoriamente fazer parte da
proposta técnica, mas sem nenhuma indicação de preço. Essa novidade talvez
tenha sido pensada em virtude da natureza estratégica da obra, como uma forma
de "garantia da qualidade" para o contratante. Pode ser...
O fato é que, de posse do esqueleto de cada
um dos preços antes da proposta comercial ser aberta, a empresa contratante
poderia tranquilamente fazer uma auditoria prévia do preço final ofertado de
cada concorrente, sem precisar tirar o lacre da proposta comercial. Para essa
auditoria, bastaria acrescentar os preços unitários dos materiais e dos demais
componentes. Traduzindo: se eu sei que a empresa XPTO prevê
gastar 6 sacos de cimento para fazer um metro cúbico de concreto, basta
multiplicar os seis sacos pelo preço unitário do cimento. Depois, é só
multiplicar o valor assim obtido pela quantidade prevista de concreto para a
obra toda.
Mesmo em uma época onde não havia
computadores de mesa, fazendo isso com todos os serviços, não seria difícil
descobrir o preço final apresentado por cada concorrente, com pequena margem de
erro. Esse era o Cavalo
de Tróia. Se houvesse naquela época um jogo de cartas marcadas tal como
aconteceu no Petrolão, seria muito fácil arranjar algum defeito subjetivo em
uma proposta com pinta de ganhadora, para desclassificá-la sem sequer
abrir a proposta comercial.
Jamais saberei o que aconteceu naquela época.
De nada adiantou a consultoria de uma empresa alemã que já construíra usina
similar a Angra 3, nenhum efeito deve ter causado aquela inacreditável massa de
textos e desenhos produzida. Nem a dedicação integral de alguns dos mais
brilhantes profissionais que tive a honra de conhecer, pertencentes ao quadro
de engenheiros e técnicos da empresa. Nenhum peso teve a verdadeira fortuna
gasta na proposta mais sofisticada já apresentada pela construtora.
Talvez nem fosse necessária a "tática
diversionista" montada pelo "major". Fico matutando que a
proposta da empresa onde trabalhei pode ter corrido mais risco depois de ter
sido entregue do que no seu transporte de BH para o Rio. Naqueles dias em que
os generais presidentes governavam, nossa proposta foi desclassificada,
não sei se devido a problemas na documentação (o que eu duvido) ou, o que é
quase certeza para mim, na proposta técnica, onde estava amarrado o cavalinho
de tróia.
Com a desclassificação, a proposta comercial,
tal como previsto no edital, não foi aberta (talvez nem fosse preciso, não é
mesmo?). Dentre as empresas grandonas classificadas, a Andrade Gutierrez deve
ter apresentado o menor preço. E foi declarada vencedora da licitação.
sexta-feira, 11 de setembro de 2015
2007
Às
vezes, remexendo velhos backups, acabo encontrando alguma coisa que tinha
passado despercebida em outras garimpadas. É mais ou menos como uma busca por
fósseis de animais extintos em uma rocha sedimentar. De repente, a ferramenta
do pesquisador descobre em alguma camada geológica a evidência de que ali pode encontrar-se um esqueleto ou sei lá o que, provando que naquele lugar existiu alguma forma de
vida. É mais ou menos isso que acontece comigo.
Nas
picaretadas que dei hoje, encontrei um e-mail endereçado a meu irmão, quase três anos mais velho que eu, dois dias
após seu aniversário (15/09) e escrito no tempo em que ainda nos falávamos. Hoje, isso
não existe mais - nem existirá, exceto se for através de algum centro espírita,
depois que eu passar para outra encadernação.
No e-mail, apesar de ser mais novo que ele, eu falava sobre a sensação de envelhecer. O texto é do tipo "mais do mesmo". A diferença é que eu tinha "apenas" 57 anos.
Mas fica aqui uma pergunta: alguém ainda suportará ler mais uma lenga-lenga minha sobre esse assunto? Vê aí.
No e-mail, apesar de ser mais novo que ele, eu falava sobre a sensação de envelhecer. O texto é do tipo "mais do mesmo". A diferença é que eu tinha "apenas" 57 anos.
Mas fica aqui uma pergunta: alguém ainda suportará ler mais uma lenga-lenga minha sobre esse assunto? Vê aí.
Não há como negar, envelhecer é uma bosta.
Falo isso com conhecimento de causa, lógico. De repente, algum filho da puta te
chama de "tio" e você se dá conta que a sua imagem exterior é essa
mesma, de tiozão, mesmo que seus olhos teimem em ver a vida tal como sempre a
viu (ou deixou de ver).
Gostaria que não fosse amargo, que você não se tornasse amargo. Às vezes (ou sempre) somos cobrados, esperam de nós comportamentos estereotipados de acordo com nossa faixa etária, mas isso é uma merda. É lógico que precisamos ter um olho no espelho, para não cair na armadilha do ridículo (refiro-me à indumentária). Mas por que eu tenho que forçar todo o meu cérebro a envelhecer por igual, se (pelo menos em mim) ele teima em ser independente? Hoje, eu percebo que tenho pelo menos três idades mentais: há coisas que percebo serem exatamente do mesmo jeito que pensava quando tinha vinte anos. Há outras que evoluíram e há outras em que sou absolutamente velho, talvez mais do que minha idade real. Porque matar em minha mente a juventude ainda existente? Bobagem, concorda?
Gostaria que não fosse amargo, que você não se tornasse amargo. Às vezes (ou sempre) somos cobrados, esperam de nós comportamentos estereotipados de acordo com nossa faixa etária, mas isso é uma merda. É lógico que precisamos ter um olho no espelho, para não cair na armadilha do ridículo (refiro-me à indumentária). Mas por que eu tenho que forçar todo o meu cérebro a envelhecer por igual, se (pelo menos em mim) ele teima em ser independente? Hoje, eu percebo que tenho pelo menos três idades mentais: há coisas que percebo serem exatamente do mesmo jeito que pensava quando tinha vinte anos. Há outras que evoluíram e há outras em que sou absolutamente velho, talvez mais do que minha idade real. Porque matar em minha mente a juventude ainda existente? Bobagem, concorda?
Como não tenho rádio no carro, às vezes fecho
o vidro e começo a cantar a plenos pulmões, só por diversão. Sai de tudo, até
bolero. Outras vezes viajo na maionese, deixando o cérebro ir onde quer. Se eu
quiser me policiar, tipo "eu não
devo pensar isso", ou "não
fica bem para meu status social", eu tô fodido. Outro dia eu recebi um
e-mail com uma historinha simpática, de um cara que tratava cortesmente um
jornaleiro e era, invariavelmente, maltratado por ele. Perguntado por que se
mantinha cortês, a resposta foi: -"porque eu não quero que ele determine como devo viver". É uma fábula,
mas bem boa. Porque deixar que os outros determinem a forma como devemos agir?
Estou falando essa tralha toda, para dizer
que a idade fez de mim um cara mais relaxado (epa!!!!!!!!!!), pois eu me levo
menos a sério, levo os outros menos a sério, levo a vida menos a sério. Estou
querendo dizer com isso que me permito acreditar em asneiras e questionar
"aquela velha opinião formada sobre
tudo". E, principalmente, a me libertar para dizer às pessoas que
admiro ou de quem gosto o quanto as admiro ou o quanto gosto delas, sem grilo
de ficar parecendo puxa-saco ou viado (viado, não!!!).
RUÍNAS NA SELVA
Recentemente,
fiquei pensando por que algumas pessoas excluem seus blogs da web. Seria uma
tentativa de resgatar a privacidade do que já foi público um dia? Ou seria o
desejo de converter o digital em físico, objeto palpável (um livro talvez)? Nada
disso se aplicaria ao Blogson (aplicar-se-ia é muito pedante).
Já disse que eu
estou em cada trecho de memória, em cada piada sem graça, em cada rabisco que
teimo chamar de desenho. Sou eu que estou ali, verdadeiro mosaico, jogo de
lego. E não pretendo mudar isso. Pouco me importa se há qualidade ou não no que
escrevo e divulgo. Porque sou eu que estou ali e agora é muito tarde para
tentar corrigir - não os posts, mas a vida.
Pensando nessas
coisas, imaginei por quanto tempo ainda publicarei minhas solenes bobagens,
minhas verdades caricatas. Não sei a resposta, sei apenas que não penso excluir o
Blogson da internet. Agrada-me a ideia de o blog - para sempre silenciado - ficar como uma daquelas ruínas maias que arqueólogos e aventureiros descobriram
nas florestas de Yucatán, cheias de imagens, e grafismos esculpidos na pedra,
estranhos, bizarros e incompreensíveis.
Assim gostaria que
o blog fosse: silencioso sim, mas atiçando a curiosidade em quem por acaso o
descobrisse no oceano da web. Por conta desses pensamentos de gente velha,
resolvi transformar essas ideias em um poema, um falso poema, na verdade.
Um dia, nada mais escreverei, nenhum texto.
Deixarei de fazer desenhos grotescos,
Esgotada talvez a inspiração,
Talvez perdida a vontade. Definitivamente.
Ou, quem sabe, a lucidez que me resta.
(se já tive alguma, alguma vez)
Ou estarei morto, solitariamente morto.
O blog deixará de ser alimentado,
E emudecerá nesse dia.
De nada adiantarão comentários
Ávida e ansiosamente esperados.
Nenhuma resposta será dada,
Nenhum obrigado.
Mas que ele continue na web (será só mais um)
Uma construção desabitada, abandonada.
Ruína escondida na floresta tropical,
Que mostre a quem explorar suas inscrições
A inquietação, sonhos e pensamentos
De quem um dia sonhou, pensou e viveu.
MINHA EXPERIÊNCIA NUCLEAR - PARTE 5/6
E o serviço foi saindo. Um papel timbrado foi
especialmente encomendado para uso nessa proposta. Além do nome da construtora,
trazia impresso o nome do órgão contratante e a identificação da obra. Fico
tentado a dizer que tinha até marca d’água, mas não tenho mais certeza disso.
Os desenhos de métodos construtivos, plantas dos acampamentos e coisas do
gênero foram feitos em formato A3. Capas duras e lombadas de várias espessuras,
unidas por parafusos metálicos, foram encomendadas, sendo individualizadas por
etapa de julgamento e análise: Documentação, Proposta Técnica, Manual de
Garantia da Qualidade, Caderno de Desenhos e Proposta Comercial.
Os procedimentos descritos acima não traziam
nenhuma novidade, pois já faziam parte da rotina da construtora para elaboração
de propostas para grandes obras. Na década de 1980 todas as grandes
construtoras adotavam essa prática. A singularidade aconteceu na forma de
apresentação e no acabamento gráfico escolhido. Pela primeira vez, os desenhos foram impressos a
cores, em papel couché casca de ovo. O papel timbrado tinha a gramatura e
textura de papel utilizado na impressão de livros de autores consagrados. Para enfeitar as capas das
três vias que deveriam ser apresentadas, foram confeccionadas e coladas (do lado
inferior direito) placas metálicas com dimensões que eu diria equivalentes a
dois smartphones alongados, colocados lado a lado. Creio que eram de aço
escovado. Além dos mesmos dizeres do papel timbrado, traziam ainda gravada a
indicação da parte da proposta a qual o volume pertencia (Documentação, Proposta
Técnica, etc.). Com um resultado estético bastante discutível (para mim, lógico),
as placas traziam também a representação gráfica do átomo de Rutherford.
A outra novidade que essa proposta apresentou
foi o volume de papel produzido. Não sei o número final de folhas
laboriosamente datilografadas (seria maluco se lembrasse), mas tenho uma
memória visual bem boa. Por isso, estimo a seguinte distribuição:
- Documentação, apresentada em formato A4: um
ou dois volumes, totalizando uns 3 centímetros de espessura;
- Manual de Procedimentos de Garantia da
Qualidade: um volume em formato A4, com uns 2 centímetros de espessura;
- Proposta Técnica: três volumes em formato A4,
cada volume com uma espessura aproximadamente igual a um pacote de “Chamex” com
500 folhas. Como o papel da proposta era mais encorpado, estimo que cada volume
deveria ter umas 300 folhas;
- Cadernos de desenho: dois volumes em
formato A3, cada um com uns cem desenhos;
Proposta Comercial: um (ou dois?) volume(s) em formato A4,
ligeiramente inferior(es) aos volumes da proposta técnica.
Até aí tudo bem? Agora, imagine que esse
monstrengo correspondia a apenas uma via da proposta. Creio que o edital exigia
a apresentação da proposta em três vias. Dá para imaginar o volume disso?
A empresa contava em seu quadro de funcionários
com um militar reformado do exército brasileiro, a quem todos chamavam de
"major". A ele coube a tarefa de montar a logística do transporte. De
cara, descartou-se a possibilidade de mandar o elefante em voo comercial. Como a construtora não tinha nenhum
avião, imagino que fretar um sairia muito caro. Por isso, foi escolhido o
transporte rodoviário. Não me lembro mais dos detalhes, apenas de algumas
"pérolas".
Segundo ele, era preciso estabelecer uma
"tática diversionista" para confundir eventuais sabotadores a mando
de alguma empresa concorrente (a paranoia era grande). Assim, foram designados
três veículos que viajariam em comboio até o Rio. Só um deles, sem nenhuma
identificação (talvez uma kombi), levaria todos os volumes e ficaria posicionado
entre os outros dois. Não sei se algum dos outros tinha o logotipo e outras
identificações da empresa. Lembro-me apenas da recomendação de, nas paradas
para uma mijadinha ou um rápido café, manter sempre o carro com alguém ao volante e o
motor sempre ligado. Fala sério, essa história daria ou não um filme bacana?
Mesmo que fosse mais para "Corra que a polícia vem aí" ou um
filme dos Trapalhões.
ÚLTIMO TANGO NO PLANALTO
Já que a temperatura econômica do país está
agora a zero
grau (boa essa!), resolvi divulgar hoje este post. Obrigado, deputados e senadores! Obrigado, petistas e outros adeptos de ações populistas (quem paga a conta?).
Obrigado, Dirma, você é "dez" (ou um pouco menos. Oito, talvez). E, principalmente, obrigado, Guido!
Na década de 1970 foi lançado o filme "O
último tango em Paris", com o já velhusco Marlon Brando e uma atriz de
quem não guardo o nome. Na época, o pessoal do Pasquim fez o maior estardalhaço
a propósito de uma manteiga que aparecia na história. Graças à censura vigente,
tudo era tão cifrado que eu, com a pureza angelical dos muito
jovens ou retardados (eu era as duas coisas) não conseguia nem imaginar de que
se tratava e para que serviria (eu era muito ingênuo!).
Também, pudera, o filme só foi exibido no
Brasil uns cinco anos depois, e creio que só foi liberado com a censura da cena
mais famosa, justamente a da "margarina". Não me lembro de tê-lo
assistido, mas hoje sei que a tal manteiga foi usada como lubrificante para a
realização de sexo anal (autêntico pau com manteiga, uma variante
exótica do clássico pão com manteiga).
Há um ditado que diz que "ninguém
chuta cachorro morto". Tirando a explicação psicológica de
que quem faz uma coisa dessas tem problemas mentais, pode-se dizer também que
ninguém chuta cachorro vivo (ainda mais se o vivo for da raça doberman,
pitbull ou similar).
Mas o assunto não é cachorro. O melhor
amigo só apareceu aqui pela antiguidade do tema. Eu pensava não ser
rancoroso, mas, depois de ficar mais velho, descobri que sou - ou fiquei. E,
pela decrepitude, rançoso também (velhice é foda). Por isso, não consigo
desculpar nem aceitar a merda que o governo petista da Dilma fez (e continua
fazendo) com a economia brasileira.
Lembrando-me disso, fiquei pensando em como a
história se repete (e a farsa também). Tal como o Marlon Brando fez no filme, o
PT usou Mantega para foder o povo brasileiro. E conseguiu, porque, graças às
gracinhas do Guido (o cachorro morto), hoje, boa parte da população
já levou na tarraqueta ou está com o cu na mão de medo de perder o emprego.
PIADINHA SEM GRAÇA
Sabe porque a política econômica da Dilma
ficou igual bicicleta desgovernada? Porque ela não tinha guidom,
só Guido.
sexta-feira, 4 de setembro de 2015
SHEIK DE AGADIR
O texto a seguir surgiu de uma brincadeira com um maluco que se intitula(va) sheik nos e-mails que enviava. Talvez nunca devesse postá-lo no Blogson, de tão ruim e sem graça que é. Entretanto, sai agora, só para tentar tirar o amargo da boca provocado pelos outros posts de hoje (pensando bem, talvez até piore, pela náusea que poderá causar). Vê aí.
Por conta da invasão da Península Ibérica pelos árabes, muitas palavras da língua portuguesa vieram do idioma dos invasores. Embora a maioria comece com a letra “A” (alfaiate, alface, açúcar, etc.), existem outras do tipo elixir, fulano, salada, xeque (eu vi tudo isso na Wikipédia). A palavra que mais chamou minha atenção foi “xeque”, principalmente em sua versão original “sheik”.
Por conta da invasão da Península Ibérica pelos árabes, muitas palavras da língua portuguesa vieram do idioma dos invasores. Embora a maioria comece com a letra “A” (alfaiate, alface, açúcar, etc.), existem outras do tipo elixir, fulano, salada, xeque (eu vi tudo isso na Wikipédia). A palavra que mais chamou minha atenção foi “xeque”, principalmente em sua versão original “sheik”.
Pode não parecer, mas essa palavra é muito
usada em nossa língua, mesmo que ninguém se dê conta disso. Como prova, recolhi
alguns exemplos ao acaso:
- Mesmo
com o surgimento dos cartões de crédito ou débito, ainda usa-se muito o talão
de sheik.
- Os
jovens, em seus rolês pelos shoppings, muitas vezes tomam milk-sheik.
- Já
os de mais idade, naqueles momentos de nostalgia e introspecção, gostam de
ouvir e cantar "eu sheik vou te amar...". Ou então, pensando naqueles bolerões da década de 50, erram a letra e cantam "eu sheik você
sabe, já que a vida quis assim..."
Depois disso, só posso finalizar este post
pedindo perdão aos 2,3 leitores do blog. E ajoelhado no milho!!!
AZEDANDO O FÍGADO
Ouvi uma notícia na TV daquelas de congelar até a bunda dos pinguins de Madacascar e fui conferir na Internet. Era verdade! Já usei essa observação antes, mas sou obrigado a repetir: A Dirma e seu partidinho poderiam usar sua exPerTise para ensinar a todos os brasileiros como fazer uma mágica dessas com o salário. Olhaí:
CORREIO
BRASILIENSE: Orçamento 2016 vai mostrar, pela primeira vez, receitas menores que
despesas
PORTAL
G1: Governo prevê déficit de R$ 30,5 bilhões no Orçamento de 2016
É a
1ª vez que um projeto tem estimativa de gastos maiores que receitas.
Pela
primeira vez, o governo entregou ao Congresso Nacional um projeto de Orçamento
prevendo gastos maiores que as receitas (déficit). A estimativa para 2016 é de déficit de R$ 30,5 bilhões, o que representa
0,5% do Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com o ministro Nelson Barbosa,
do Planejamento.
Nessas horas é que eu lamento a inexistência de um SPC, de um SERASA governamental. Pensando bem, as agências internacionais de classificação de risco já funcionam assim. Olha mais um trecho da reportagem do CORREIO BRASILIENSE:
Essa previsão, aliada ao deficit primário de 2014 e o esperado para este ano, deverá tirar do país o grau de investimento.
Tô pensando: se eu andar depressa, será que ainda consigo um passaporte de segunda mão em bom estado?
MINHA EXPERIÊNCIA NUCLEAR - PARTE 4/6
Garantia da Qualidade: essa exigência do
edital me fez rir até mandar parar. Segundo li na época, esse “monstrinho”
teria surgido para certificação das bases de concreto e outras instalações,
usadas para testes de empuxo dos motores de foguete que seriam utilizados
nos primeiros voos espaciais. Está na cara que a construção de uma base de
concreto deve ser bem mais barata que um motor de foguete. Por isso, se uma
dessas estruturas falhasse de alguma forma, poderia provocar danos ao motor em
teste, com enormes prejuízos de dinheiro e tempo (imagino que já estivesse
rolando a corrida espacial entre União Soviética e Estados Unidos).
Foram então listados procedimentos rigorosos a
ser cumpridos para a construção dessas estruturas. Essa lista, originalmente
com dezoito exigências (depois baixados para treze) foi depois utilizada na
construção de usinas nucleares. Na prática, era um check-list sofisticado.
No caso de Angra 3, o caso é o seguinte: o
edital previa o cumprimento integral de treze normas ou procedimentos
estabelecidos pela IAEA (International Atomic Energy Agency) para a construção
de usinas nucleares. Não me lembro mais de que se tratava, mas todos eram
relacionados à segurança e confiabilidade da obra. Falavam, entre outros assuntos, de
arquivamento de documentação, controle de qualidade e garantia da
qualidade. Tentei achar essas treze orientações na internet, mas desisti.
Toda obra de engenharia que se preze tem,
obrigatoriamente, controle de qualidade dos materiais empregados. Dependendo do
porte da obra, o laboratório é até instalado no próprio canteiro. Então, não
era nenhuma novidade a exigência de controle de qualidade
rigoroso. Mas, garantia da qualidade, que bicho era esse?
A primeira providência foi contratar um
especialista em controle de qualidade para assessorar e dar consultoria sobre
essa exigência. A segunda foi designar um engenheiro ultra metódico, mega sério
e sistemático para a recém criada “Gerência de Garantia da Qualidade”.
Embora fosse realmente uma gerência, seria subordinada diretamente ao
presidente da empresa (caso ganhássemos a obra, lógico). E tome reuniões, treinamentos, palestras e muito dinheiro gasto com essa consultoria.
O chefe do nosso departamento era um sujeito
sarcástico, extremamente excêntrico e muito engraçado. Os apelidos que ele
colocava eram como chiclete em calçada pública, grudavam de forma definitiva.
Com a equipe de consultores e terceirizados para essa proposta foi a mesma
coisa. Já falei no “Grafite” e “Canetão”, mas o melhor mesmo foi o apelido que
deu ao consultor de garantia da qualidade.
Pela divisão de tarefas adotada, eu
trabalhava direto com ele. Foi a época que eu mais me diverti no trabalho, pois
ríamos o tempo todo. E o serviço saía! Um dia, meio irritado, perguntou se eu
tinha visto o “Ventania”. Perguntei quem era, já esperando a próxima maluquice.
- Você não sabe quem é o Ventania? É o
consultor da garantia.
- Porque Ventania?
- Esse cara só está vendendo vento, e
vendendo caro! E o Zé (...) (o gerente) está em órbita, pois ele acha que esta
empresa fará tudo o que estão dizendo. Pior é que não é uma órbita perfeita,
porque o vento soprado é muito forte.
Comecei a rir e ele continuou:
- Você que é bom em desenho podia
desenhar essa situação. Olha só, o planeta é a empresa. O satélite em órbita é
o Zé (...). Aí você faz uma órbita ondulada para ele, porque o Ventania está
atuando.
Ele realmente achava que o consultor, por não
ter experiência anterior com esse tema, estava nos fazendo de trouxas. talvez sim, talvez não. O que sei é que, depois
de um tempo, até o diretor técnico perguntava ao Zé (...) como estava indo o
trabalho com o Ventania.
Naquele tempo, eu nunca tinha ouvido falar de
ISO-9000. Hoje, eu vejo que a Garantia da Qualidade era exatamente isso (ou
quase isso). Na prática, era uma ratificação formal e documentada de que os
procedimentos previamente estabelecidos estavam sendo cumpridos e executados
sempre da mesma forma (a maluquice é essa: a norma ISO não estabelece que o serviço deve ser realizado da melhor forma possível. A certificação apenas garante que o serviço está sempre sendo realizado da mesma maneira. Se for ruim, será "eternamente" ruim).
Como era uma exigência do edital, o Manual de Procedimentos para a Garantia da Qualidade começou a ser gestado. Dá para adivinhar qual era o primeiro procedimento? Ninguém se habilita? Era “Como elaborar um Procedimento”. Era o suprassumo da burocracia atuando na área de qualidade. E meu chefe, dono de uma visão extremamente fria e desencantada do que nos esperava, caía de pau.
Como era uma exigência do edital, o Manual de Procedimentos para a Garantia da Qualidade começou a ser gestado. Dá para adivinhar qual era o primeiro procedimento? Ninguém se habilita? Era “Como elaborar um Procedimento”. Era o suprassumo da burocracia atuando na área de qualidade. E meu chefe, dono de uma visão extremamente fria e desencantada do que nos esperava, caía de pau.
Na visita que fez a Angra 1 ficou observando
uma movimentação de pedra britada. Sem motivo aparente, um equipamento retirava
a brita de um pátio e transportava para outro, bem ao lado. Perguntou a quem o
acompanhava o que essa movimentação significava. A resposta foi de que no
primeiro monte a brita ainda não tinha a garantia da qualidade assegurada,
enquanto que o segundo depósito já estava OK. Meu chefe emendou de primeira:
- Então, apesar da garantia, a brita
do segundo monte é pior, porque na movimentação de um lado para o outro, o
equipamento raspa um pouco o chão e leva terra junto com a brita!
O fiscal ficou sorrindo sem graça, diante da
observação na mosca.
Esse sujeito costumava dizer que a empresa
crescia à noite, quando não tinha ninguém para atrapalhar. Como
"ninguém", entenda-se: diretores e gerentes. Um dia, a propósito de
mais uma maluquice ligada à proposta em elaboração, comentou que o
"Hélice" devia estar girando muito. Já imaginando alguma sacanagem,
perguntei de quem estava falando.
- Você não sabe quem é o Hélice? É o
"Sô Arcindo"! Toda vez que alguém faz uma burrada na empresa ele dá
um giro dentro da sepultura. Ultimamente, deve estar sendo usado como
ventilador pelos "morto".
Caguei de rir, pois o "Sô
Arcindo", como falou fazendo sotaque caipira, era o fundador da empresa,
falecido uns trinta anos antes.
Se eu fosse registrar todos as observações
espirituosas e amalucadas e os casos dessa excelente pessoa, este texto
aumentaria substancialmente de tamanho. E ainda tem muita coisa para lembrar.
Por isso, só para completar este tópico, lembro a discussão semântica sobre o
uso das preposições "de" e "do" na
área da qualidade. O gerente Zé (...) era enfático e professoral ao “exigir”
seu uso correto.
- Ô Zé, não se pode dizer
“garantia de qualidade?
- É claro que não! O correto é dizer
“Controle de Qualidade” e “Garantia da Qualidade”!
Eu compartilhava a visão desencantada do meu
chefe e achava tudo isso um porre, uma viadagem só. Mas me divertia pra
caramba.
COMENTANDO AS PENÚLTIMAS - 09
Para mim, a melhor piada surgida neste ano (e
olha que ainda faltam mais de três meses para 2015 acabar) é a notícia de que o
líder sindical dos cocaleros (e presidente da Bolívia nas horas vagas) Evo Morales
dispõe-se a invadir o Brasil caso a Dilma sofra processo de impeachment.
Sem sacanagem, isso é tão engraçado, bizarro e improvável que não pode ser
verdade!
Analfabeto que sou, atualmente só leio notícias
sobre futebol (bazinga!). Por isso, não sei se isso foi divulgado na grande
imprensa ou se é apenas mais uma das muitas teorias
da conspiração divulgadas na internet. Até tentei achar a notícia na grande
mídia, mas só achei blogs e sites com jeitão de extrema direita, o que,
definitivamente não me convence. Meu negócio, minha praia é tentar fazer humor
em cima de qualquer crença, de qualquer ideologia, de qualquer coisa, enfim. Por
isso, imagino ter encontrado o que mais se aproxima dessa maluquice, que é o texto
transcrito a seguir, no link:
Tarata, Cochabamba, 21 ago (Prensa Palacio).- El presidente, Evo
Morales aseguró el viernes que no se permitirá ningún golpe de Estado en Brasil
ni en ningún país de Latinoamérica porque su gobierno defenderá la democracia.
"No vamos a permitir golpes de estado en Brasil ni en Sudamérica, ni
en América Latina, vamos a defender las democracias", dijo el jefe de
Estado en ocasión de participar en el aniversario 115 de la Escuela Militar de
Sargentos.
Nuestro proceso, agregó Morales, va a defender a Dilma Rousseff presidenta
de Brasil y al Partido de Trabajadores PT".
Según medios de prensa, grupos de oposición de Brasil se manifestaron el
pasado domingo en nueve estados de ese país suramericano contra el Gobierno
constitucional de la presidenta Dilma Rousseff, la corrupción y los problemas
económicos.
Mesmo que o Morales Morera nunca tenha falado textualmente
em invasão, são muito ridículas suas bravatas. Bem, isso não importa, pois a
teoria da conspiração é que merece os comentários de hoje.
Uma coisa é certa: diante dessa grave “ameaça”, jamais alguém ousaria dizer que esse grande líder sul-americano não fede nem cheira. Mas de onde poderia ter tirado uma ideia tão lisérgica? Teria ruminado (mascado, entendeu?) isso por muito tempo?
Uma coisa é certa: diante dessa grave “ameaça”, jamais alguém ousaria dizer que esse grande líder sul-americano não fede nem cheira. Mas de onde poderia ter tirado uma ideia tão lisérgica? Teria ruminado (mascado, entendeu?) isso por muito tempo?
Fiquei pensando o que poderia acontecer depois
da convocação dos bolivianos para essa missão impossível, isso, claro, se ele
realmente tivesse afirmado que invadiria o Brasil:
Já de saída, os convocados teriam todo o
direito de achar que seu presidente é louco de pedra
e poderiam considerar
essa missão um programa
de índio, pois está na cara que se as tropas bolivianas efetivamente
entrassem no Brasil, seriam reduzidas a pó pelas
forças armadas brasileiras.
Porque, pensem bem, uma operação dessa
envergadura exigiria grande esforço logístico e de planejamento. Por exemplo,
como seria feito o transporte das tropas até a fronteira? De navio?
E se a invasão se desse a pé, os soldados
usariam trilhas na
selva? Fariam fileiras para deslocar-se de forma organizada?
Mas não creio que essa sandi(ni)ce prosperasse,
porque o fracasso dessa operação empanaria o brilho do
presidente boliviano e reduziria a farinha sua
altivez, pois haveria o risco de nossos irmãos latino-americanos se intimidarem
com a superioridade bélica brasileira e voltar às carreiras para
La Paz.
Em todo caso, se fossem apenas dissuadidos
dessa maluquice, poderiam repetir o gesto bíblico descrito no Evangelho de
Lucas – “sacudi o pó das
vossas sandálias assim que sairdes daquela cidade, como testemunho contra
aquela gente”.
Ainda bem que a notícia é só um pesadelo com
cara de piada. Ou o contrário disso.
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