quarta-feira, 21 de setembro de 2016

MINHA VIDA NO FACEBOOK - 05

Terminei o post anterior falando dos “Dez Mandamentos do Facebook”, mas isso é só uma tentativa malsucedida de fazer humor. Na prática o que se observa no Facebook é um tipo de comportamento meio padronizado, pasteurizado. Quando criei um perfil, imaginei que quebraria os “protocolos” não escritos da rede, ao postar textos de minha autoria. Na minha ânsia de ser notado e aplaudido, acreditava que “revolucionaria” o tal comportamento pasteurizado adotado pela maioria.

Nada disso aconteceu, pelo simples motivo de que as pessoas não estão interessadas em ler “textões” (uma página em arial 12, por exemplo). Além do mais, quanto mais “amigos” alguém tiver, menor é a chance de ver tudo o que “jorra” na rede, ou melhor, tudo o que é compartilhado.

Então, tive de “abaixar o facho” e aceitar que a maioria das coisas que coloco na rede não será nem notada na avalanche ou dilúvio de posts. Por isso mesmo (ao contrário do que sentia durante a primeira vida do Blogson), alcancei um mínimo de tranquilidade e resignação apesar da ausência de “curtidas” ou compartilhamentos.

Uma das coisas que me fez manter um nível baixo de ansiedade foi a diversão obtida com um procedimento mais que idiota: a cada "amigo" adicionado, o Facebook apresenta uma lista de pessoas sob o título "pessoas que você talvez conheça". E na frente de cada pessoa existem os botões "adicionar aos amigos" e "remover" (estou falando isso para um Marreta da vida, que talvez não conheça essas sutilezas, assim como eu não conhecia). Bem, é ridículo confessar isso, mas meu prazer é olhar aqueles rostos e nomes desconhecidos e clicar em "remover". Ou então, "recusar a amizade" de quem nunca ouvi falar (isso só aconteceu duas vezes).

Mas o grande barato mesmo do velho face é permitir que você complete o perfil psicológico ou comportamental das pessoas que conhece, apenas observando o tipo de postagens que compartilham (ninguém cria nada). É como se você achasse algumas peças de quebra-cabeça e descobrisse que elas ajudam a tornar mais nítida a imagem de uma pessoa de quem você só conhecia o contorno ou partes dos olhos ou sei lá o que.

Por conta dessa descoberta, a primeira providência que tomei foi "deixar de seguir" alguns integrantes da minha pequena lista de "amigos". Os bloqueados são a pré-adolescente (os assuntos são muito infantis!), a periguete (que só posta selfies fazendo biquinho), um petista fanático que reclamou de um comentário que fiz, uns três pela irrelevância das postagens (conseguem ser mais irrelevantes que a maioria) e dois pelo estilo suburbano de comentar, com erros sistemáticos de português e expressões do tipo "é nóis", indicativos de gente semi ou mal alfabetizada.

Bom, acabei não falando dos “Dez Mandamentos do Facebook”, mas prometo que no próximo post esse assunto será abordado (e aí eu paro de divagar sobre essa rede).

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